Nesta semana, o pepino da política externa brasileiro e o pedido de prisão de Sérgio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a China na semana passada e, apesar de o país ser o principal parceiro comercial do Brasil e a viagem estar programada há algum tempo, a atitude causou espécie a determinados setores da sociedade brasileira e da comunidade internacional.
Lula participou da posse da ex-presidenta Dilma Rousseff como presidente do banco dos Brics, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No discurso, ele apontou para um mundo mais plural e que os países não precisam ficar sempre atrelados ao dólar nas transações internacionais.
Bom, foi o suficiente para os liberais - ou meio liberais - apontarem a declaração como o primeiro equívoco. Ou o segundo, porque houve quem entendesse que a viagem em si era um problema, como se o Brasil precisasse escolher entre Estados Unidos e China e como se a China fosse prescindível. De todo modo, o que era para marcar um novo momento da diplomacia brasileira poderia se tornar um problema. Mas a coisa não para por aí.
Já na viagem de volta, quando estava nos Emirados Árabes, Lula voltou a comentar a questão da guerra na Ucrânia. Lula disse que a “decisão da guerra foi tomada por dois países”.
E assim chegamos segundo - ou terceiro - equívoco. Mas a gente não vai cometer o mesmo erro das redes sociais, em que os especialistas em epidemiologia dos últimos três anos tornaram-se especialistas em política externa. Por isso, vamos conversar com o Doutor André Luiz Reis da Silva, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
E como a gente não é de ferro, a gente não vai deixar passar em branco o pedido de prisão do conje - desculpe, de Sérgio Moro. Pois é, o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu na última segunda-feira (17) uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador e ex-juiz. Isso aconteceu depois da divulgação de um vídeo em que Moro aparece conjecturando sobre a possibilidade de se "comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes (ministro do STF)”.