

Já há governo e agora é esperar para ver. PSD e PS estão convencidos de que vai durar quatro anos. Até se entenderam para uma partilha do lugar destinado à segunda figura do Estado. Se não se tivessem entendido, talvez os deputados ainda continuassem agora em sucessivas rondas de votação. Houve votos em branco e houve votos em Branco. E uma birra do Chega que paralisou a Assembleia por causa do significado da palavra ‘acordo’. Entretanto, Marcelo, o dissolvente, voltou a dissolver. Costa despediu-se de forma “inchiunal”. E a TAP registou o maior lucro de sempre. A semana pascal foi animadíssima. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Na estante desta semana, em ano de centenário de Kafka, surge a prosa curta reunida do autor de ‘O Processo’ no volume ‘Contos, Parábolas, Fragmentos’; folheamos ‘Razões e Paixões’ uma entrevista de vida a Manuel Maria Carrilho; detemo-nos na obra de um dos autores do cânone poético chinês, Su Dongpo; e lemos o mais recente romance de Frederico Pedreira, ‘Sonata para Surdos’. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Contados os votos da emigração, confirmou-se a vitória da AD e o Presidente da República encarregou Luís Montenegro de formar governo. Que governo será, ainda ninguém sabe. Sabe-se, no entanto, que Ventura - apesar da insistência com que tem pedido para ter lugar à mesa do conselho de ministros - não fará parte da solução do líder do PSD. O Chega ganhou entre os emigrantes e Augusto Santos Silva foi o primeiro presidente do parlamento a não conseguir a reeleição. Debatemos as ilações a retirar desse facto. Também se fala esta semana de uma frase de António Costa em Bruxelas, da jogada de antecipação de Pedro Nuno Santos, das acusações que recaem sobre Boaventura Sousa Santos e das vantagens e inconvenientes de viver num hotel. Sobretudo se a PJ quiser saber quem paga. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Na estante da semana, temos reedição das magistrais lições de George Steiner em ‘As Lições dos Mestres’, um estudo sobre ‘Bandidos’ que desafiam a ordem estabelecida sob o olhar aprovador do historiador marxista Eric Hobsbawm, a investigação de Victor Costa sobre a arte tipográfica em ‘Letras, história, arte e engenho’ e a ‘Nova Era do Kitsch’ descrita e analisada por Gilles Lipovetsky e Jean Serroy. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Os resultados eleitorais viraram a política portuguesa de pantanas. A AD ganhou à tangente, o PS perdeu mais de 40 deputados e o Chega quadruplicou a representação parlamentar. André Ventura, com os 18% que obteve, foi declarado o grande vencedor e foi rápido a exigir ter uma voz activa no que aí vem. Esquece, no entanto, que 82% do eleitorado não só não votou nele como explicitamente o rejeita. Luís Montenegro mantém-se fiel ao “não é não” e vê-se obrigado a encontrar uma solução de governo, mesmo antes de contados todos os votos. Até porque Pedro Nuno Santos, numa espécie de jogo do quem perde-ganha, teve pressa em declarar-se derrotado. Os próximos tempos vão ser animados. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Na estante do programa a que ainda há quem chame Governo Sombra, mas nós não, claro, jamais, evidentemente, encontramos desta vez um ensaio de história intitulado Porcos Fascistas, mas porcos mesmo, não é insulto; temos também um livro de divulgação científica em banda desenhada: O Mundo Sem Fim; há ainda uma recolha de slogans e frases do tempo em que as paredes falavam, no período revolucionário, com o título No Princípio Era o Verbo; e por fim uma velha edição de um poema de T.S. Eliot, A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock, em homenagem ao tradutor Jorge Almeida Flor, falecido esta semana. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Na estante desta semana, há o relato de uma fuga da Coreia do Norte, em Um Rio na Escuridão; a comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, com As Vozes da Liberdade; a crítica ao wokismo, em A Esquerda não é Woke; e um ensaio sobre a marginália dos livros lidos por um grande escritor, em A Biblioteca de Vergílio Ferreira See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Já está tudo a refletir? As sondagens garantem que ainda são muitos os indecisos. Enquanto não abrem as urnas de voto, analisa-se a campanha: tentamos entender as cabeças dos cabeças de cartaz, discutimos como decorreu a caça ao voto, revisitamos os momentos mais marcantes - tanto dos partidos parlamentares, como daqueles que vão a jogo apenas por desporto. Tudo isto enquanto refletimos. Porque para refletir não é preciso remetermo-nos ao silêncio See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Passos Coelho, o aborto e uma lata de tinta verde entram numa campanha eleitoral. Não é uma anedota, é o resumo possível da primeira semana de caça oficial ao voto. A AD esteve no centro do debate. Por boas ou más razões, é o que cada eleitor decidirá por si próprio. