Teta de Sócrates

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Teta de Sócrates, um podcast de bate papo descontraído com especialistas de diversas áreas das ciências humanas. Vem e deixa a teta te alimentar!

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89 episodes

Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #5: Paula Beatriz de Souza Cruz

Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates. Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março. Hoje a gente conversa com a Paula Beatriz de Souza Cruz, primeira diretora trans de uma escola da rede estadual do Estado de São Paulo.

24m
Aug 03, 2023
Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #4: Neon Cunha

Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates. Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março. Hoje a gente conversa com a Neon Cunha, mulher negra, ameríndia e transgênera, formada em publicidade e propaganda, arte e educação, é ativista independente da causa LGBTQIA+ e funcionária pública.

56m
Apr 01, 2023
Pesquisadoras e Educadoras #3: Luara Santos

Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates. Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março. Hoje a gente conversa com a Luara Santos, doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professora do sistema público de ensino do Município de Itaboraí (RJ).

36m
Mar 25, 2023
Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #2: Luana Ghiggino

Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates. Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março. Hoje a gente conversa com a Luana Ghiggino, mestranda em nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

25m
Mar 18, 2023
Mulheres Pesquisadoras e Educadoras #1: Gabriela Lujan Brollo

Olá, bem vindo ao Teta de Sócrates! Essa não é uma nova temporada, mas uma temporada especial. Essa é uma iniciativa do CEMP (Centro de Estudos Maria Padilha) em conjunto com o podcast Teta de Sócrates e o INCT Proprietas. Juntos nós produziremos vídeos curtos e sessões de podcast sobre Mulheres Pesquisadoras e Educadoras para comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Os vídeos serão veiculados durante a semana do dia 8 de março e o podcast durante o mês de março. Nessa semana a gente conversa com a Gabriela Lujan Brollo, doutora em engenharia mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Vem e deixa a Teta te alimentar! 

19m
Mar 11, 2023
[TdS] Independência ou Morte? O Povo em Guerra (Ségio Armando Guerra Filho - UFRB)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Sérgio Armando Guerra Filho, professor do departamento de História da Universidade Federal do Reconcavo da Bahia. Pesquisa eventos envolvendo populares durante o período de Independência na Bahia, em específico os conflitos armados entre a Coroa portuguesa e os brasileiros durante o processo de adesão à Independência do Brasil de Portugal. Na nossa conversa, Sérgio comenta sobre a violência gerada pelos conflitos armados que marcaram os anos de 1822 e 1823 na Bahia. De acordo com o pesquisador a revolta popular possuía força social e assumia diversos significados relacionados ao sentido de liberdade, apresentando a independência como uma possibilidade de mudança de status social e de melhoria de condições de vida. Já para a Elite baiana, essa mudança estava relacionada a possibilidade de aumentar lucros em negociações que não fossem intermediadas pela Coroa. Para Sérgio os "tempos rebeldes" que marcaram a Bahia durante as décadas de 1820 e 1830, são essenciais para demonstrar a força dos projetos populares, fosse através da luta, fosse através das festas, como as comemorações do dia 2 de julho, que ocorrem todos os anos na Bahia e celebram a luta do povo baiano por defender seu território. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Sérgio Filho: Poema "2 de julho" de Castro Alves; Músicas da banda Baiana Sistem. Juliana Magalhães: Série: Peaky Blinders (NETFLIX, 2022); Texto de Sérgio Guerra Filho no Blog do Bicentenário. Sarah Correia: Novela: Pantanal (Globo, 2022).

1h 0m
Jun 18, 2022
[TdS] O que sabemos sobre os povos Indígenas durante o período da Independência? (João Paulo Peixoto Costa - IFPI)

NESSE EPISÓDIO AS HISTORIADORAS SARAH CORREIA (UFF) E JULIANA MAGALHÃES (LABECA - MAE/USP) BATEM UM PAPO COM O HISTORIADOR JOÃO PAULO PEIXOTO COSTA, PROFESSOR DO INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ, CAMPUS DE URUÇUÍ, E DO MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE HISTÓRIA - PROFHISTÓRIA - DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ EM PARNAÍBA. PESQUISA OS ÍNDIOS NA HISTÓRIA DO CEARÁ ENTRE A CRISE DO ANTIGO REGIME E A FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL BRASILEIRO, COM ÊNFASE EM POLÍTICAS INDÍGENAS E INDIGENISTAS. ATUALMENTE SE CONCENTRA NOS VEREADORES E JUÍZES INDÍGENAS QUE ATUAVAM NAS CÂMARAS MUNICIPAIS DE VILAS DE ÍNDIOS NO CEARÁ ENTRE AS DÉCADAS DE 1750 E 1820. NA NOSSA CONVERSA, JOÃO PAULO COMENTA SOBRE O SILÊNCIO DA HISTORIOGRAFIA E DOS LIVROS DIDÁTICOS SOBRE A PRESENÇA E PARTICIPAÇÃO INDÍGENA NA SOCIEDADE BRASILEIRA DO SÉCULO XIX. A PARTIR DE MARCOS INSTITUCIONAIS ADVINDOS DO SÉCULO XVIII, O PESQUISADOR COMENTA O PROCESSO PAULATINO DE DESTERRITORIALIZAÇÃO E A PERDA DE STATUS JURÍDICO DE GRUPOS INDÍGENAS NO CEARÁ. APESAR DISSO, VEMOS IMPORTANTES AÇÕES DO GRUPO AO SE AFIRMAREM BRASILEIROS, REIVINDICAREM SEUS STATUS COMO CIDADÃOS E ADERIREM AO PROJETO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL DE PORTUGAL. PARA JOÃO PAULO, ESSAS AÇÕES DEMONSTRAVAM QUE O PROJETO DE BRASIL PENSADO PELOS INDÍGENAS DO CEARÁ INCLUÍA DEMANDAS RELATIVAS A EQUIPARAÇÃO DE STATUS SOCIAL E POLÍTICO DO HOMEM BRANCO. VEM E DEIXA A TETA TE ALIMENTAR! DICAS: JOÃO PAULO: CONTA NO INSTAGRAM: AH! ANPUH! HTTPS://WWW.INSTAGRAM.COM/AH.ANPUH/; LIVRO: NA LEI E NA GUERRA: POLÍTICAS INDÍGENAS E INDIGENISTAS NO CEARÁ (1798-1845), DE JOÃO PAULO PEIXOTO COSTA; POR UM FEMINISMO AFRO-LATINO-AMERICANO, DE LÉLIA GONZALEZ; A QUEDA DO CÉU: PALAVRAS DE UM XAMÃ YANOMAMI, DE DAVI KOPENAWA. DISCOGRAFIA: BELCHIOR; EDNARDO; CLODO, CLIMÉRIO E CLÉSIO. SITES: APOINME: ARTICULAÇÃO DOS POVOS E ORGANIZAÇÕES INDÍGENAS DO NORDESTE, MINAS GERAIS E ESPIRITO SANTO: HTTPS://WWW.APOINME.ORG/; GT OS ÍNDIOS NA HISTORIA: HTTPS://ANPUH.ORG.BR/INDEX.PHP/QUEM-SOMOS/GRUPOS-DE-TRABALHO/ATIVIDADES/ITEM/314-GT-OS-INDIOS-NA-HISTORIA; HTTPS://WWW.YOUTUBE.COM/CHANNEL/UCK2FJIORUIQ8DXSIHWW1SHG; APIB: ARTICULAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL: HTTPS://APIBOFICIAL.ORG/. JULIANA MAGALHÃES: FILMES: TRANSAMAZONIA, DIRIGIDO POR DÉBORA MCDOWELL (BRA, 2019); O CRIADO, DE JOSEPH LOSEY (ING, 1963). SARAH CORREIA: SÉRIE: GUERRAS DO BRASIL.DOC (NETFLIX, 2019); OBRAS DE AILTON KRENAK; IDEIAS PARA ADIAR O FIM DO MUNDO, DE AILTON KRENAK.

