

No cinema há uma variedade de tempos: o tempo da duração do filme, o tempo interno das cenas, o tempo rítmico da montagem, o tempo espacializado, o tempo histórico do qual o filme é um documento, o tempo do ofício, o tempo criativo da realização e há também o tempo de quem assiste ao filme com seus efeitos físicos e cognitivos. No cinema o tempo é uma experiência empírica, experimentada e visível. Tendo em vista as condições, circunstâncias e debates atuais no audiovisual brasileiro, que tempos e temporalidades compõem as práticas cinematográficas, nas ideias, nas imagens e, sobretudo, nos filmes brasileiros contemporâneos? Convidados: __ __ Mediação: FRANCIS VOGNER DOS REIS – curador | SP


Na história da Mostra Tiradentes, se destacam filmes cujo processo de feitura é resultado de invenção de um modo de fazer, não industrial. Nessa recusa em ser um produto, a duração é um dado essencial tanto na maturação do fazer quanto na própria sensação de duração que do filme resulta. Em ambos, uma interrupção do ritmo do capitalismo 24/7 é produzida. Portanto, como isso se constrói? Qual tempo é este da criação? Que tempo é este do espectador-espectadora? Como os artistas veem a matéria do tempo como elemento político de criação e pensamento sobre as imagens? Convidados: __ __ Mediação: JULIANO GOMES – curador | RJ


Os festivais de cinema franceses e alemães têm uma tradição de defesa de cinematografias periféricas na economia audiovisual e de países colonizados por europeus, com uma relação intensa e histórica com o cinema brasileiro e latino-americano. Mas os festivais diferem muito entre si e a presença de produções latino-americanas e brasileiras tem a constância de suas presenças variáveis de acordo com as equipes curatoriais e com as ênfases de cada evento. Em muitos casos, essa presença latino-americana segue sendo nula ou pequena, com filmes da região competindo entre si por espaço, ou um e outro título ocupando os mesmos espaços. A Quinzena dos Cineastas e o festival Entrevues de Belfort, especificamente, foram criados para revelar e acompanhar “novos autores” de todos os cantos. O Festival de Cinema Latino-americano de Munique (LAFITA) têm foco circunscrito na América Latina. Em que medida esse aspecto se desdobra no projeto de participar da escrita de uma história do cinema mundial, consciente das peculiaridades das cinematografias regionais? Segundo que critérios/valores os filmes brasileiros visionados pelas curadorias francesas e alemãs estão postos em perspectiva de uma historiografia das formas, temas e contextos contemporâneos? Convidados: Paola Raiman – programadora – Entrevues de Belfort | França Sven Pötting – codiretor – LAFITA – Festival de Cinema Latino-Americano de Munique | Alemanha Mediação: Pedro Butcher – curador Conexão Brasil CineMundi | Brasil


A programação de filmes em festivais não segue uma abordagem unívoca, e depende, em grande parte, das linhas editoriais dos eventos e de contextos locais, com seus objetivos específicos e suas contingências concretas. No caso da programação de filmes brasileiros e latino-americanos de modo mais amplo, há prováveis diferenças entre programá-los no Brasil, em outros países da América Latina e na Europa – cada qual com seus mundos cinematográficos particulares, distâncias e pontos de contato entre cinéfilas e perspectivas históricas que, às vezes, compartilham mais mal-entendidos do que compreensão mútua. Quais são as semelhanças e as diferenças mais gritantes entre programar um filme latino-americano na América Latina e na Europa? Como driblar as possibilidades de se curvar a uma linha hegemônica no primeiro mundo, sem provocar um choque de incomunicabilidade entre o filme e seu público? Quais exemplos concretos e fílmicos podemos considerar em seus trânsitos pelos diferentes continentes? Convidados: Esmeralda Vivas – diretora de programação – Festival Internacional de Cinema em Guadalajara | México Paola Buontempo – programadora – Festival Internacional de Cinema de Mar del Palta | Argentina Roger Koza – programador – Filmfest Hamburgo, Viennale | Alemanha/ Áustria Vanja Milena Munjin Paiva – programadora – FICValdivia, IndieLisboa – Chile/Portugal Walter Tiepelmann – coordenador – Málaga WIP/Diretor artístico – FIDBA | Espanha/Argentina Mediação: Cleber Eduardo – curador Conexão Brasil CineMundi | Brasil


