

O país litoralizou-se mas os dados oficiais da última década mostram uma diminuição do abandono da atividade agrícola e um aumento da dimensão média das explorações que, no total, ocupam 55% do território. As famílias dedicam-se menos à agricultura mas aumentou a contratação de trabalhadores assalariados. A disponibilidade de água é um desafio central para a agricultura portuguesa, onde o regadio é estratégico, e que terá que preparar-se para um futuro com menor precipitação mas mais intensa. No quadro europeu, Portugal tem 6, 7 mil milhões de euros da Política Agrícola Comum para administrar até 2027. Mas por toda a Europa – e em Portugal – as últimas semanas foram marcadas por protestos que contestam o impacto das estratégias de neutralidade carbónica e de um possível alargamento. Que decisões são prioritárias para um setor em turbulência? O que pode mudar a médio prazo no plano? Que futuro tem a agricultura num mundo em mudança climática, em instabilidade política e em acelerada urbanização?


Frequentemente fustigados por incêndios descontrolados, os povoamentos florestais portugueses enfrentam os desafios de uma gestão sustentável, capaz de responder aos impactos das alterações climáticas e de continuar a fornecer serviços de ecossistema fundamentais. Mas não precisamos de discutir a floresta apenas quando arde. Na semana do começo da Primavera, do Dia Mundial da Árvore e do Dia Internacional das Florestas, é tempo de olhar para o estado dos nossos espaços florestais. De que políticas florestais precisamos? O que temos feito nos últimos anos nos planos do ordenamento e da gestão florestais? Qual o papel dos cidadãos e das associações neste domínio? Vamos tentar dar as respostas nesta edição que terá como convidados Joaquim Sande Silva, Professor e Investigador em recursos florestais da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra; E Margarida Silva da Direção da Montis, Associação para Gestão e Conservação da Natureza criada há dez anos na região centro para gerir territórios abandonados em nome do aumento da biodiversidade e da gestão inteligente dos fogos florestais. Moderação: José Pedro Frazão; Produção: Ana Marta Domingues; Genérico: Mário Laginha


A superprotecção dos filhos criou novos rótulos para os que não apenas querem "o melhor para os seus filhos" como assumem comportamentos muito interventivos. Dos "pais-helicóptero" aos "pais-bulldozers", há várias definições para uma parentalidade que, dizem os especialistas, não favorecem a autonomia e a maturidade dos jovens em formação. É o tema do "Da Capa à Contracapa" desta semana que recebe Henrique Raposo, comentador da Renascença, colunista e escritor, pai de duas filhas, que tem assinado vários artigos sobre parentalidade. E Patrícia Poppe, psicóloga, grupanalista, fundadora da "Escola de Pais", mãe de 4 filhos e 2 netas. Ambos conversam com o jornalista José Pedro Frazão, nesta parceria da Renascença com a Fundação Francisco Manuel dos Santos. Moderação: José Pedro Frazão; Produção: Ana Marta Domingues; Genérico: Mário Laginha


A revolução de Abril de 1974 trouxe inúmeros progressos sociais a Portugal. No entanto, algumas caraterísticas da sociedade portuguesa não mudaram de um regime para o outro. O jornalista João Pedro Henriques assina "Revolução Inacabada" onde investiga o que mudou em realidades como o elitismo na política e o machismo na justiça. No programa desta semana, o autor debate este tema com a historiadora Irene Flunser Pimentel, investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. Moderação: José Pedro Frazão; Produção: Ana Marta Domingues; Genérico: Mário Laginha


Quase 300 mil portugueses com 10 ou mais anos não sabiam ler nem escrever em 2021, data de realização dos últimos Censos. A taxa de analfabetismo tem vindo a descer de década para década, mantendo-se mais elevada no Alentejo e mais baixa na Grande Lisboa. Atrás das percentagens, estão rostos e nomes que Catarina Gomes quis conhecer na aldeia de Casteleiro, no distrito da Guarda, onde 4 em cada dez pessoas não sabiam ler ou escrever uma frase completa até 2011. Como se vive nesta realidade? Como funciona a aprendizagem fora da escola? É possível erradicar o analfabetismo? São motes para a conversa com a autora do retrato “Um dedo borrado de tinta – Histórias de quem não pôde aprender a ler”, Catarina Gomes; E com Carmen Cavaco, especialista em Formação de Adultos e investigadora do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Moderação: José Pedro Frazão; Produção: Ana Marta Domingues; Genérico: Mário Laginha


