De quem é a culpa?
OCT 01, 2020
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Na noite de ontem (30), o São Paulo foi até Buenos Aires enfrentar o River Plate em busca de uma vitória e se manter vivo na Libertadores. Mas não foi isso que aconteceu. O tricolor perdeu por 2 a 1 e já não tem mais chances de se classificar para as oitavas de final da competição.
 
Mas de quem é a culpa por mais uma eliminação do São Paulo? De mais uma desclassificação de maneira precoce em uma competição? Ela é divida em três: diretoria, treinador e jogadores. Todos têm a sua parcela de participação neste vexame.
 
Treinador
 
A começar pelo comandante, o Fernando Diniz. Ele provavelmente é o técnico mais cobrado do Brasil. Por ter uma ideia que foge do comum dos outros profissionais, a grande parte das pessoas que acompanham futebol tem mais pressa em ver o resultado.
 
Porém, Fernando Diniz não se esforça em montar um elenco que possa desempenhar o futebol pretendido. A impressão é de que não há conversa com a diretoria para contratar os jogadores que ele quer. Apenas aceita o que a diretoria traz. Ele não busca por zagueiros, um lateral esquerdo e volantes que façam as funções desejadas.
 
Pior do que não contratar os jogadores para melhorar o jogo do São Paulo, ele não consegue elevar o nível dos atletas que tem em mãos. Diniz não aumenta o nível de jogo de Juanfran, Pablo, Victor Bueno e Igor Gomes, por exemplo.
 
Além disso, é impossível não notar como as equipes comandadas por Diniz, não só o São Paulo, são extremamente desorganizadas sem a bola. Há muito espaço para o adversário trocar passes. Em 15 minutos do jogo de ontem, o River chegou três vezes na cara do gol. O atacante ficou frente a frente com Volpi. É inadmissível.
 
Como é questão de tempo para Diniz ser demitido do São Paulo, o conselho é ele voltar algumas casinhas, se reciclar e fazer um bom trabalho em um clube com menos exposição.
 
Jogadores
 
Esses caras também possuem sua parcela de culpa pela eliminação. Eles seguem um plano de jogo, mas não são robôs. Eles possuem total liberdade para tomar atitudes dentro de campo.
 
Alguns jogadores poderiam assumir posturas diferentes dentro das quatro linhas. O maior exemplo é o Daniel Alves, o principal nome do elenco. No jogo de ontem, parecia um atleta comum. Não conseguia prender a bola no meio campo, criar uma jogada, dar um passe diferenciado, arriscar algo diferente. Absolutamente nada. Ele nem cobra falta e escanteio.
 
A mesma coisa de Hernanes. Mesmo não estando no ápice da forma física, ele não consegue prender a bola e distribuir o jogo. Os atacantes não conseguem nem sofrer uma falta próxima da área para o camisa 15 cobrar.
 
Não dá para esperar de todos os jogadores algo diferente. Mas o elenco do São Paulo tem alguns nomes para isso. Poderiam ter uma postura mais ousada dentro de campo e ser menos apáticos.
 
Diretoria
 
Esses são os grandes responsáveis pela situação do São Paulo neste momento. Leco, Raí e Pássaro são dirigentes muito incompetentes e que não conseguiram montar elencos competitivos nos últimos anos. Por conta disso, o clube colecionou humilhações contra rivais e eliminações patéticas.
 
Na era Leco, foram mais de 60 jogadores contratados. E foi todo tipo de atleta. Desde Calazans, e Kieza, até Daniel Alves e Nenê. Só em 2019, o clube investiu R$ 149 milhões.
 
Segue uma pequena lista de investimentos que a diretoria do São Paulo e não houve praticamente nenhum retorno.
 
Diego Souza - R$ 10 milhões
Maicon - R$ 30 milhões
Jean - R$ 9,8 milhões
Jucilei - R$ 4,6 milhões
Pablo - R$ 31 milhões
 
Vale lembrar que Pato e Daniel Alves vieram sem custos, porém, os salários são altíssimos. O atual camisa 10 recebe 1,5 milhão de reais por mês e bancado pelo clube. Pato ganhava mais de 700 mil.
 
Para quem tinha falado que havia estudado para ter um cargo dentro do São Paulo, Raí decepcionou toda a torcida. Foram trocas constantes de treinadores e um elenco sem competitividade.
 
E o Leco, que termina o mandato ao final do ano, encerra seu ciclo como um dos piores dirigentes da história do clube.
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