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Na estante desta semana, a escolha recai sobre os textos de Hélder Macedo reunidos no volume intitulado , inclui a biografia de Lucas Pires por Nuno Poças Falcão com o título, tem também a novela gráfica , de Kate Beaton, e aproxima-se do silêncio com a poesia zen do mestre japonês Ryokan na antologia . See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Quantos votos vale a exibição pública das emoções de um candidato? Regada com lágrimas ainda deve valer mais. Quanta simpatia pública perderam os polícias ao cercar o Capitólio? Dito assim, parece ter sido um caso gravíssimo, como o de Washington, mas foi afinal apenas uma cena no Parque Mayer; a versão portuguesa da célebre frase de Marx segundo a qual a História se exprime em primeiro lugar como tragédia para se repetir mais tarde como farsa. Falemos ainda (como não?!) de cenários pós-eleitorais, dos temas que na pré-campanha não foram debatidos e do espanto de mantermos tanta gente acordada até tão tarde. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


No Festival literário Correntes d’Escritas, os tradutores também são autores e há agora uma antologia que os celebra: O Irresístivel Charme da Tradução. Saído do espólio de Paulo Tunhas, surge uma adenda inédita para alterar agora qualquer coisa: “Filosofia”. Há ainda tempo e espaço para uma biografia de Emílio Rui Vilar; e uma pequena volta a Portugal em bibliotecas. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Na estante desta semana, há uma ‘Introdução ao Conservadorismo’, da autoria de Miguel Morgado; fotografias icónicas da Revolução sob a lente de Alfredo Cunha, em ‘25 de Abril, Quinta-feira’; a história de Josef Mengele, o médico das tenebrosas experiências nazis, que durante 20 anos viveu incógnito no Brasil, contada em ‘Baviera Tropical’; e um ensaio intitulado ‘A Ditadura Adapaptada aos Século XXI’, sobre o modo como uma nova estirpe de ditadores trocou as botas cardadas por pezinhos de lã. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Quem será o ‘sub-cão’ no debate da próxima segunda-feira entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos? (Calma, o intuito não é ofensivo; trata-se apenas de um tradução abaixo de cão da expressão inglesa ‘underdog’.) Ou seja, na gestão de expectativas qual dos dois candidatos terá mais a perder e qual dos dois terá mais a provar? Os frente-a-frente estão a chegar ao fim e começa a ser altura de perguntar que percepção pública ficou de duas semanas de despiques televisivos. Um tema que demorou a ser discutido mas que entretanto se impôs é o da Justiça. Depois de um juiz de instrução ter determinado que, no processo que fez cair o governo da Madeira, “não há qualquer indício de crime”, o Ministério Público está agora em xeque. E a Procuradora-Geral da República em silêncio. Que efeito terá isto na campanha ainda ninguém sabe. Por último mas não menos importante: na semana em que Trump anunciou que, se for presidente, encorajará Putin a atacar os países da NATO com quotas em atraso na Aliança Atlântica, o principal opositor do presidente russo morreu numa cadeia de alta segurança. Como dizia o outro: agora pensem. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Já houve debates para todos os gostos - e mais haverá. Já houve carrosséis e escorregas num parque infantil, estribilhos rimados e boas doses de artilharia retórica. E uma das protagonistas foi a avó de Mariana Mortágua. Enquanto isso, Montenegro tentou desvalorizar adversários, anunciando a decisão de se fazer substituir pelo líder de um partido aliado sem representação parlamentar. Não lhe correu bem, ninguém aceitou a manobra e o líder do PSD terá mesmo de debater com Rui Tavares e Paulo Raimundo. As regiões autónomas também estão na ordem do dia. A Madeira, pela investigação que provocou a queda do governo que, embora demitido, ainda não caiu. Os Açores, porque o novo quadro parlamentar abriu brechas no interior do PS, quando à atitude a tomar face a um governo minoritário do PSD. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Na estante desta semana cabe o livro mais recente do historiador Simon Schama, ‘Corpos Estranhos - Pandemias, vacinas e a saúde das nações’; o primeiro volume da série de mangá ‘Monster’, de Naoki Urasawa; ensaios sobre a sétima arte de Germaine Dulac sob o título ‘O que é o cinema?’; e as biografias políticas dos líderes partidários das três maiores forças políticas em disputa nas eleições de 10 de Março; ‘Na Cabeça de Pedro Nuno’, ‘Na Cabeça de Montenegro’ e ‘Na Cabeça de Ventura’. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