1h 30m
Jun 11, 2022
[TdS]: Afrodescendentes, escravos e libertos na Independência (Luiz Geraldo Silva - UFPR)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Luiz Geraldo Silva, professor Titular do Departamento de História, Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atua nas áreas de História do Brasil Colônia, História da América, História Atlântica e História Marítima. Estuda milícias e história social de africanos e afrodescendentes livres e libertos nos impérios português e no mundo atlântico entre os séculos XVII e XIX. Na nossa conversa, Luiz comenta a necessidade de pensarmos a mudança de status social, político, econômico e o processo de despersonalização dos indivíduos escravizados de origem africana, ao longo dos séculos e, em especial, no século XIX. De acordo com o pesquisador, a escravidão é um estigma social estruturante na vida de ex-escravizados e que pesa sob a ação social de mulheres e homens negras até os dias atuais dada a veiculação ancestral ao cativeiro. Primeiro encarados como indivíduos portadores de defeito mecânico/ defeito de cor, depois identificados tendo a cor como elemento acessório, negros demonstram que não houve superação da descriminação pela equiparação social e pela igualdade política, expressando, portanto, um trauma social que precisa ser urgentemente trabalhado pela memória da História do Brasil. Para Luiz, o ranking de prestígio social desses indivíduos trouxe consequências trágicas para toda a sociedade brasileira, e cujas expressões políticas e sociais ao longo da independência ecoam um sentido essencial de liberdade: a liberdade física, econômica e jurídica do homem branco, fosse ele português ou brasileiro. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Luiz Geraldo: História Geral da Civilização Brasileira - Capítulo: A herança colonial, de Sergio Buarque de Holanda; Escravidão e Política: Brasil e Cuba (1790-1850); EI fracaso de la nación Región, clase y raza en el Caribe colombiano (1717-1821);  Escravidão e Morte Social: Um Estudo Comparativo, de Orlando Patterson; Myths of Harmony: Race and Republicanism during the Age of Revolution, Colombia, 1795-1831, de Marixa LAsso. Juliana Magalhães: Couro Imperial: raça, gênero e sexualidade no embate colonial, de Anne McClintock. Sarah Correia: Livro: O pequeno manual antirracista, de Djamila Ribeiro; Queimada!, diração de Gillo Pontecorvo (EUA/ Itália, 1969). Blog do Bicentenário. Ver em: https://bicentenario2022.com.br/textos/.

1h 32m
Jun 04, 2022
[TdS]: Mulheres? Na Independência? (Ana Veiga - UFPB)

NESSE EPISÓDIO AS HISTORIADORAS SARAH CORREIA (UFF) E JULIANA MAGALHÃES (LABECA - MAE/USP) BATEM UM PAPO COM O HISTORIADORA ANA VEIGA, PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB). SUAS ÁREAS DE INTERESSE SÃO: TEORIAS DA HISTÓRIA, HISTÓRIA VISUAL E HISTÓRIA DIGITAL, ESTUDOS DECOLONIAIS, INTERSECCIONALIDADES, GÊNERO E SERTÕES. NA NOSSA CONVERSA, ANA COMENTA A PARTICIPAÇÃO DE MULHERES DE DIFERENTES GRUPOS SOCIAIS E DE DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL EM EVENTOS RELACIONADOS A INDEPENDÊNCIA. SEGUNDO A PESQUISADORA, O RESGATE DE VOZES FEMININAS QUE CONTRIBUIRAM PARA A ELABORAÇÃO DE ELEMENTOS CULTURAIS E POLÍTICOS NO SÉCULO XIX É NECESSÁRIO, POIS APRESENTA AS DEMANDAS, OS INTERESSES E AS NECESSIDADES DE UM GRUPO SOCIAL INVIZIBILIZADO. DE ACORDO COM ANA, A PRODUÇÃO LITERÁRIA DE MULHERES BRANCAS SE APRESENTAVA COMO ELEMENTO DE INSERÇÃO FEMININA NA SOCIEDADE LIBERAL VIA CONHECIMENTO, APONTANDO ALGUNS ELEMENTOS, COMO A IDEIA DE IGUALDADE, COMO PARTE DA LUTA POR MAIOR PARTICIPAÇÃO NA VIDA SOCIAL. A PESQUISADORA DESCATA TAMBÉM A PARTICIPAÇÃO FEMININA NEGRA NA PRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO LITERÁRIA E JORNALISTICA, INFELIZMENTE AINDA POUCO CONHECIDA. VEM E DEIXA A TETA TE ALIMENTAR! DICAS: ANA VEIGA: GRUPO DE PESQUISA PROJETAH https://aprojetah.com.br/#popmake-668 – HISTÓRIA DAS MULHERES, GÊNERO, IMAGENS, SERTÕES: HTTPS://APROJETAH.COM.BR/; A INVENÇÃO DA SOLTEIRONA: CONJUGALIDADE MODERNA E TERROR MORAL: MINAS GERAIS (1890-1948), DE CLÁUDIA MAIA. JULIANA MAGALHÃES: LIVRO: PENSAMENTO FEMINISTA NEGRO: CONHECIMENTO, CONSCIÊNCIA E A POLÍTICA DO EMPODERAMENTO, DE PATRICIA HILL COLLINS; FILME: IDENTIDADE, DE REBECCA HALL (NETFLIX, 2021). SARAH CORREIA: TEXTO DO BLOG DO BICENTERÁRIO: "MULHERES NA INDEPENDÊNCIA? HTTPS://BICENTENARIO2022.COM.BR/TEXTOS/.

