Livro do Êxodo 22,20-26 - (com reflexão)
OCT 28, 2023
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Livro do Êxodo 22,20-26


Assim diz o Senhor:


[20] Não oprimas nem maltrates o estrangeiro,


pois vós fostes estrangeiros na terra do Egito.


[21] Não façais mal algum à viúva nem ao órfão.


[22] Se os maltratardes, gritarão por mim, e eu


ouvirei o seu clamor.


[23] Minha cólera, então, se inflamará e eu vos


matarei à espada; vossas mulheres ficarão viúvas


e órfãos os vossos filhos.


[24] Se emprestares dinheiro a alguém do meu


povo, a um pobre que vive ao teu lado, não


sejas um usurário, dele cobrando juros.


[25] Se tomares como penhor o manto do teu


próximo, deverás devolvê-lo antes do pôr do sol.


[26] Pois é a única veste que tem para o seu


corpo, e coberta que ele tem para dormir.


Se clamar por mim, eu o ouvirei,


porque sou misericordioso.


Palavra do Senhor.




REFLEXÃO


O livro de Êxodo possui um código importantíssimo


para o povo de Deus: o código da Aliança


(Berit, em hebraico).


A Aliança significa um pacto estabelecido entre


Deus e as pessoas humanas. Ser fiel é fundamental


para preservar a boa relação com o Senhor, que


estabelece essa Aliança.


No texto deste domingo, encontramos uma série


de prescrições relativas ao estrangeiro,


à viúva e ao órfão – figuras sociais


veterotestamentárias que representam os


excluídos e desprovidos de direitos fundamentais.


O pobre também aparece nessa passagem como


alguém que deve ser ajudado.


Para essas leis, o importante é restaurar a


boa relação entre as pessoas e despertar, nos


que têm condições, a preocupação ética com


os desprovidos de bens e direitos.


O v. 20 diz, de forma categórica e imperativa:


“Não maltrates o migrante nem o oprimas, pois


vós fostes migrantes na terra do Egito”.


Fazer memória dessa opressão vivida no passado


é condição de possibilidade de não se tornar


um opressor no presente.


O v. 21 destaca a necessária relação de


hospitalidade e bondade para com o órfão


e a viúva.


Se esses humilhados clamarem a Deus,


prontamente o Senhor os ouvirá e pedirá justiça


pelo mal praticado contra eles.


O v. 24 destaca a relação de empréstimo sem usura,


sem cobrança de juros.


O v. 25 adverte sobre a hipótese de querer efetuar


a penhora de algo fundamental para o pobre,


como sua túnica, instrumento de proteção.


Deus ainda lembra que, se o pobre clamar por ele,


fará justiça e será misericordioso.


O conjunto dessas leis nos motiva a pensar a prática


de uma ética saudável e sociotransformadora,


que não permita considerar os bens materiais acima


do ser humano.


O outro, nosso irmão e irmã, é mais importante que


os bens que temos; se temos esses bens, cabe nos


mostrarmos capazes de partilhá-los.



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