Não é um tema de campanha eleitoral, nem está na primeira linha da preocupação dos cidadãos, mas mexe com as estratégias de todos os partidos. A reforma do sistema eleitoral tem sido tema de debate académico e político, mas não se vislumbram mudanças num sistema que reflete um quadro de forte litoralização e centralismo. É altura de mudar o sistema eleitoral? Faz sentido criar um círculo nacional de compensação para evitar desperdício de votos nos distritos do interior? O que nos ensina a experiência do sistema eleitoral dos Açores? Oiça o debate neste Da Capa à Contracapa. São convidados deste programa os politólogos Nuno Sampaio e Mariana Lopes da Fonseca. Moderação: José Pedro Frazão; Produção: Ana Marta Domingues; Genérico: Mário Laginha


Num país de baixos índices de leitura e numa altura de predominância digital, qual é a missão das bibliotecas? Quem as procura? E que recursos têm para responder às necessidades das suas populações? Neste episódio do Da Capa à Contracapa chamamos à conversa Manuel Carvalho Coutinho, autor do ensaio «A Biblioteca, uma segunda casa» e Susana Silvestre, que esteve à frente da Rede de Bibliotecas na Câmara Municipal de Lisboa. A moderação está a cargo do jornalista José Pedro Frazão. Produção: Ana Marta Domingues; Genérico: Mário Laginha


Ao longo dos séculos, o Património serviu para catapultar poderes e difundir identidades nacionais. No entanto, para muitos autores, os processos de patrimonialização tenderam a reproduzir desigualdades e interesses instalados e nem sempre valorizaram expressões humanistas das diversas culturas populares. Como evoluiu a preservação do Património? Os instrumentos de classificação nacionais e internacionais são suficientes para defender o Património material e imaterial? Para onde caminham as próprias definições de Património? São convidados a antropóloga e autora do ensaio “Património à Solta” e o diretor do Panteão Nacional, Santiago Macias. Moderação: José Pedro Frazão; Produção: Ana Marta Domingues; Genérico: Mário Laginha


Portugal não é um país que se destaca dos níveis médios de preconceito e discriminação que encontramos no resto do mundo. Esta é uma das conclusões do ensaio “Preconceito e Discriminação em Portugal” da autoria de Rui Costa Lopes, agora editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. A realidade nacional apresenta, no entanto, dados e imagens diferenciadas consoante os parâmetros avaliados. Portugal é considerado um dos melhores do mundo na integração de migrantes e onde se registam menos atos violentos por motivação racial. Por outro lado, o país regista ainda elevadas percentagens de inquiridos que partilham de crenças denominadas como racistas e que defendem a diminuição do número de imigrantes. São convidados Rui Costa Lopes, Psicólogo social, investigador principal do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; E Carla Santos, consultora especialista em migrações, Embaixadora da Paz das Nações Unidas, mediadora sociocultural no Centro Nacional de Apoio ao Imigrante e Diretora Executiva da Capacitare. Moderação: José Pedro Frazão; Produção: Ana Marta Domingues; Genérico: Mário Laginha


2024 será o maior ano eleitoral de sempre em todo o mundo. As sondagens ocupam um lugar relevante na dinâmica política e mediática, sobretudo em contexto eleitoral. No entanto, um estudo pós-eleitoral publicado em 2022 revelou que os portugueses estiveram pouco ou nada atentos às sondagens publicadas durante a campanha eleitoral nas ultimas legislativas. O contraste de resultados entre os estudos publicados antes das eleições e os resultados dos escrutínios oficiais tem provocado debates não apenas em Portugal, como em grandes universos eleitorais como os Estados Unidos ou o Brasil. Entendemos mal o papel das sondagens no contexto político? Que lições retiraram das experiências nos atos eleitorais mais recentes? Para onde caminha o debate entre especialistas em estudos de opinião pública? Os convidados são Pedro Magalhães, Investigador Coordenador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Luís Aguiar-Conraria, Presidente da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho. Jornalista: José Pedro Frazão; Produção: Ana Marta Domingues; Genérico: Mário Laginha


