Não se deixe levar nem mesmo por pregadores que, de Bíblia aberta, seduzem-no contra a própria Palavra de Deus, insistindo, por exemplo, que um cristão não pode tomar remédio para tratar da sua saúde mental ou física e nem mesmo buscar um psicoterapeuta para se tratar de um distúrbio emocional. Alguns autores têm proposto que, quando uma pessoa toma um remédio para a depressão, por exemplo, ela está recusando a graça providenciada por Deus. Segundo esses pregadores, não precisamos de mais nada além da Palavra de Deus. O resultado de uma instrução dessas é que pessoas da igreja que estão se tratando com medicamentos param com o tratamento por medo de estarem pecando contra Deus por não confiarem nele; alguns chegam a duvidar de sua própria salvação. Quando um líder espiritual dá uma orientação desse tipo ele está indo contra a Palavra de Deus. O único erro é confiar tão somente nas ciências da saúde. A oração deve fazer parte do processo de cura. Em qualquer situação, o cristão deve buscar ajuda em Deus, até mesmo para orientação quanto a quem procurar. Ezequias pediu para ser curado e Deus o atendeu, usando um remédio, no caso um emplastro de figos. Na verdade, quando uma pessoa recusa o tratamento, ela está recusando os recursos que Deus lhe oferece. O apóstolo Paulo, homem de oração, recomenda a Timóteo, outro homem de oração, a tomar remédio para seu problema gastrointestinal (1Timóteo 5.23). De igual modo, quem recusa o tratamento está punindo a si mesmo e ferindo as pessoas que a amam, ao se negarem a ter uma vida saudável, por culpas inexistentes. Deus é o Senhor dos médicos. Deus é o farmacêutico por excelência. Os remédios são recursos que ele nos disponibiliza para termos saúde. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia