Nesta semana, o paradoxo da democracia entre a extrema-direita e a Barbie.
Nas eleições de 2022, os brasileiros derrotaram a extrema-direita, mas foi com as calças na mao. O mesmo aconteceu nos Estados Unidos e, mais recentemente, na Espanha, onde a esquerda moderada antecipou as eleições temendo justamente o avanço do Vox, o partido de ultra-direita. A estratégia deu certo, porque a extrema direita nao conseguiu maioria para formar o governo, mas nem a esquerda.
Esta é mais uma evidencia de que a democracia representativa talvez nao seja capaz de se defender desses movimentos que querem conquistar o poder para destruir o poder. Outro exemplo recente é o da primeira ministra da Italia, Giorgia Meloni, que aprovou uma legislação que tira o nomes das mais lésbicas que nao gestaram os bebes das certidões de nascimento das crianças. O governo italiano sugere que se pare de registrar os filhos de pais do mesmo sexo com os dois nomes.
Essa extrema direita que a gente ve florescendo no mundo é barulhenta e nao gosta de nada que seja fora dos padrões reacionários, nem da Barbie. O filme de Greta Gerwig também provocou a ira desses grupos no Brasil e fora dele.
Ou seja, a gente pode até derrotar a extrema-direita nas urnas, mas até que ponto nossa capacidade de acreditar na democracia representativa pode nos proteger desses grupos e proteger a própria democracia?
Apresentação de Geórgia Santos e participação de Igor Natusch e Marcelo Nepomuceno – e Flávia Cunha na Palavra da Salvação. Você também pode ouvir o episódio no Spotify, Itunes e Castbox.