O desenvolvimento de novas tecnologias levou à criação de novos direitos para garantir valores como a privacidade, identidade genética ou o esquecimento. Mas fenómenos como as redes sociais ou a inteligência artificial colocam à prova um conjunto alargado dos chamados direitos fundamentais. De que forma é possível conciliar os valores centrais das sociedades com a fragmentação e proliferação de direitos que emergem da mudança tecnológica? Podemos falar verdadeiramente num Direito Constitucional Digital? E de que vale legislar no plano nacional num contexto com atores e produtores globais? O tema vem a debate no “Da Capa à Contracapa” com Jorge Pereira da Silva, autor do ensaio “ Direitos Fundamentais da Era Digital” publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos e Luís Neto Galvão, advogado, especialista em Direito das Tecnologias de Informação e Proteção de Dados. Jornalista: José Pedro Frazão; Produção: Ana Marta Domingues; Sonorização: André Peralta; Genérico: Mário Laginha


São convidados para este debate os jornalistas Bárbara Reis (jornalista do Público, foi Diretora deste jornal entre 2009 e 2016, escreve uma newsletter sobre jornalismo, Livre de Estilo); E Luís Marques (antigo Administrador da Impresa e da RTP, foi Diretor Geral da SIC e antes disso jornalista da SIC e do Expresso, participa no podcast da Renascença, Novas Crónicas da Idade Mídia).


Cinco décadas após o 25 de Abril, o acesso a uma justiça célere e eficiente é uma das principais reivindicações dos cidadãos. Os portugueses estão hoje insatisfeitos com o estado da Democracia no domínio da igualdade perante a lei nos tribunais, de acordo com os últimos dados do European Social Survey relativos a 2022. Ao fim de 50 anos de Democracia, a percepção de uma justiça lenta, menos cega ou permeável a pressões tem razão de ser em Portugal ? Quais são as conquistas alcançadas pela justiça durante o regime democrático ? Como preparar o sistema de justiça para as próximas décadas da Democracia portuguesa? Convidámos para esta conversa Nuno Garoupa e Paulo Saragoça da Matta.


De 1980 a 2022, Portugal registou 6 recessões e, desde 1977, foi intervencionado pelo FMI por 3 vezes. As cinco décadas de Democracia foram maioritariamente vividas dentro da CEE e depois UE e enquadradas por diversos alargamentos e até uma nova moeda já no novo milénio. No entanto, persistem desigualdades e divergências em relação ao resto da Europa, em resultado de diversas estratégias económicas seguidas ao longo dos anos. O que poderia o país ter feito de diferente ? Que opções se revelaram certas ou erradas? Como podemos projetar as próximas décadas de Portugal em termos económicos? Convidamos os economistas Vítor Bento e João Leão para uma conversa sobre o Portugal Económico a que chegámos e a que queremos chegar.


A propósito do Dia Internacional dos Migrantes, a Pordata, base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos, faz o retrato dos estrangeiros e dos fluxos migratórios em Portugal. Quem é a população estrangeira em Portugal? Que condições laborais e de vida têm? E qual o perfil de quem entra e sai do país? Com os dados atualizados sobre algumas destas questões, o Da Capa À Contracapa promove uma reflexão com Gonçalo Saraiva Matias, Presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos e especialista em migrações; E Vasco Malta, Chefe de Missão da Organização Internacional das Migrações em Portugal.


São convidados José Eduardo Martins e Sofia Guedes Vaz.


Até que ponto a taxa de abstenção em eleições nacionais corresponde ao número de eleitores que escolheu não votar? Para responder a esta pergunta, a Fundação Francisco Manuel dos Santos acaba de lançar um novo policy paper que analisa a abstenção técnica em Portugal entre 2001 e 2021. Além de comparar os resultados nas diferentes regiões, posiciona o nosso país face a outros países europeus e apresenta propostas para resolver o problema do sobrerrecenseamento eleitoral. Conheça o estudo e oiça este programa da Renascença feito em parceria com a Fundação. São convidados um dos coordenadores do novo policy paper, o investigador do IPRI-NOVA João Cancela, que tem trabalhado no domínio da política comparada e no comportamento político em particular, especialmente no campo da participação política; E a analista eleitoral Carla Luís, investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Carla Luís integra ainda a equipa de peritos no gabinete de Instituições Democráticas e Direitos Humanos da OSCE, em Espanha. O debate tem a moderação do jornalista José Pedro Frazão.


A fraca mobilização cívica tem sido apontada por diversos autores como uma debilidade do Portugal Democrático. Como chegámos até aqui? O que pode ser feito para reforçar a sociedade civil? Uma reforma do sistema político pode contribuir para este propósito? Oiça as conversas de José Pedro Frazão com Francisco Assis e Miguel Poiares Maduro. O Da Capa à Contracapa prossegue a reflexão sobre 5 Décadas de Democracia numa parceria Renascença/ Fundação Francisco Manuel dos Santos.