54m
May 28, 2022
[TdS]: O papel da província Cisplatina nos processos de Independência (Fabrício Prado - College of William and Mary)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiadora Fabrício Prado, professor de  Historia do College of William and Mary (Estados Unidos). Seus interesses de pesquisa se concentram na historia urbana, cartografia, redes sociais, comercio e contrabando, identidade colonial, interações trans-imperiais no século XVIII, América Portuguesa e Rio da Prata. Na nossa conversa, Fabrício comenta o as guerras de Independência ocorridas na Província da Cisplatina (1825-1828) e que vai culminar na Independência do Uruguai (1828). Segundo o pesquisador, a Cisplatina era um caldeirão político e econômico de interesses uruguaios, argentinos, brasileiros e portugueses, que viam na difícil demarcação de fronteiras, um elemento essencial para as disputas da região. Essas disputas a longo prazo vão constituir as bases de outros dois grandes eventos que envolvem o Brasil Império e a manutenção da influência política e dos interesses comerciais na região: as lutas contra o projeto republicado da Guerra dos Farrapos (1835-1845) e a defesa e expansão territorial com a Guerra do Paraguai (1864-1870). Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Fabrício Prado: Evento: Rio de la Plata Workshop. Livros: Músicos: Jorge Drexler, Vitor Ramil; Artigos: "Uma Monarquia entre Repúblicas" – Fabrício Prado (William & Mary), no blog do Bicentenário da Independência; "Caminhos do convívio entre autoridades coloniais e indígenas em espaços fronteiriços do Vice-Reino do Brasil", de Karine Melo; "Historia de las clases populares en la Argentina desde 1516 hasta 1880", de Gabriel Di Meglio; "A administração Lecor e a Montevidéu portuguesa: 1817 – 1821", de Fabio Ferreira; "Comércio Trans-Imperial e Monarquismo no Rio da Prata Revolucionário: Montevidéu e a Província Cisplatina (1808-1822)", de Fabrício Prado: https://www.scielo.br/j/alm/a/4ZYJz5dPtxMLx3qQRhWsWfS/abstract/?lang=pt. Juliana Magalhães: Documentário: Portuñol, de Thais Fernandes. Sarah Correia: Filme: Medida Provisória, de Lázaro Ramos (BRA, 2022).

1h 7m
May 21, 2022
[TdS]: Os personagens da Independência e o papel da historiografia na construção da História do Brasil (Lúcia Guimarães - UERJ)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiadora Lúcia Guimarães, professora Titular Aposentada de Teoria da História e Historiografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde atua como pesquisadora e orientadora no Programa de Pós-graduação em História Política da mesma Universidade. É especialista em História do Brasil, com ênfase nos seguintes temas: cultura histórica, historia e memória, cultura política, intelectuais e poder, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e relações culturais luso-brasileiras. Na nossa conversa, Lúcia comenta sobre figuras com apelo político pouco lembrados do processo de Independência, como Januário da Cunha Barbosa (1780 - 1846), Joaquim GONÇALVES LEDO (1781 - 1847), JOSÉ CLEMENTE PEREIRA (1787 - 1854) e José Joaquim da Rocha (1777 – 1848). A pesquisadora comenta como o processo de Independência, o estabelecimento do "Dia do Fico" e a memória da Assembleia Constituinte de 1823 foram lidos pelos historiadores, e como a historiografia elegeu figuras políticas para destacar em detrimento de outras. De acordo com ela, historiadores como Francisco Adolfo de VARNHAGEN (1816 - 1878) e Manuel de Oliveira Lima (1867 - 1928) ganham destaque ao tratar da Independência, e argumenta como suas obras são importantes até o dias atuais, pois nos fazem repensar sobre a produção de uma História do Brasil. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Lúcia Guimarães: Livros: História Geral do Brasil, de Francisco Adolfo de Varnhagen; A UTOPIA DO PODEROSO IMPÉRIO: Portugal e Brasil, bastidores da política (1798-1822), de Maria de Lourdes Viana Lyra; Obras de Manuel de Oliveira Lima, de Francisco Adolfo de Varnhagen. 

56m
May 14, 2022
[TdS]: As Forças Armadas na época da Independência (Hendrik Kraay - Universidade de Calgary)

NESSE EPISÓDIO AS HISTORIADORAS SARAH CORREIA (UFF) E JULIANA MAGALHÃES (LABECA - MAE/USP) BATEM UM PAPO COM O HISTORIADOR HENDRIK KRAAY, PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE DE CALGARY (CANADÁ) E ESPECIALISTA EM HISTÓRIA DO BRASIL, COM ÊNFASE NOS SEGUINTES TEMAS: FORÇAS ARMADAS NO BRASIL DO SÉCULO XIX, HISTÓRIA DA BAHIA E INDEPENDÊNCIA DO BRASIL.  NA NOSSA CONVERSA, HENDRIK COMENTA O PAPEL DAS FORÇAS ARMADAS NO FINAL DO PERÍODO COLONIAL E AO LONGO DOS PROCESSOS DE INDEPENDÊNCIA. EM ESPECÍFICO, O PESQUISADOR COMENTA O CASO BAIANO,  MENCIONANDO AS RELAÇÕES DAS FORÇAS COM OS PORTUGUESES, AS AÇÕES DAS MILICIAS PROFISSIONAIS NO PROCESSO, O PAPEL DOS ESCRAVOS NA FORMAÇÃO DE QUADROS DE COMBATENTES E COMO SE DAVA A RELAÇÃO ENTRE RAÇA E CLASSE NO CONTEXTO. NO FINAL, HENDRIK COMENTA AS CONSEQUÊNCIAS DA INDEPENDÊNCIA NA BAHIA E A RELAÇÃO DO EVENTO COM A SABINADA (1837-1838) E COMO AS FORÇAS ARMADAS PASSARAM POR UM PROCESSO DE REORGANIZAÇÃO APÓS 1822. VEM E DEIXA A TETA TE ALIMENTAR! DICAS: HENDRIK KRAAY: LIVROS: DUQUE DE CAXIAS: O HOMEM POR TRÁS DO MONUMENTO, DE ADRIANA BARRETO; INDEPENDÊNCIA E MORTE - POLITICA E GUERRA NA EMANCIPAÇÃO DO BRASIL (1821-1823), DE HELIO FRANCHINI NETO; NOVA HISTÓRIA MILITAR BRASILEIRA, DE HENDRIK KRAAY; ARTIGOS DO PROF. DR. LUIZ GERALDO SILVA (UFPR): HTTPS://SCHOLAR.GOOGLE.COM.BR/CITATIONS?USER=4A8OUJ8AAAAJ&HL=PT-BR. TESE DE DOUTORADO DE SHIRLEY MARIA SILVA NOGUEIRA INTITULADA “A SOLDADESCA DESENFREADA”: POLITIZAÇÃO MILITAR NO GRÃO-PARÁ DA ERA DA INDEPENDÊNCIA (1790-1850). JULIANA MAGALHÃES: POLÍTICA RACIAL, ESTADO E FORÇAS ARMADAS NA ÉPOCA DA INDEPENDÊNCIA : BAHIA, 1790-1850, DE HENDRIK KRAAY. SARAH CORREIA: TEXTO PARA O BLOG DO BICENTENÁRIO DO BRASIL: QUANDO FOI A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL?, DE HENDRIK KRAAY. VER EM: HTTPS://BICENTENARIO2022.COM.BR/QUANDO-FOI-A-INDEPENDENCIA-DO-BRASIL/.