Apresentação, leitura e entrega da Carta de Tiradentes – documento oficial resultante dos trabalhos realizados pelos coordenadores executivos, coordenadores dos GTs, colaboradores e participantes do 2º Fórum de Tiradentes


Os desafios da gestão compartilhada na execução de políticas nacionais de fomento ao audiovisual por meio da Lei Paulo Gustavo, da Lei Aldir Blanc e dos Arranjos Regionais, que envolve o Ministério da Cultura, Ancine, estados e municípios, com especial atenção à qualificação dos agentes públicos e a convergência das ações locais para uma estruturação sistêmica. Convidados: Camila Coelho – Gerente Executiva de Gestão e prestação de contas da Spcine | SP Denise Marques – Coordenadora de Economia Criativa do Sebrae Nacional | DF Fabrício Noronha – secretário de Estado de Cultura do Espírito Santo e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura | ES Gabriel Portela – secretário Municipal Adjunto de Cultura e secretário-geral do Fórum Nacional de Secretários e Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados | MG Paulo Alcoforado – diretor da Ancine | DF Thiago Rocha Leandro – diretor de Assistência Técnica a Estados e Municípios do Ministério da Cultura | DF Mediadora: Alessandra Meleiro – pesquisadora, gestora cultural, coordenadora do GT Formação do Fórum de Tiradentes e integrante do Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual – Forcine | SP


Um dos maiores mercados consumidores de VoD do mundo, o Brasil ainda não implantou qualquer marco regulatório para os serviços de streaming. Lideranças políticas, representantes do poder público e profissionais do audiovisual vão debater que modelo de regulação queremos no Brasil. Convidados: Cintia Domit Bittar – cineasta e diretora da Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro – API e integrante do +Mulheres | SC Joelma Gonzaga – Secretária Nacional do Audiovisual | Ministério da Cultura | DF Juca Ferreira – Assessor da Presidência do BNDES e ex-Ministro da Cultura | DF Leo Edde – produtor e Presidente do Sindicato Interestadual da Industria Audiovisual – SICAV e vice-presidente da FIRJAN | RJ Paulo Alcoforado – diretor da Ancine | RJ Mediadora: Rosana Alcântara – advogada especializada em regulação do audiovisual e integrante do +Mulheres | RJ


O audiovisual demanda um tempo processual que pode ser mais longo ou mais curto, o que incidirá no resultado do produto, mas também nas condições de trabalho da indústria audiovisual. Quais são os custos humanos e econômicos do tempo acelerado na indústria audiovisual contemporânea? O tempo acelerado da grande indústria é um padrão a ser adotado pela produção independente? Convidados: Bernardo de Oliveira – crítico de cinema, professor e produtor – RJ Clarissa Campolina – diretora, roteirista, montadora, professora e curadora | MG Felipe Bragança – cineasta | RJ Mediadora: Tatiana Carvalho Costa – curadora | MG


Apresentação dos avanços do setor audiovisual em 2023 e das perspectivas para 2024. Políticas nacionais, arranjos regionais e programas de internacionalização do audiovisual brasileiro. Convidados: Joelma Gonzaga – secretária Nacional do Audiovisual | Ministério da Cultura |DF Debora Ivanov – Programa Cinema do Brasil |SP Márcio Yatsuda – Programa Brazilian TV Producers |SP Marcelo Rocha – Superintendente de Investimentos e Parcerias Estratégicas da Spcine |SP Mediadora: Tatiana Carvalho Costa – Presidente da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro – APAN e curadora | MG


A ideia em torno das “formas do tempo” dialoga com a ousadia das produções exibidas na Mostra Tiradentes e com a tentativa de compreensão ampla de como fazer filmes no Brasil hoje e agora pode impactar suas estéticas. A demanda de eficiência e a velocidade dos acontecimentos no mundo solicitam novas formas da atenção e dos sentidos, mais rápida, fragmentária e ansiosa. Tendo em vista as condições, circunstâncias e debates atuais no audiovisual brasileiro, que tempos e temporalidades atravessam a noção de contemporâneo nas práticas cinematográficas, nas ideias, nas imagens e, sobretudo, nos filmes brasileiros contemporâneos? A equipe curatorial apresenta a temática e programação que norteiam a 27ª Mostra Tiradentes. Convidados: Camila Vieira – curadora de curtas | CE Juliano Gomes – curador de longas | RJ Leonardo Amaral – curador de curtas | MG Lorenna Rocha – curadora de curtas | SP Mariana Queen Nwabasili – curadora de curtas | SP Pedro Guimarães – curador de curtas | SP Tatiana Carvalho Costa – curadora de longas | MG Mediador: Francis Vogner dos Reis – coordenador curatorial e curador de longas| SP