Nesta edição do "Da capa à contracapa" debatemos a situação política espanhola. Quais são as soluções mais prováveis para o governo de Espanha? É possível encontrar soluções moderadas num país tão dividido? São convidados o antigo embaixador em Madrid, António Martins da Cruz; E o politólogo Diogo Noivo.


A inovação tecnológica tem permitido aperfeiçoar a manipulação de imagens, vídeos e sons. As falsificações são cada vez mais perfeitas e irreconhecíveis, tornando a propagação de informação falsa um crescente problema do mundo digital. Como travar este fenómeno? Que impactos tem no jornalismo? Neste Da Capa à Contracapa, a desinformação vai a debate num programa gravado ao vivo na Web Summit e em que foram convidados para o debate Paulo Dimas, Vice-Presidente para a Inovação de Produtos da UNBABEL e Ricardo Costa, Director Geral de Informação do Grupo Impresa. Oiça o novo episódio do Da Capa à Contracapa, uma parceria da Fundação Francisco Manuel dos Santos e da Renascença. Pode ouvir às terças-feiras depois das 23h00 na edição da noite ou sempre que quiser em podcast.


Portugal não terá tido mais de 10 mil habitantes na idade do Gelo e o número deverá ter sido ainda menor nas fases mais antigas do Paleolítico. Metade dos europeus vivia na Península Ibérica. Mas como viviam estes habitantes remotos do nosso território ? O investigador João Zilhão da Universidade de Lisboa, autor do novo livro "Portugal na Idade do Gelo: Território e habitantes" e o arqueólogo e também professor Carlos Fabião vêm ao "Da Capa à Contracapa" explicar o que a arqueologia paleolítica já desvendou sobre este período histórico.


Os ataques de 7 de Outubro a Israel e a retaliação sobre Gaza recolocaram o Médio Oriente na primeira linha das preocupações da comunidade internacional. Com o espectro de uma escalada do conflito para toda a região e de uma crise humanitária ainda mais séria, é tempo de analisar o complexo xadrez do Médio Oriente . As convidadas do “Da Capa à Contracapa” são Ana Santos Pinto, professora e investigadora em relações internacionais e Manuela Franco, antiga embaixadora de Portugal no Cairo.


Eles nasceram no ano da revolução. A sua vida acompanha as várias idades da democracia portuguesa. Aos 50 anos é tempo de refletir sobre o caminho feito e as encruzilhadas mais urgentes do presente e do futuro. Jwana Godinho e Pedro Trindade Ferreira, nascidos em 1974, vêm ao “Da Capa à Contracapa” no arranque de uma série de debates que, em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos, vão analisar “Cinco Décadas de Democracia” até Abril de 2024. O mote inicial é o livro com o mesmo título, agora editado pela FFMS e coordenado por Margarida David Cardoso.


A Câmara de Lisboa está prestes a decidir um novo projeto de requalificação do Praça do Martim Moniz em Lisboa. Que lugar ocupa este largo na capital? De que é feita a identidade deste lugar cruzado por gentes de tantas proveniências? O jornalista José Ferreira Fernandes vem ao “Da Capa à Contracapa” falar sobre o seu retrato “Martim Moniz, como o desentalar e passar a admirar” em conversa com o geógrafo João Seixas, da Universidade Nova de Lisboa.


As alterações climáticas, a agricultura intensiva e falta de disponibilidade de água são três fatores que contribuem para solos mais pobres e áridos. As convidadas do programa "Da Capa à Contracapa" desta semana são a geógrafa Maria José Roxo, professora catedrática da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, autora do ensaio “Desertificação em Portugal”; e com Ana Marta Paz, engenheira do ambiente, técnica superior no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária.


No arranque de mais um ano letivo, impõe- se o debate sobre o sistema educativo. Como lidar com a falta de professores? Que políticas poderão reforçar os recursos e as aprendizagens na educação? O debate parte do ensaio “Economia da Educação - Um olhar sobre o sistema de ensino português “ com a participação do autor, Pedro Freitas, investigador na NOVA SBE, e Miguel Herdade, Director associado do Ambition Institute em Londres, cidade onde é governador de uma escola primária pública. O “Da Capa à Contracapa” é uma parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos para ouvir terça-feira às 23h15 na Edição da Noite da Renascença ou em podcast nas plataformas habituais.