Edições «Avante!»
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A habitação é hoje um problema para muita gente em Portugal, seja pelo aumento dos juros de casa própria, seja pelo aumento das rendas ou apenas pelas dificuldades de encontrar uma casa para viver. Num dos sectores económicos mais liberalizados e menos regulamentados da nossa sociedade, esta realidade é um desastre para milhões de pessoas. Estivemos à conversa com Lino Paulo em torno do livro , que publica os materiais do Encontro Nacional do PCP onde se avança, mais do que um diagnóstico, com soluções imediatas e estruturantes para que esse direito seja assegurado.
Em torno da TAP, uma empresa estratégica fundamental para garantir o desenvolvimento soberano do País, intensifica-se uma campanha mediática a defender a sua privatização. No livro , encontram-se muitos argumentos para combater essa privatização, destruindo os mitos mil vezes repetidos sobre os seus custos, realçando o seu contributo para a economia nacional, e demonstrando que a razão pela qual se desenvolve essa campanha mediática resulta exactamente do seu extraordinário valor económico.
A partir do texto de Karl Marx , o PCP realizou uma iniciativa para discutir a batalha que se trava em torno do aumento dos salários, do aumento dos preços e do surto inflacionista, do aumento da exploração e do empobrecimento das massas trabalhadoras ao mesmo tempo que crescem os lucros dos grandes grupos económicos. Dessa iniciativa resulta o livro , em torno do qual estivemos à conversa com o economista Tiago Cunha.
Um pouco por toda a parte, multiplicam-se as comemorações em torno dos 50 anos do 25 de Abril – confirmação de como os seus valores continuam presentes na vida nacional e a projectar-se no futuro de Portugal. Estivemos à conversa com João Frazão em torno do livro , que reúne textos publicados ao longo dos anos na revista e que, pela diversidade de autores, testemunhos e temas abordados, contribuem para a nossa compreensão hoje dessa exaltante construção colectiva que foi a Revolução Portuguesa.
A obra de Álvaro Cunhal foi escrita por ocasião do VIII Congresso do PCP, realizado em 1976. Pela enormíssima quantidade de dados factuais que reúne e sistematiza, pelo rigor das análises e conclusões que faculta, permanece uma obra inesperada de referência e de consulta para o estudo dos dois anos e meio da Revolução Portuguesa. Neste episódio, entramos no primeiro capítulo, que aborda OS ÚLTIMOS ANOS DA DITADURA FASCISTA. Abordando os aspectos que levaram ao aprofundamento da crise do regime e do ascenso da luta popular e das forças revolucionárias, nesta primeira parte reflecte-se em particular sobre a natureza e os objectivos da Revolução, e em particular as orientações que resultaram do VI Congresso do PCP realizado em 1965, e a relação existente entre fascismo e capitalismo monopolista.
A obra de Álvaro Cunhal foi escrita por ocasião do VIII Congresso do PCP, realizado em 1976. Pela enormíssima quantidade de dados factuais que reúne e sistematiza, pelo rigor das análises e conclusões que faculta, permanece uma obra inesperada de referência e de consulta para o estudo dos dois anos e meio da Revolução Portuguesa. Quando se aproximam os 50 anos da Revolução de Abril, disponibiliza-se a leitura integral da obra, em capítulos, pela voz de André Levy. Neste episódio, a Introdução à obra, onde se referem os traços fundamentais da ditadura fascista e o alcance das profundas transformações revolucionárias operadas naqueles primeiros anos depois do 25 de Abril, no plano nacional mas também no plano internacional.
A propósito da mais recente edição das de Soeiro Pereira Gomes, que reúne no mesmo volume , e , Carina Infante do Carmo aborda nesta sessão vários aspectos da obra singular e pioneira de Soeiro, da sua relação com o movimento neo-realista, da sua dimensão permanentemente colectiva, da edição à leitura, e do seu empenho na luta dos trabalhadores e dos explorados por um mundo novo. Por isso se diz, e com razão, que a obra de Soeiro Pereira Gomes é simultaneamente de liberdade e libertadora. A terminar a sessão, André Levy lê o texto de Soeiro Pereira Gomes «Um caso sem importância», onde se encontram muitos dos elementos caracterizadores do movimento neo-realista, claramente identificados pela agudeza da forma breve do conto.