As ilhas estão na berlinda. Montenegro foi para os Açores mesmo sem ter sido convidado. Os resultados de domingo terão inevitavelmente leituras nacionais. Tal como a investigação judicial na Madeira. Enquanto a macroeconomia sorri, com uma descida histórica da dívida pública e um valor recorde do crescimento, a insatisfação de polícias e agricultores volta a tomar as ruas. Ouça O Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer em podcast. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Esta semana, as sugestões literárias dos comentadores passam por um livro sobre uma mulher de quem pouco se sabe, apesar de ser a mulher mais poderosa do país mais isolado do mundo, recordam a correspondência afetuosa de discordância entre Mário Cesariny e Antonio Tabucchi, reveladoras da incompatibilidade entre a universidade e o surrealismo, referem José Paulo Fafe e saem da estante para recomendar uma exposição (mais um momento sindical de Ricardo Araújo Pereira) em memória de Samuel Torres de Carvalho. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


À justiça o que é da política e à política o que é da justiça. A máxima de Costa não era bem esta, mas é agora esta que está em vigor. Uma investigação judicial entrou pela política madeirense adentro e a política madeirense, tal como a política açoriana, está a ter também o seu papel na política nacional em período de pré-campanha legislativa. O papel de Miguel Albuquerque é que já não é o que era. Em simultâneo, Sócrates voltou à ribalta e o processo Marquês, depois de ter ficado moribundo por acção do juiz Ivo Rosa, regressa agora em força com a recuperação das acusações de corrupção ao antigo primeiro-ministro. E com eleições no horizonte Nuno Melo desmentiu Nuno Melo. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Esta semana, na estante, temos uma reedição de um livro que tem de estar sempre disponível: ‘O Coração das Trevas’, de Joseph Conrad; de Itália vem um romance também já com umas décadas mas sempre actual: ‘O Dia da Coruja’, de Leonardo Sciascia; o policial nórdico tem agora mais um título de Jo Nesbo: ‘A Estrela do Diabo’; e o filósofo francês Frédéric Gros convida os leitores à deambulação em “Caminhar - Uma Filosofia’. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Pedro Nuno Santos anunciou a ambição de tornar Portugal “grande outra vez”. Já só lhe falta encomendar bonés com a frase - e pagar os royalties devidos a Donald Trump. A semana política ficou marcada pela aprovação das listas de candidatos a deputados da AD e pelo Congresso do Chega, onde Ventura foi brindado com uma reeleição albanesa e onde o próprio Ventura brindou os portugueses com promessas em que talvez nem ele acredite. Pelo meio, o “avô fascista” sentiu necessidade de voltar com a palavra atrás e vir dizer que “fascista” era ironia. Enquanto isso, um jornalista foi arrastado à força para fora de uma sala onde Ventura se reuniu com estudantes e Cavaco Silva foi muito elogiado num artigo de opinião na imprensa. Por quem? Por Cavaco Silva. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Temos esta semana a relação epistolar de Luiz Pacheco com os filhos na reedição de Cartas na Mesa; a poesia reunida de Hilda Hilst e Sebastião Alba; o Hotel Savoy, de Joseph Roth, que teve a edição original há precisamente cem anos; e uma história concisa e equilibrada do conflito israelo-palestiniano da autoria do historiador inglês Michael Scott-Baumann. Boas leituras. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Deve doer muito não pagar. Calhando mais do que não receber o salário ao fim do mês. José Paulo Fafe foi ao parlamento declarar-se vítima da situação que se vive na Global Media. Os trabalhadores do grupo de comunicação social que tem salários em atraso e se prepara para um despedimento colectivo têm de ser compreensivos para com o sofrimento do seu CEO. No rescaldo do congresso do PS e da apresentação da nova AD, há quem já anteveja o fantasma de um cenário de mexicanização. A gola alta de Pedro Nuno Santos parece, para já, estar a ser mais eficaz do que o regresso ao passado de Montenegro. Mas ainda faltam três meses. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Na estante desta semana, há dois poetas: S. João da Cruz, com a reedição da Poesias Completas, e Ana Hatherly, com as 463 Tisanas que publicou ao longo da vida; um místico e uma experimentalista fascinada pelo budismo zen. Há ainda “Variações”, um conjunto de ensaios da Raquel Henriques da Silva sobre a Arte Portuguesa dos séculos XIX e XX. E há uma obra seminal do movimento feminista: “Irmã Marginal”, de Audre Lorde. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Haverá uma vaga de fundo no horizonte ou é altura de começarmos já a fazer contas à terceira dissolução? A semana política entreteve-se com a descoberta de que o governo mandou comprar, em 2020, acções dos CTT; não todas, não a maioria: 0,24%. Para a semana já haverá outro caso. Vai ser assim até Março. Enquanto isso, os trabalhadores da Global Media continuam sem receber pelo trabalho que realizado em Dezembro. O fundo das Bahamas que prometia investimentos, ao fim de três meses já nem os salários paga. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Na estante desta semana, há um volume da Septologia do Nobel Jon Fosse; as “7 Regras para a vida”, de Arnold Schwarzenegger; a “Memória Vermelha” em que Tania Branigan conta o que foi a Revolução Cultural chinesa; e uma “Apologia dos Ociosos e outros ensaios”, em que o já clássico Robert Luís Stevenson nos explica porque não faz bem nenhum matarmo-nos a trabalhar. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Quem diria há um ano que estaríamos à entrada de 2024 na antecâmara de eleições legislativas? Para honrar o ano que termina elegemos as três figuras-sombra do ano: Vítor, o Bibliófilo; Lacerda, o Genuíno; e Linda, o Falua. Também se fazem votos para o ano que vem, sem deixarmos de identificar quem é “quem”. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Na estante desta semana, à entrada de 2024, fica a proposta de livros que ainda cá não chegaram, mas que no ano que está a chegar merecem tradução e publicação. O relato de dois julgamentos menos icónicos mas tão interessantes como o de Nuremberga: ´Judgement of Tokyo’, de Gray J. Boss, e ‘France on Trial’, de Julián Jackson. Uma espécie de autobiografia cinéfila: ‘Cinema Speculation’ de Quentin Tarantino. A biografia de um judeu nada ortodoxo: ‘Mel Brooks. Disobedient Jew’, de Jeremy Dauber. E, em ano de eleições, um clássico que nos permitirá uma vigilância activa sobre aquilo que nos querem vender: ‘Propaganda’, de Edward Bernays. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Vem aí uma nova AD. Desta vez sem monárquicos. O PPM já protestou. Não estará a sigla registada? É melhor que PSD e CDS verifiquem isso e, em caso extremo, se a coisa der para o torto, podem passar a chamar-se (não nos oporemos) ‘Coligação Cuja Sigla Estamos Legalmente Impedidos de Usar’. Fica no ouvido. Entretanto, Pedro Nuno Santos já é oficialmente aquilo que se diz que sempre quis ser. E na primeira grande entrevista como secretário-geral do PS foi ao programa de Júlia Pinheiro. Em pose humilde e conciliatória. Como é Natal, regressaram à ribalta duas ricas prendas: Sócrates e Passos Coelho. Vai haver quem diga, maldosamente, que andam por aí fantasmas de Natais passados. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.


Caro leitor/ouvinte, a estante desta semana chamou-lhe a atenção, confesse. A par de três grandes nomes da literatura aparece uma porca. É capaz de ser coisa para intrigar o mais fleumático. Para que conste, a porca chama-se Olívia e é a personagem que tornou famoso o ilustrador Ian Falconer em coloridos álbuns para os mais novos. Entretanto, regista-se a chegada do segundo volume dos Ensaios, de Montesquieu, o inventor do género - um acontecimento editorial. Este ano comemora-se o centenário de uma voz poética vinda de um país de poetas, a Polónia; efeméride que não seria necessária para tornar oportuna a leitura da breve uma nova antologia de poemas de Wislawa Szymborska, sob o título Um Inconcebível Acaso. Finalmente, como é tempo de presentes, que cada um elabore a sua lista de pedidos. O surrealista Fernando Arrabal fá-lo em Carta aos Reis Magos, sempre com um pé no absurdo, esse espelho da vida. See omnystudio.com/listener https://omnystudio.com/listener for privacy information.