1h 33m
May 07, 2022
[TdS]: Como as reformas liberais de Portugal influenciam os processos de Independência no Brasil (José Subtil - Universidade Autônoma de Lisboa)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador José Subtil, professor Catedrático da área de História da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL). As principais áreas de pesquisa são História das Instituições e História Política, com ênfase nos seguintes temas: reformas liberais, práticas administrativas e jurídicas em Portugal e no Brasil no século XVIII e XIX. Na nossa conversa, José comenta sobre o prazer de pesquisar sobre Brasil e sua relação com Portugal, sobretudo quando decidiu pensar sobre as reformas liberais e o impacto do fim do Antigo Regime nessas regiões. De acordo com o pesquisador, elementos culturais, geográficos e institucionais como a cultura política formada na Universidade de Coimbra, as práticas liberais cunhadas após o terremoto de Lisboa (1755) e o Estado de Polícia português conseguiram ultrapassar o processo traumático da separação entre Portugal e Brasil com a Independência e se instaurar na sociedade brasileira a partir de elementos cotidianos. Aliás, José compreende que é através do cotidiano e da Micro-História que é possível resgatar reflexões importantes sobre nosso passado e nossa Independência. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: José Subtil: Filme: Competição Oficial, dirigido por Mariano Cohn e Gastón Duprat (ESP, 2021).

56m
Apr 30, 2022
[TdS]: Independência, escravidão e os impactos da política brasileira ontem e hoje (Sidney Chalhoub - Universidade Harvard)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Sidney Chalhoub, professor de História e de Estudos Africanos e Afro-americanos da Universidade Harvard e professor associado do Centro de Pesquisa em História Social da Cultura (CECULT) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A principal área de pesquisa é a História do Brasil no século XIX, com publicações em temas tais como: história do Rio de Janeiro, abolição, escravidão, saúde pública, epidemias, literatura e Machado de Assis. Na nossa conversa, Sidney comenta sobre os elementos que estruturam a escravidão no Brasil pós independente e reflete como as leis relacionadas ao fim do tráfico de escravizados, ao invés de instaurar um marco de novas relações entre instituições e sociedade, passou a incorporar elementos que corrompiam a estrutura do nascente Império. A partir dessas considerações, o pesquisador faz uma análise conjuntural da estrutura de corrupção no Brasil até os dias atuais e menciona como acontecimentos políticos recentes, como o Impeachment da presidenta Dilma Rousseff e as ações da operação Lava Jato refletem, de muitas maneiras, nossa estrutura política há 200 anos. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Obras de Machado de Assis; Livro: A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista (2012), de Sidney Chalhoub. Juliana Magalhães: Obrigas de Caio Prado Júnior. Sarah Correia: Livro: Machado de Assis - Historiador, de Sidney Chalhoub.

1h 42m
Apr 23, 2022
[TdS]: Os esquecidos no processo de Independência (Lúcia Bastos - UERJ)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Lúcia Bastos, professora titular de História Moderna no curso de graduação e no Programa de Pós-Graduação de História Política da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É especialista em cultura política, trabalho principalmente com os seguintes temas: Relações culturais, Independência, Imprensa, Ilustração, Liberalismo, livreiros, Cultura e Poder, Práticas de Poder, Intelectuais, censura. Na nossa conversa, Lúcia comenta sobre os indivíduos desconhecidos que participaram no processo de Independência através da imprensa, com a divulgação de panfletos e jornais produzidos na época. A pesquisadora apresenta a intensa atividade escrita de homens, mulheres e escravizados/as em defesa da separação do Brasil de Portugal ou da reinvindicação de concepções de "liberdade" escritos em forma de poemas, sonetos, orações e narrativas. As diferentes compreensões sobre os papéis sociais levaram indivíduos a partirem de ideias sobre autonomia pessoal em direção a construção das ideias de autonomia social, política, econômica e institucional. Ao fazerem isso, promoviam uma lenta e gradual construção de identidade como indivíduos independentes, que mais tarde seriam reconhecidos como brasileiros. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Lúcia Bastos: Artigos: A “guerra de penas”: os impressos políticos e a independência do Brasil (Revista Tempo); Os esquecidos no processo de Independência: uma história a se fazer (Revista Almanack); Entre a lenda negra e a lenda dourada: Napoleão Bonaparte na ótica dos luso-brasileiros (Ler História); Educar é civilizar: a pedagogia dos periódicos e dos panfletos políticos da Independência do Brasil (1821-1824) (Revista História da Educação), de Lúcia Bastos. Livros: Corcundas e Constitucionais— A cultura política da Independência (1820-1822), de Lúcia Bastos; O Império do Brasil, de Humberto Fernandes Machado e Lúcia Bastos Pereira das Neves; Repensando o Brasil do Oitocentos : cidadania, política e liberdade, de José Murilo de Carvalho, Lúcia Maria Bastos Pereira das Neves. Juliana Magalhães: Podcast Três Egiptólogues entram num bar; Sarah Correia: Brasil Imperial, documentário produzido pela Fundação Cesgranrio (Amazon Prime Video, 2022).

1h 32m
Apr 16, 2022
[TdS]: As províncias do Norte nas lutas de Independência do Brasil: O caso do Maranhão e do Grão Pará - Marcelo Galves (UEMA)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiador Marcelo Cheche Galves, professor do Departamento de História e Geografia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e do Programa de Pós-graduação em História (PPGHIST) da mesma Universidade. É coordenador do Núcleo de Estudos do Maranhão Oitocentista (NEMO), membro da Rede Proprietas e atua nas áreas de História do Brasil e do Maranhão, no Oitocentos. Na nossa conversa, Marcelo comenta sobre o papel do Maranhão e do Grão Pará nas lutas de Independência do Brasil ao se manterem em oposição ao projeto de separação do Brasil de Portugal proposto pela capital Rio de Janeiro. Segundo ele, a adesão à Independência das duas regiões foi gradual, dado o avanço de forças paramilitares e a tentativa de controle dos territórios, incluindo a tentativa de tomada da ilha de São Luís pelo separatistas. Isso pode ser atestado através dos registros impressos que circularam durante o período, e os efeitos sentidos à posteriori, indicando que, embora a separação entre Brasil e Portugal tenha sido firmada, o sentimento lusitano perdurou no seio da sociedade maranhense. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Marcelo Galves: Portal das Independências:  https://portaldobicentenario.org.br/; Dossiê "Qual Brasil? Projetos de nação em debate no contexto da independência brasileira", Revista Tophoi; Revista Almanack, n° 29 (2021); Juliana Magalhães: "Ao público sincero e imparcial": imprensa e Independência na província do Maranhão (1821-1826); O Maranhão Oitocentista, de Marcelo Cheche Galves; Sarah Correia: Blog das Independências: https://portaldobicentenario.org.br/independencias/.

1h 5m
Apr 09, 2022
[TdS]: As biografias da Independência: As muitas vidas da Marquesa de Santos (Paulo Rezutti)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o escritor Paulo Rezzutti, arquiteto formado pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de São Paulo e pesquisador independente da História de São Paulo e do Brasil. É membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Instituto Histórico de Petrópolis e do Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes. Tem como principais interesses: História do Brasil no século XIX; biografias de personalidades públicas no Brasil. Na nossa conversa, Paulo comenta sobre a vida de Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos (1797-1867), conhecida por ter sido amante de Dom Pedro I (1798-1834). Em uma trajetória que envolve violência doméstica, defesa de interesses pessoais e familiares e grande habilidade diplomática, Paulo comenta como as ações de Domitila ajudaram diversos atores políticos paulistanos a se movimentarem no cenário nacional após a proclamação da Independência e durante os anos de permanência do Imperador no poder. Além da Marquesa, o escritor comenta outros personagens masculinos e femininos de destaque do período, dando ênfase no processo de humanização das vidas biografadas, entre erros e acertos. Além disso, Paulo comenta sobre o trabalho com a documentação que foi a base de seus livros e a relação que mantém com os historiadores. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Séries: A Idade Dourada; Newsroom; Catarina, a Grande (HBO); Livros: Uma festa brasileira celebrada em Rouen em 1550. Prefácio e notas; Titília e o Demonão: Cartas inéditas de d. Pedro à marquesa de Santos; Domitila, a verdadeira história da marquesa de Santos; D. Pedro, a história não contada: O homem revelado por cartas e documentos inéditos; D. Pedro IV, a história não contada. O homem revelado por cartas e documentos inéditos; D. Leopoldina, a história não contada. A mulher que arquitetou a Independência do Brasil; Domitila, a verdadeira história da marquesa de Santos Edição revista e ampliada; Mulheres do Brasil, a história não contada; D. Pedro II, a história não contada; O Pássaro de Fogo e outros contos de fadas russos. Tradução e adaptação; Princesinhas e principezinhos do Brasil; Os últimos czares: uma breve história não contada dos Romanovs, de Paulo Rezutti; Youtube: https://www.youtube.com/c/PauloRezzuttiEscritor. Juliana Magalhães: Dicas: Dowton Abby (PRIME VIDEO; NETFLIX); Filmes de Pedro Almodóvar; Mães Paralelas, de Pedro Almodóvar (NETFLIX, 2022); Sarah Correia: Inventando Anna (NETFLIX, 2022).

1h 25m
Mar 26, 2022
[TdS]: Quem lucrou com a vinda da Família Real para o Brasil? (Carlos Gabriel Guimarães - UFF)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Carlos Gabriel Guimarães, professor associado do departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF). Tem experiência na área de História, com ênfase em História Econômica do Brasil (Colônia e Império, séculos XVIII e XIX), atuando principalmente nos seguintes temas: estado, comércio, poder, economia e história econômica. Na nossa conversa, Carlos Gabriel nos conta sobre a influência dos agentes econômicos na estrutura do nascente Império Brasileiro. Segundo ele, barões do café e grandes comerciantes de escravos lucraram (e muito) com a vinda da família Real Portuguesa (1808-1822) devido a instalação das principais instituições governamentais na nova capital do Império (Rio de Janeiro), aumentando o volume de transações financeiras na praça do comércio. De acordo com ele, o que dá sentido a manutenção do Império pós 1822 são, entre outros fatores, os lucros advindos do tráfico de escravizados, ajudando a estruturar uma elite econômica que vem se reinventando até os dias atuais. O pesquisador também menciona o papel dos grandes latifundiários e a participação dos ingleses para a formação da estrutura econômica e financeira do Brasil no século XIX. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Carlos Gabriel: Sobrados e Mocambos, de Gilberto Freire; Formação do Brasil Contemporâneo, de Caio Prado Júnior; O Tempo Saquarema, de Ilmar de Mattos; Visões do Paraíso, de Sergio Buarque de Holanda. Juliana Magalhães: Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda. Sarah Correia: Instagram Observatório do Negacionismo.

1h 18m
Mar 19, 2022
[TdS]: A Independência do Brasil é um tema atual? (João Paulo Pimenta - USP)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador João Paulo Pimenta, professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP). Atua principalmente nos seguintes temas: América portuguesa, séculos XVIII e XIX; Independência do Brasil e da América espanhola; Império do Brasil; questão nacional e identidades políticas; história do tempo histórico. Na nossa conversa, João Paulo comenta sobre as possibilidades de se compreender a independência através dos conceitos: nação, pátria e Estado. O pesquisador menciona que após a independência passamos a pensar um projeto de nação que incluía a elaboração de nossa identidade como brasileiros, e que os mitos advindos dessa elaboração precisam ser discutidos para reposicionar nossa noção sobre o papel dos personagens femininos e masculinos envolvidos no processo. João Paulo fala também sobre o quão importante é o tema para os dias atuais e como podemos, a partir da contemporaneidade, repensar nossa projeto de Nação perante o mundo e nós, brasileiros. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: João Paulo: Livros: O livro do tempo: Uma História Social e Independência do Brasil, de João Paulo Pimenta. Juliana Magalhães: Filmes de Werner Herzog; Filme: Portuñol, de Thaís Fernandes (BRA, 2019); Podcast Vala de Perus. Sarah Correia: Filme: Instagram do Observatório do Negacionismo e Fahrenheit 451, de Ray Bradbury.

1h 13m
Mar 12, 2022
[TdS]: As consequências da Independência através da política e a literatura de José de Alencar (Bruno Nojosa - UFF)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Bruno Nojosa, doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador do Grupo Sociedade de Estudos do Brasil Oitocentista da Universidade Federal do Ceará (UFC). Tem experiência na área de História, com ênfase em estudos sobre o Brasil Império, atuando principalmente nos seguintes temas: política, sociedade, intelectualidade, América Latina, Independência e Século XIX. Na nossa conversa, Bruno comenta sobre a importância do Clã Alencar para o Ceará e para o Brasil, com destaque para o político e escritor José de Alencar (1829-1877). Focando na trajetória politica de Alencar, o pesquisador apresenta a contraditória construção de sua imagem pública, com aspirações liberais mas defensor de práticas conservadoras. Tais elementos expressam através da imagem de Alencar a visão de Brasil Independente, vivendo entre a modernidade e o atraso social. Segundo Bruno, a trajetória de José de Alencar foi exemplar para indicar o estágio tensão política no Brasil no pós independência, e que, de alguma maneira, acabou culminando na apresentação de um projeto de nação independente a partir da perspectiva literária com as obras O Guarani (1857) e Iracema (1865). Vem e deixa a Teta te alimentar! Dicas: Bruno Nojosa: Livros: Tristão de Alencar Araripe e a história do Ceará, de Itália Bianca Morais da Silva; Anais do Parlamento Brasileiro; O Inimigo do Rei: Uma Biografia de José de Alencar ou a Mirabolante Aventura de Um Romancista Que Colecionava Desafetos, de Lira Neto; As peculiaridades dos Ingleses e outros artigos, de E. P. Thompson; Obras de José de Alencar; Filme: 12 anos de escravidão, de Steve McQueen (EUA, 2014); Jogos: Red Dead Redemption 1 e 2; The Last of Us 1 e 2; Juliana Magalhães: Filmes: Azor, de Andreas Fontana (ARG, 2021); O golpista do Tinder, de Felicity Morris (NETFLIX, 2022); O atalho, de Kelly Reichardt (EUA, 2010); Ópera "O Guarani" (Il Guarany), com Plácido Domingo como Peri. Sarah Correia: Livro: Senhora, de José de Alencar.