A partir da mais recente obra de Sérgio Ribeiro, , juntámos o autor e Jorge Cadima para continuar a conversa que o próprio livro inicia: falando sobre as necessidades humanas, o trabalho como criador de riqueza, o papel da moeda, o contexto e as saídas da Segunda Guerra Mundial e as particularidades da Revolução de Abril em Portugal. Partindo das muitas intervenções que o autor, ao longo de décadas, procurou ter, e que neste livro e nesta conversa partilha, abre-se o espaço para reflectir sobre os caminhos que se percorrem hoje no mundo, da política internacional aos conteúdos curriculares dos cursos de Economia.
Para falarmos acerca do livro , juntámos os autores Manuel Loff, Tiago Vieira e Filipe Guerra à conversa em torno das transformações que se operaram a partir de Março de 2020 a pretexto da crise sanitária. Emergência securitária, degradação das relações laborais, contradições da União Europeia, são os três eixos que organizam este volume, que vem dar resposta à urgência de questionar um conjunto de alterações nas nossas vidas, convocando à reflexão e à acção. Procurando desmontar algumas verdades instituídas acerca do conceito de “novo normal”, nesta conversa debatemos como a pandemia acelerou e consolidou vários processos que, não sendo novos, viram terreno fértil para frutificar sob o signo do consentimento global.
A 11 de Março de 1939, o jornal “O Diabo” publicava o artigo escrito por um jovem de 25 anos chamado Álvaro Cunhal. As Edições publicam agora em tipos móveis de chumbo com ilustrações originais de Ana Biscaia este texto da juventude onde se convocam a firmeza, a rectidão, a solidariedade e a confiança no futuro, na certeza de que vale sempre a pena lutar por uma vida melhor. Para falarmos um pouco mais sobre este livro, fomos à conversa com o professor Pedro Santos Maia que nos traz uma reflexão sobre a importância desta obra para contrariar uma forte tendência da crítica dominante em torno do marxismo.
O poema épico de Ary dos Santos, escrito em Lisboa no Verão de 1975, é agora editado com ilustrações originais de Filipa Malva. Esta conversa entre a ilustradora e a investigadora Cristina Cruzeiro, moderada pelo editor, procura revelar um pouco do que foi o processo artístico de que nasce este projecto editorial. Cor, palavra, movimento, sentido, memória, são algumas das linhas percorridas nesta conversa para dar voz à enorme beleza das imagens criadas para este poema que conta “um país/ onde entre o mar e a guerra/ vivia o mais infeliz/ dos povos à beira-terra.”
A compilação crítica e a denúncia concreta da ofensiva contra a Festa do Avante! é uma oportunidade para ilustrar e identificar os métodos dos inimigos de classe, contra o PCP e os trabalhadores em geral. Nesta operação para atacar, denegrir e difamar o PCP valeu tudo. Convidámos Jorge Cordeiro do Secretariado do PCP e da Comissão Política do Comité Central e João Lopes do Comité Central e do Gabinete de Imprensa do PCP para esta Conversa mais Avante sobre um dossier que procura, para lá da memória vivida, perdurar como testemunho concreto dos métodos a que não se coíbem de recorrer os que pretendem enfraquecer e liquidar o PCP, para assim mais facilmente intensificar e perpetuar a exploração desenfreada das novas e das futuras gerações de trabalhadores.
Victor de Sá bateu-se toda a vida pela democratização da cultura, pela divulgação do livro e pela transformação social. Combatente antifascista desde jovem, fundador em Braga de um núcleo de resistência, foi perseguido e preso, tendo iniciado a carreira docente aos 53 anos, depois do 25 de Abril. Revolucionário, abriu caminhos à História Contemporânea na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde deixou um legado inestimável como académico e como cidadão. Guilherme da Costa Carvalho, aluno da Faculdade de Ciências no Porto, abandonou os estudos para viver na clandestinidade, tendo sido um destacado militante e dirigente do Partido Comunista Português. Dos 51 anos da sua vida, 16 anos e 6 meses foram passados na prisão, sujeito a todas as formas de violência da ditadura. Guilherme da Costa Carvalho é ainda recordado pela participação nas extraordinárias fugas de Peniche e Caxias. Estes dois homens fariam, em 2021, 100 anos. Com dois livros recentemente publicados em sua homenagem, fomos à conversa com Fernanda Ribeiro, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e Domingos Abrantes, do PCP.