A promoção da cultura e do audiovisual no contexto do desenvolvimento, da defesa da democracia e na afirmação da soberania nacional. O aprofundamento das políticas publicas, universalização de acesso e implantação de marcos regulatórios de proteção e estímulo ao setor. Convidados: Eliane Parreiras – secretária Municipal de Cultura de Belo Horizonte e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados Emmanuel Lenain – embaixador da França no Brasil Fabrício Noronha – secretário de Estado de Cultura do Espírito Santo e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura Jarbas Soares Júnior – procurador-geral do Ministério Público do estado de Minas Gerais | MG Joelma Gonzaga – secretária Nacional do Audiovisual | Ministério da Cultura Margareth Menezes – Ministra da Cultura Pablo Soares Pires (Dom Black) – assessor do Audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais | MG Mediadora: Debora Ivanov – coordenadora executiva do 2º Fórum de Tiradentes e + Mulheres


André Novais Oliveira e Bárbara Colen representam a força inventiva que ascendeu no cinema brasileiro na última década. Ele é um dos diretores e roteiristas mais celebrados no país, ela é uma das atrizes mais importantes dessa geração. Ainda que sejam de Minas Gerais e tragam a marca forte do cinema mineiro, se tornaram também referência do cinema contemporâneo em nível internacional, com passagens pelos principais festivais do mundo. O debate discute a obra de ambos, mas também reflete sobre a força criativa do cinema contemporâneo brasileiro por meio de dois de seus artistas mais emblemáticos. Convidados: André Novais Oliveira – cineasta homenageado 27ª MCT | MG Bárbara Colen – atriz homenageada 27ª MCT | MG Mediação: Juliano Gomes – curador de longas | RJ


Convidados: Diego Pino Anguita – diretor executivo – Conecta | Chile Gudula Meinzolt – produtora – Autentika Films | Suíça Luis González – diretor executivo – DocMontevideo/DocSP | Uruguai/Brasil Renato Manganello – agente de vendas – Utopia Docs | Brasil/Portugal Walter Tiepelmann – diretor artístico – FIDBA | Argentina Mediadora: Lila Foster – curadora e pesquisadora, colaboradora – Brasil CineMundi | Brasil


A regulação do VoD no Brasil é fundamental e urgente. Este debate propõe oferecer um espaço de diálogo e encontros com a presença de lideranças políticas, representantes do poder público e profissionais do audiovisual visando promover um debate transversal e transdisciplinar entre política, tecnologia e sociedade para pensarmos juntos: QUE MODELO DE REGULAÇÃO DE VÍDEO SOB DEMANDA – VOD QUEREMOS NO BRASIL? Convidados: __ __


As grandes plataformas de streaming – a maior parte delas estrangeiras – já se consolidaram como importantes agentes da circulação de obras audiovisuais de alcance global, sendo o Brasil um dos principais mercados. O streaming representa desafios e novas oportunidades para o setor, para as políticas públicas do cinema e do audiovisual e para a organização geopolítica da informação e do conhecimento, no entanto, segue sem regulação. Este debate é um convite a pensar e problematizar premissas e questões que possam responder: QUE MODELO DE REGULAÇÃO QUEREMOS NO BRASIL? Convidados: __ __


A Sessão de Abertura terá por temas centrais as questões ligadas às políticas de difusão do cinema brasileiro e a legislação de regulação e fomento do audiovisual, com foco na regulamentação dos serviços de streaming e na internacionalização do cinema brasileiro face ao contexto da crescente globalização dos circuitos de subvenção e difusão audiovisual. Convidados: __ __