1h 25m
Mar 05, 2022
[TdS] As mulheres da Independência do Brasil e o papel dos Museus na nossa História (Angela Moliterno - FUNARJ)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a museóloga A https://www.facebook.com/profile.php?id=1270431204&__cft__[0]=AZWrzC9E-gNqwBkhC1tffl19EWRnePalxjHlyvj5kUpL_YT5VD_gvfvsQ7oWqsc7E72eGSniunlvClx8DZvXQB-BKBqW542M6ryhQCVuexMIGJcfYMF6BZhtviGuykUYJkxQHSaBANPtnUlOOKnH3yVS&__tn__=-]K-Rngela Moliterno, formada no antigo Curso de Museus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com especialização em Museus artísticos. Trabalhou no Museu Histórico da Cidade, Museu do I Reinado/Casa da Marquesa dos Santos, no Ministério da Cultura (2001-2003) como assessora de Museus e Patrimônio, na Superintendência de Museus da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, no Museu dos Teatros, na casa Oliveira Viana e no Museu do Ingá (2013 - 2021). Na nossa conversa, Angela comenta sobre algumas exposições que tiveram como personagens quatro importantes figuras femininas que participaram de eventos ligados a Independência do Brasil: A escritora e desenhista inglesa Maria Graham (1785-1842); a soldado baiana Maria Quitéria de Jesus (1792-1853); Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos (1797-1867) e Maria LEOPOLDINA de Áustria, Imperatriz Consorte do Império do Brasil (1797-1826). De acordo com a museóloga, é preciso dar espaço para as exposições nos Museus sobre o período para entendermos melhor o papel dos indivíduos comuns, sobretudo das mulheres na construção da nascente nação brasileira. Ela também atenta ao fato de que é preciso dar voz ao passado através das pesquisas e das publicações acadêmicas para que conheçamos melhor a nossa identidade, seja através da História ou através dos Museus. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Angela Moliterno: Peça: Leopoldina, Independência ou Morte (https://www.youtube.com/watch?v=UkWBATH8YVY); Livro: Maria Graham, uma inglesa na Independência do Brasil, de Denise G. Porto; Semana do Bairro Imperial (semana do dia 18 de maio, dia internacional dos Museus). Sarah Correia: Dona Leopoldina a história não contado: a mulher que arquitetou a Independência do Brasil, de Paulo Rezzutti. Juliana Magalhães: Museu do Ingá -Museu de História e Arte do Estado do Rio de Janeiro (https://www.instagram.com/museudoinga/; https://www.facebook.com/museudoingarj/) Museu Antônio Parreiras (https://www.facebook.com/MuseuAntonioParreiras/; https://nova.kickante.com.br/crowdfunding/projeto-para-revitalizacao-do-museu-antonio-parreiras); MAC - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (https://www.instagram.com/macniteroi/; http://culturaniteroi.com.br/macniteroi/); Museu Janete Costa de Arte Popular (http://culturaniteroi.com.br/janete; https://www.instagram.com/museujanetecosta/?hl=pt); Teatro Municipal de Niterói (https://www.instagram.com/theatromunicipaldeniteroi/; https://www.culturaniteroi.com.br/).

1h 9m
Feb 26, 2022
[TdS] Nem chifre, nem frango: revisitando a imagem de Dom João VI (Juliana Meirelles - PUC Campinas)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Juliana Meirelles, professora das Faculdades de História e Biblioteconomia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS). Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Colônia, atuando principalmente nos seguintes temas: gazeta do Rio de Janeiro, concepção de imprensa, história social da cultura escrita, espaços de sociabilidade (teatros, bibliotecas, academias), cultura e política no período joanino. Na nossa conversa, Juliana comenta sobre as ações do Príncipe Regente e depois Rei de Portugal, Brasil e Algarves Dom João VI (1767-1826) a partir da transferência da família Real de Portugal para o Brasil (1808-1822). De acordo com a pesquisadora, é preciso refletir como as ações do Monarca constituíram uma nova realidade para o Império a partir da colônia. Longe de uma personalidade aventada por inimigos políticos e pensadores como procrastinador, "sem opinião" e comilão, Dom João pode ser visto como um artesão que costurou as perspectivas politicas do Império Português no século XIX. Recebendo a incumbência de decidir o destino do Império quando não havia sido talhado para funções régias, seu processo de escuta dos embates políticas e a cautela em tomadas de decisões reatualiza a noção de um Estadista que, na realidade, estava interessado em assegurar a sobrevivência imperial em um momento de extrema instabilidade política na Europa. Nesse sentido, suas ações por um lado promoveram uma modificação radical no cotidiano colonial e nas instituições brasileiras, e por outro promoveram grande violência institucional e policial com o estabelecimento da nova estrutura de poder a partir da Corte. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Juliana Meirelles: Livros: Apologia da História, de Marc Bloch; O palhaço e o psicanalista - Como escutar os outros pode transformar vidas, de Christian Dunker e Cláudio Thebas; Tudo sobre o amor: novas perspectivas, de bell Hooks; Politica e Cultura no governo de Dom João VI; Politica e Cotidiano; Imprensa e poder na corte Joanina, de Juliana Meirelles; Coleção sobre Independência; Instagram: @jugmeirelles; @marbecker1109 Mar Becker com o livro: A mulher Submersa; @moniquemalcher, Monique Malcher com o livro: "A flor de Gume". Juliana Magalhães: Filmes: : Ataque aos Cães, direção de Jane Campion (NETFLIX, 2021); First Cow - A primeira vaca América, direção de Kelly Reichardt (EUA, 2019). Sarah Correia: Instagram @observatorio.do.negacionismo.

1h 18m
Feb 19, 2022
[TdS] José Bonifácio e as noções sobre propriedade privada no Brasil [séculos XVIII e XIX] (Marina Machado - UERJ)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Marina Machado, professora Adjunta, e atual Vice-Diretora, da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do Programa de Pós-Graduação em História da mesma universidade. Tem experiência na área de História e Economia do Brasil durante o período colonial, atuando principalmente nos seguintes temas: Conflito de Terra; Legislação Agrária; Propriedade; Fronteiras. Na nossa conversa, Marina comenta sobre as concepções de propriedade liberal a partir da ideia de propriedade pensada por José Bonifácio (1763-1838). Influenciado por uma noção de propriedade absoluta baseado no modelo francês, vemos, em certa medida, o estabelecimento dessa estrutura de propriedade paulatinamente se instaurando no Brasil desde o fim do século XVIII e começo do século XIX. A pesquisadora exemplifica essa mudança a partir de dois exemplos de disputa de terras em territórios indígenas através da transformação do direito coletivo à terra em direito individual nas atuais cidades de Valença (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ). Com esses exemplos, entendemos as diferenças entre aldeamento (reunião de grupos indígenas em um espaço territorial que se iniciou com os jesuítas), aforamento (divisão da terra em domínio útil e domínio direto, com o direito de uso pelos foreiros por 100 anos/ 3 gerações) e arrendamento, sobretudo nas estratégias de controle da população e dos usos da terra para a expansão da propriedade privada. Para ela é importante identificar historicamente as formas de posse da terras no Brasil para se entender como se constitui a noção de capitalismo e sua relação com a ideia de propriedade desde o fim do século XVIII. E nesse sentido, José Bonifácio sintetizaria a maneira como se pensa propriedade no século XIX e como tal estrutura estará expressa na formação do Brasil Império. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Marina Machado: Filme: Não olhe para cima, direção: Adam Mckay (NETFLIX, 2021); Série: This is us (STAR+; 2016); Livros: Governing the commons, de Elinor Ostrom; Nas fronteiras do poder: conflitos de terra e direito agrário no Brasil de meados do seculo XIX, de Márcia Motta; Entre Fronteiras: Posses e Terras Indígenas nos Sertões (Rio de Janeiro, 1790-1824), de Marina Monteiro Machado. Juliana Magalhães: A Filha perdida, direção: Maggie Gillenghal (NETFLIX, 2021); Livro: A filha pedida, de Elena Ferrante. Sarah Correia: Série: Gray's Anatomy (GloboPlay, 2005); Livro: Lula, volume 1: Biografia, de Fernando Novaes.