, de Alexandre Branco Weffort, propõe uma revisitação da vasta obra do compositor, de velhas polémicas estéticas no seu contexto histórico, sublinhando a importância de actualizar no século XXI a incontornável reflexão de Fernando Lopes-Graça acerca do humanismo. Fernando Lopes-Graça, cidadão e militante comunista, desenvolveu ao longo da sua vida um pensamento que atravessa as diversas áreas da cultura e das artes em articulação com o seu posicionamento político, o que o torna uma figura fundamental para a compreensão do século XX português. Nesta conversa abre-se caminho à descoberta das diversas fases de aproximação às , que neste livro se percorrem.
Prosas em Tempo de Peste é o livro de José Goulão que nos lança o desafio desta conversa, um ano após a sua publicação e após termos passado por diversas fases de confinamento e sucessivos estados de emergência. Hoje os textos de José Goulão ganham um novo sentido lidos à luz dos efeitos globais da pandemia, que se oferece como “janela de oportunidade” para relançar o capitalismo no contexto securitário europeu. Nesta conversa serão temas centrais as grandes questões internacionais em desenvolvimento, a transformação da informação em propaganda ao serviço da agenda neoliberal, assim como a urgência de combater a permanente agressão aos direitos e a manipulação da realidade pela acção mediática.
O Trabalho das Imagens – Estudos sobre cinema e marxismo é o livro que nos reúne hoje à conversa com Sérgio Dias Branco, acerca do seu trabalho de investigação sobre a estética das obras da imagem em movimento, na sua relação com o marxismo. História e cinema, história do cinema, cinema emergente, identidade, são fios condutores de uma conversa que vem questionar as relações da arte com o processo histórico. Neste livro, Sérgio Dias Branco desenvolve uma linha de pensamento crítico que parte da obra de Marx para promover a explicação e a transformação do mundo em que vivemos, escapando ao idealismo do pensamento pós-moderno entranhado em muita da crítica cultural contemporânea.
António Avelãs Nunes tem desenvolvido um trabalho muito profícuo, abordando várias matérias, da ciência económica ao processo de construção da União Europeia, para referir apenas algumas. Os seus mais recentes livros juntam textos escritos ao longo dos anos, onde a intervenção política e cidadã do académico se torna absolutamente clara. Nesta conversa, vamos conhecer um pouco desse caminho e do que o motiva a continuar a trabalhar na partilha e na construção do conhecimento.
Estivemos à conversa com Fausto Neves, pianista e professor, a falar sobre música e o papel inestimável de Fernando Lopes-Graça na democratização do seu acesso, na criação e na fruição. A partir do seu livro Em Torno de Lopes-Graça. Pensamento – Resistência – Criação, que se debruça alongadamente sobre a importância do contacto com a música para o desenvolvimento do cérebro, bem como da acção de Fernando Lopes-Graça, não apenas como músico, maestro, crítico e ensaísta, mas também, e simultaneamente, como membro do Partido Comunista Português, na sua actividade antifascista, pela democracia e pela liberdade.
Rita Cruz publica em 2021 o seu primeiro romance, editado pela Página a Página. é um livro que nos fala da alvorada dos anos sessenta em Portugal, entre Lisboa, Porto e uma pequena vila da Beira. Uma viagem por um país pobre e amordaçado e pelas vidas que, dentro dele, lutam por manter a humanidade face a um mundo hostil. Nesta conversa procuramos saber um pouco mais sobre estas palavras que dizem o silêncio e sobre o que levou a autora a reconstruir este passado através da ficção.
Domingos Lobo tem sido, na crítica literária em Portugal, uma voz única, pelos critérios, pelas leituras, pelas perspectivas. Na amplidão do seu trabalho, entre jornais e revistas, conferências e encontros vários, tem dado também ao Neo-Realismo a importância que esse movimento, sem paralelo na literatura portuguesa – pela fértil produção, pela relevância política, pelo legado histórico –, justifica, tanto mais quando, em regra, vem sendo mais ou menos paulatinamente ignorado. Nesta conversa, fizemos uma viagem pelos seus percursos e apontaram-se muitos caminhos de futuro para a literatura portuguesa.
Sérgio de Sousa é autor de uma vasta obra literária, que passa por romances, crónicas, contos, teatro, e com vários ensaios sobre literatura, de que se destaca esse livro de grande fôlego que é . Esta conversa tem como ponto de partida o seu mais recente livro de ensaio, com o título , onde se abordam as questões relacionadas com a escrita e a leitura, a edição e a distribuição, a crítica e as bolsas de criação. Esta conversa foi enquadrada na Festa em Linha de Livros Desalinhados, que decorreu entre 30 de Maio e 14 de Junho de 2020.