A mesa reunirá a equipe de curadoria para apresentar a temática desta edição da CineBH, Territórios da Latinidade. Na sua segunda edição com foco na América Latina e no primeiro ano de sua mostra competitiva, a 17ª CINEBH enfatiza em sua temática questões geográficas, políticas, históricas, culturais e do cinema. Territórios da Latinidade não diz respeito somente aos filmes da Mostra competitiva Território. Refere-se também às estratégias de disputas por posse de terra e construção de territórios simbólicos e identitários no percurso histórico do cinema latino-americano e da América Latina. Convidados: __ __


Débora Nakache – Coordenação Rede Kino | Buenos Aires Fernanda Omelczuk – Coordenação Rede Kino | MG Gustavo Jardim – Coordenação Rede Kino | MG Isaac Pipano – Coordenação Rede Kino | CE Wenceslao Oliveira – Coordenação Rede Kino | SP Mediadora: Clarisse Alvarenga – curadora Temática Educação | MG


Cristiano Burlan – realizador e professor | SP Verônica Mendes Pereira - professora do departamento de Educação da Ufop | MG Venício Arthur de Lima – professor universitário – UnB | DF Mediador: Wenceslao Oliveira – Coordenação Rede Kino | SP


Antônio Carlos da Fontoura – diretor | RJ Débora Butruce – preservadora audiovisual e coordenadora técnica da digitalização | SP Aarão Marins – supervisor técnico do escaneamento | RJ Mediadora: Fernanda Coelho – curadora Temática Preservação | SP


Alexandra Cuesta – cineasta e artista visual | Equador Mediadora: Débora Nakache – Coordenação Rede Kino | Buenos Aires


Acauam Oliveira – professor e crítico cultural | PE Ana Julia Silvino – crítica de cinema e pesquisadora | SP Renan Eduardo – crítico de cinema | MG Mediação: Tatiana Carvalho Costa – curadora Temática Histórica | MG ppl


Cintia Langie – cineasta e professora de Cinema | RS Kênia Freitas – curadora Cinema do Dragão | CE Kety Nassar – coordenadora Itaú Cultural Play | SP Lina Távora - Coordenadora de Políticas para Distribuição e Exibição em TV, Salas de Cinema e Streaming da Secretária do Audiovisual - MinC | DF Viviane Ferreira – diretora-presidente da Spcine | SP Mediador: Vitor Graize – curador Temática Preservação | ES


Edivan Guajajara – etnomídia | MA Leonardo Câmara – pesquisador e formador audiovisual | CE Lara Beck – educadora, diretora e montadora | BA Mediadora: Clarisse Alvarenga – curadora Temática Educação | MG


Convidada: Giselle Beiguelman – artista e professora da Fauusp | SP Mediadora: Adriana Fresquet - curadora da Temática Educação | RJ


André Novais Oliveira - diretor, roteirista e produtor | MG Cavi Borges – produtor, diretor e distribuidor | RJ Maria Thereza Sotomayor – arquivista e doutora em Memória Social | RJ Rodrigo de Oliveira – diretor, roteirista e montador | ES Thamires Ribeiro – conservadora-restauradora – Museu da Maré | RJ Mediador: Marco Dreer – preservador audiovisual | RJ


Izabel Melo – pesquisadora, curadora e professora | BA Bernardo Oliveira – professor, pesquisador, crítico e produtor | RJ Juliano Gomes – crítico de cinema e professor | RJ Medição: Rubens Anzolin – assistente curatorial | RS


Adrián Muoyo – BibilioCi/Incaa/Enerc | Argentina Daniela Fernandes – diretora de Preservação e Difusão da Secretaria do Audiovisual – MinC | DF Dalton Martins – coordenador geral da Coordenação de Sistemas de Informação Museal – Ibram | DF Gabriela Sousa de Queiroz – diretora técnica da Cinemateca Brasileira | SP Hernani Heffner – gerente da Cinemateca do MAM | RJ Mediadora: Lila Foster – vice-presidenta da ABPA | DF


Bárbara Trugillo - coordenadora da área de formação- Spcine | SP Edmea Santos – docente e pesquisadora na cibercultura – UFRRJ | RJ Giselle Beiguelman – artista e porfessora – Fauusp | SP Rosália Duarte – professora – PUC | RJ Mediadora: Adriana Fresquet – curadora da Temática Educação


Constanza Mujica – Claim/Universidad Católica | Chile José Augusto Mannis – Unicamp | SP Natália de Castro – diretora de Relações Institucionais da ABPA | RJ Mediadora: Laura Bezerra – professora e pesquisadora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) | BA