1h 6m
Feb 12, 2022
[TdS] As raízes da Independência: Rodrigo de Souza Coutinho e a Construção do Império Luso-Brasileiro (Nívia Pombo - UERJ)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Nívia Pombo, professora do departamento de história da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Tem experiência na área de História Moderna e do Brasil durante o período colonial, atuando principalmente nos seguintes temas: Ilustração, elites letradas, cultura escrita, tipografias, estudos de trajetória, Império português, território e direitos de propriedade no final do século XVIII. Na nossa conversa, Nívia comenta sobre os antecedentes políticos da vinda da família real para o Brasil (1808) a partir da situação da corte portuguesa no final do século XVIII, tendo como figura central o diplomata e ministro Rodrigo de Souza Coutinho (1755-1812). Defensor da regência de Dom João VI e do reformismo do Estado Português, Rodrigo muitas vezes foi acusado por inimigos políticos de exercer despotismo ministerial e por aventar a ideia de um Império Luso-Brasileiro. Na realidade ele concatenava uma perspectiva de transferência da família real para o Brasil que circulava em Portugal desde a década de 1790 e que ganhou corpo com o translado do Príncipe Regente, a Corte e as instituições portuguesas em 1808. De acordo com Nívia, o ministro foi figura exemplar do iluminismo Português e peça importante no tabuleiro politico ibérico para pensar o Império Português no final do século XVIII e começo do XIX. Afilhado do Marques de Pombal e fruto dos quadros políticos formados pela Universidade de Coimbra, Rodrigo considerava o Brasil uma região economicamente importante para manutenção da soberania do Império e elemento essencial pra construção da ideia de identidade supra social tendo como objetivo a formação de um Império Mundial. Logo, significava dizer que de acordo com o Ministro, onde está a Coroa, está a Monarquia, está o Rei, independente do território. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Nívia Pombo: Uma Ideia Ilustrada de Cidade: As Transformações Urbanas no Rio de Janeiro de D. João VI. 1808-1821, de Marieta Pinheiro de Carvalho; Aspectos da Ilustração no Brasil, de Maria Odila Leite da Silva; O tempo Saquarema, Ilmar de Mattos; O século das Luzes, de Alejo Carpentier; O trato dos Viventes, de Luiz Felipe de Alencastro; A Utopia do Poderoso Império, de Maria de Lourdes Lira; Dom Rodrigo de Sousa Coutinho: pensamento e Ação político-administrativa no Império Ultramarino Português (1778-1812), de Nívia Pombo; Amantes e Rainhas, de Benedetta Croce. Filme: Como Fernando Pessoa Salvou Portugal (curta); Humboldt e a redescoberta da Natureza, direção: Tilman Remme (ALE, 2019). Dicas: Sarah Correia: Carlota Joaquina, Princesa do Brasil, direção: Carla Camurati (BRA, 1995); Coleção de Livros: Rainhas de Portugal, Maria Dona I. Dicas: Juliana Magalhães: Filmes: Responsabilidad Empresarial, direção: Jonathan Perel (ARG, 2019); Duna de Jodoroswisky, direção: Frank Pavich (EUA, 2013); Livro: Duna, de Frank Hebert.

1h 29m
Feb 05, 2022
Nova Temporada: "Já raiou a liberdade? Brasil, 200 anos de Independência".

Olá, tudo bem?! Não, esse não é mais um episódio. Essa é a chamada da nova temporada do Teta de Sócrates. Uma temporada que tá pra lá de especial. A nossa quarta temporada tratará dos 200 anos de Independência do Brasil de Portugal (1822-2022), proclamado por Dom Pedro I. Passados dois séculos, ainda é possível questionar: Conseguimos abraçar nossa Independência? O que significa uma colônia ser Independente? Por que o processo foi tão marcante para o Brasil e para a América Latina? Ao longo dos próximos 20 episódios, vamos conversar com especialistas de diversas áreas e regiões do Brasil e do Mundo para entender melhor as implicações do “grito às margens do Ipiranga”. Partindo de perspectivas sociais, culturais e econômicas relacionadas à Independência, entenderemos (ou pelo menos tentaremos entender!) os impactos desse evento que mudou as vidas de nós, brasileiros. "Já raiou a liberdade? Brasil, 200 anos de Independência" é a nossa nova temporada, que estreia dia 18 de janeiro.  Vem e deixa a teta te alimentar! Até lá!

1m
Jan 05, 2022
[TdS] #60: Festa da Firma na Vila de Carlota Joaquina (Prof. Dra. Márcia Motta)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP), contam com a presença de Karoline Marques (UERJ) para bater um papo com a historiadora Márcia Motta, professora aposentada do Departamento e do Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal Fluminense, onde atuou desde 1992. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Agrária, atuando principalmente nos seguintes temas: conflito de terra, apropriação territorial, direito agrário e movimentos rurais. Na nossa conversa, Márcia comenta sobre o processo que estruturou o livro que escreveu sobre Carlota Joaquina que será publicado em 2022 intitulado "As terras de Carlota: vila de Ançã e a invenção demarcatória". De acordo com a pesquisadora o processo envolve uma porção de terras próximas a Coimbra concedidas em 1799 por Dona Maria I para Carlota Joaquina, cujo o interesse era passar a propriedade para seu segundo filho homem, Dom Miguel I. Nesse processo vemos a divisão regional, em especial a partir da Vila Ançã, e seu impacto social, cultural e geográfica na comunidade local. Para Márcia, a importância de se investigar o processo está relacionada aos elementos que constroem as noções sobre propriedade de terras, entre eles o amor filial e o legado de nobre tido como "bastardo". No final, conversamos sobre a importância de estudar o conceito de propriedade e refletimos sobre como este podcast reflete um proposta de propriedade compartilhada. Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Márcia Motta: A Herança Imaterial, Giovanni Levi; A Formação da Classe Operária Inglesa e Costumes em Comum, de E. P. Thompson; séries policiais. Karoline Marques: Aruanas (Globoplay, 2019); Plataforma SILB (sesmarias do império luso-brasileiro): http://www.silb.cchla.ufrn.br/; Entre Fronteiras: posses e terras indígenas nos sertões (Rio de Janeiro, 1792-1824), de Marina Machado (UERJ). Sarah Correia: Carlota Joaquina, Princesa do Brasil, direção: Carla Carmurati (BRA, 1985). Juliana: Os catadores e Eu, de Agnes Vardà (FRA, 2000); Livros: O tombo de Carlota Joaquina (disponibilizado em pdf); As terras de Carlota: vila de Ançã e a invenção demarcatória, de Márcia Motta (2022).