Três sugestões de leitura de João Ferreira – Euro, Dívida, Banca – Romper os Constrangimentos, Desenvolver o País; Crise e Transição Política – Metabolismo Social e Material; Os Terranautas Extraviados – A Ciência e a Terra na Produção Material. Esta sugestão foi feita durante a Festa em Linha de Livros Desalinhados, que decorreu entre 30 de Maio e 14 de Junho de 2020. Descobre mais em www.editorial-avante.pcp.pt.
A quem pertence a linha do horizonte é a pergunta de um povo inteiro na luta diária pela sua sobrevivência. Um povo digno que da «rima impossível do presente faz a rima possível e urgente». Um povo resistente que prossegue corajosamente e erguendo a sua bandeira palestina. Nesta conversa, Anabela Fino fala com o poeta João Pedro Mésseder e com a ilustradora Ana Biscaia sobre a vida, a luta e a cultura da Palestina e aquilo que nós, aqui, podemos e devemos fazer para devolver a liberdade a esse povo. Esta conversa foi enquadrada na Festa em Linha de Livros Desalinhados, que decorreu entre 30 de Maio e 14 de Junho de 2020.
Manuel Diogo lê o poema «Uma chama não se prende», de Manuel Gusmão (publicado no livro A Foz em Delta). Este poema, um de Três Poemas em Memória de Álvaro Cunhal, lembra como «Álvaro Cunhal transformou o tribunal fascista numa tribuna para defesa da democracia, da paz e da independência nacional, e de denúncia da violência e da tortura, quer física quer intelectual, a que foi submetido pela PIDE e pelo regime prisional». Esta leitura foi enquadrada na Festa em Linha de Livros Desalinhados, que decorreu entre 30 de Maio e 14 de Junho de 2020.
Sugestão de leitura de Manuel Pires da Rocha, músico – Da Revolução de Abril à Contra-Revolução Neoliberal. Esta sugestão foi feita durante a Festa em Linha de Livros Desalinhados, que decorreu entre 30 de Maio e 14 de Junho de 2020.
A conversa começou pelo Princípio do Corpo, mas acabou por tomar outras direcções. Pedro Estorninho é um autor que assume plenamente as suas origens alentejanas, embora a sua principal motivação seja escrever sobre pessoas, independentemente das suas geografias. Nos contos, na poesia e no teatro, procura que a arte seja um meio de reflexão, que potencie a transformação e a construção de um outro mundo. Esta conversa foi enquadrada na Festa em Linha de Livros Desalinhados, que decorreu entre 30 de Maio e 14 de Junho de 2020.
O biólogo André Levy lê um excerto do texto de V. I. Lénine «Friedrich Engels». Esta leitura foi enquadrada na Festa em Linha de Livros Desalinhados, que decorreu entre 30 de Maio e 14 de Junho de 2020.
José Manuel Jara foi presidente da Pró-Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa, eleito para o mandato 1971-1972. Numa altura em que a luta antifascista se aproximava da sua grande vitória com a Revolução a 25 de Abril, este processo tenebroso em que José Manuel Jara se viu involuntariamente envolvido deixa-nos importantes reflexões sobre o papel do oportunismo. Como ele nos diz, «Um caso singular, uma situação concreta relevante, pode dar a conhecer, mais do que mil argumentações abstractas, quem é quem, princípios, meios e fins, a consistência entre os discursos e as práticas das várias tendências do movimento associativo e estudantil.» Esta conversa foi enquadrada na Festa em Linha de Livros Desalinhados, que decorreu entre 30 de Maio e 14 de Junho de 2020.
Duas sugestões de leitura de Isabel Araújo Branco, professora – e . Esta sugestão foi feita durante a Festa em Linha de Livros Desalinhados, que decorreu entre 30 de Maio e 14 de Junho de 2020.
Sugestão de leitura de Vasco Marques, dirigente da Juventude Comunista Portuguesa – O Radicalismo Pequeno-Burguês de Fachada Socialista. Esta sugestão foi feita durante a Festa em Linha de Livros Desalinhados, que decorreu entre 30 de Maio e 14 de Junho de 2020.