1h 54m
Dec 18, 2021
[TdS] #59: O que o Judiciário tem a ver com a questão de terras no Amazonas? (Doutorando Alan Dutra)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com o historiador Alan Dutra, doutorando em História pelo Programa de Pós Graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF) atuando principalmente nos seguintes temas: Fronteiras, conflitos de terra, propriedade da terra, Amazonas, patrimônio material e Educação. Na nossa conversa, Alan apresenta as reflexões sobre o papel do poder judiciário na disputa de terras no Amazonas entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX. De acordo com o pesquisador, existe uma necessidade e uma grande demanda de se estudar a História Agrária a partir de marcadores de terra se questionando qual o papel da operacionalidade do direito brasileiro nesse processo. Para o pesquisador, as questões que se sobressaem dos estudos são: a justiça no Brasil é justa? Afinal, a lei é uma ficção, uma construção? Seria a construção caso a caso da relação do homem com a terra o que direciona o interesse pela sua posse? Descubra com a gente! Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Alan Dutra: Livro: A expressão Amazonense, de Márcio Souza; Amazônia, a terra e o homem, de Araújo Lima; A Amazônia e a integridade do Brasil, de Arthur Cézar Ferreira Reis. Juliana Magalhães: Filmes: Navegando até Kinshasa, direção: Dieudo Hamadi (RDC, 2020); Sarah Correia: Filme: Mariguella, direção de Wagner Moura (BRA, 2021).

2h 6m
Dec 11, 2021
[TdS] #58: "Vai rolar um adultério: leis e misoginia no Império Romano" (Prof. Dra. Sarah Azevedo)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com a historiadora Sarah Azevedo, professora substituta de História Antiga da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em História das mulheres e relações de gênero na antiguidade com foco em violência contra as mulheres em Roma. Na nossa conversa, Sarah comenta sobre a noção de adultério na transição da Roma republicana para a Roma Imperial e como as concepções de adultério variaram no tempo/espaço. De acordo com a pesquisadora, a ideia de monogamia para o período pressupõe uma hierarquia patriarcal, voltada para produção da prole cidadã. Nesse sentido a ideia de patriarcado como categorização das mulheres é um fenômeno de dominação masculina, cujo objetivo é vigiar e punir as mulheres através de variados e, por vezes, sofisticados dispositivos sociais e legislativos. No final, Sarah reflete sobre as dificuldades documentais para acessar as mulheres romanas e comenta sobre a relação entre sexualidade, prostituição e amamentação partindo da ideia da palavra "lupa" (loba). Vem e deixa a teta te alimentar! Dicas: Sarah Azevedo: Domina (Sky Atlantic, 2021); Messalinas: Grupo de Estudos sobre Gênero e Sexualidade na Antiguidade: http://messalinas.fflch.usp.br http://messalinas.fflch.usp.br/; https://www.youtube.com/channel/UCpw_32HhHhydU8SlE6JVA4w; https://www.facebook.com/messalinasgenero; https://www.instagram.com/messalinas_usp/; Tese: História, retórica e mulheres no Império Romano: um estudo sobre as personagens femininas e a construção da imagem de Nero na narrativa de Tácito (https://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/4570); Academia.edu: https://usp-br.academia.edu/SarahAzevedo; Textos e artigos de Marina Regis Cavicchioli (UFBA); Livros: Os crimes da Paixão, de Mariza Corrêa; Mulheres e poder: um MANIFESTO, DE MARY BEARD; ARTIGO: AS MULHERES SILENCIOSAS DE ROMA, DE MOSES FINLEY; PODCAST: PRAIA DOS OSSOS. Juliana Magalhães: Livro: Maneiras trágicas de se matar uma mulher, de Nicole Loraux; Podcast: You´re dead to me (BB4); Google Arts and Culture - Museo dell'Ara Pacis; videos no Youtube de Mary Beard. Sarah Correia: Livro: Por um feminismo latino americano, de Lélia Gonzalez.

1h 44m
Dec 04, 2021
[TdS] #57: "São tantas emoções...": Teoria da mente e estudo das emoções (doutoranda Thuany Figueiredo)

Nesse episódio as historiadoras Sarah Correia (UFF) e Juliana Magalhães (Labeca - MAE/USP) batem um papo com Thuany Figueiredo, doutoranda em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Seus interesses de pesquisa são: linguagem e pensamento, aquisição de linguagem, psicolinguística, cognição social. Na nossa conversa, Thuany comenta sobre Teoria da Mente e áreas correlatas. Derivada dos estudos em primatologia, a teoria tenta atribuir conteúdos da vida mental a nós mesmos e aos outros, assumindo a ideia de mente como vida psicológica. Se temos mente, o que acontece nela? Sentimentos, emoções, crenças, conhecimentos, ignorâncias, desejos, intenções, etc. Partindo dessas reflexões, a pesquisadora indaga como pensamos sobre o que os outros estão pensando. É possível acessar isso? Levando em consideração a capacidade da espécie humana de interação entre mentes através da cognição social, a linguagem indica uma possibilidade de acesso às nossas mentes e das nossas emoções. Existe um papel da linguagem na atribuição de emoções? Para sentir é preciso de linguagem? Aparentemente não, mas para expressar um sentimento é preciso de linguagem? É possível que sim. Afinal, conseguimos sentir diferentes coisas, em diferentes níveis, mas quando chega a parte de expressar tais emoções, o tema demonstra toda sua complexidade. Afinal, são tantas emoções...! Vem e deixa a Teta te alimentar! Dicas: Thuany Figueiredo: A estranha ordem das coisas; O erro de Descartes, de António Damásio; O último abraço da matriarca: As emoções dos animais e o que elas revelam sobre nós, de Frans de Waal; LAPROS - Laboratório de aquisição, processamento e sintaxe:  https://www.iel.unicamp.br/br/content/laborat%C3%B3rio-de-aquisi%C3%A7%C3%A3o-processamento-e-sintaxe; Centro de Estudos Marília Padilha: https://www.instagram.com/centroestudosmp/?hl=pt; Coletivo Japy: https://www.facebook.com/coletivojapy/; Centro Socialista de Jundiaí: https://www.instagram.com/centrosocialistajd/; https://www.facebook.com/centrosocialistajd/. Sarah Correia: Filme: Divertidamente (DISNEY+, 2015); O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal, de Pierre Weil e Roland Tompakow. Juliana Magalhães: Filmes: Os cavalos de Fogo (1965); A lenda da Fortaleza Suram (1985), de Serguei Parajanov; Livros: História das Emoções: problemas e métodos, de Barbara H. Rosenwein; Coleção História das Emoções, organizado por Alain Corbin, Georges Vigarello e Jean-Jacques Courtine.

1h 17m
Nov 27, 2021