

"Atire a primeira pedra a mulher que nunca sofreu um abuso financeiro”, diz a jornalista Mara Luquet, especialista em finanças pessoais, CEO e fundadora do site de notícias MyNews https://pt.wikipedia.org/wiki/MyNews. Mara diz que em geral somos abusadas pela família, filhos e marido - e não nos damos conta disso - e que a situação piora quando nos tornamos viúvas. É preciso ter cuidado com todos que se candidatam a “ajudar” ou que chamam para uma “sociedade” ou que pedem dinheiro emprestado. “Diga não, não e não.” Mara também defende que a viúva não abra mão da sua parte na herança em hipótese alguma. “Não divida nem o seguro de vida : é seu dinheiro, você vai precisar dele. Você tendo, seu filho tem. Ele tendo, você terá ou não”, diz a autora do livro “Infidelidades Financeiras - Crônicas de uma voyeur”, lançado em 2020. Recomendações rápidas para você que ainda não é viúva: tenha uma previdência complementar no seu nome; pague o INSS, que é uma forma de garantir renda vitalícia; tenha educação previdenciária https://www.gov.br/inss/pt-br/assuntos/a-importancia-da-educacao-previdenciaria-para-a-protecao-social-do-cidadao antes mesmo de ter educação financeira. Ouça o episódio completo e saiba mais.


Em 2019, Angélica Consiglio, agora com 53 anos, jornalista e empreendedora em São Paulo, ficou viúva após um casamento de quase três décadas. Os meses que se seguiram foram de intenso sofrimento. Angélica, que sempre foi forte, segura, determinada, teve síndrome do pânico, enxaqueca por 92 dias, quebrou duas costelas, sofreu distensão em todos os esportes que pratica. "Eu casei aos 22 anos. Não tinha tido vida adulta sozinha, só com ele. Durante o processo de luto, eu me vitimizava", contou ela durante entrevista ao podcast. Para realinhar sua vida, contou com o apoio da família, de tratamento psicológico e da pintura, que se tornou uma atividade regular. Um ano após o falecimento, ela começou a se preparar para encontrar um novo amor. E deu certo: desde janeiro de 2022 está casada com Gilberto Morelli de Andrade. Ouça o depoimento dela e descubra como é possível recomeçar: "O meu coração expandiu", diz.


Quais são os direitos da esposa quando o marido morre? Levamos esta pergunta para a advogada Paloma Iannuzzi, 35 anos, do escritório Iannuzzi Advocacia, de Sorocaba. Paloma é especializada em direito de família e sucessão. Para responder a esta pergunta, ela explica os regimes de casamento (são cinco) previstos em lei, em que condição a viúva é meeira, quem assume as dívidas do falecido e o que são herdeiros necessários e o que são herdeiros colaterais. O tema é complexo, mas tentamos simplificá-lo para você. Ouça e depois nos conte o que achou.


É fato: a viuvez ocorre mais para as mulheres, pois elas vivem mais que os homens. Dados do IBGE mostram que quatro em cada dez mulheres de 60 anos ou mais são viúvas. Se a viuvez é uma grande perda para todas, por que temos tanta dificuldade para falar sobre o assunto? Para a psicóloga Denise Miranda, 53 anos, do Instituto do Casal, "nós precisamos nos preparar para esse momento; falar com nossos parceiros ele quer que seja o enterro; perguntar como estão as finanças?" Enfim, precisamos tratar de assuntos práticos hoje, os dois juntos, cada um expondo sua visão. Além de nos orientar sobre essa difícil conversa, Denise também dá conselhos para superar a tristeza que certamente virá.


Anota aí: pessoas com uma saúde mental vulnerável - entre elas estão os solitários - têm um ritmo de envelhecimento mais rápido do que os fumantes. Ou seja, além de doenças como derrame, doenças hepáticas e pulmonares, o envelhecimento também é mais acelerado pelos fatores psicológicos. É o que mostra uma pesquisa publicada na revista Aging-US, que estimou em 1,65 anos o aumento na idade biológica (depende da genética, de escolhas da vida e do ambiente, diferente da cronológica marcada pela idade). Para entender o que é solidão e como evitá-la, entrevistamos a psicóloga Iaci Muniz, 60 anos, que começa avisando: nem toda pessoa sozinha se sente solitária; nem toda pessoa acompanhada não se sente sozinha. A solidão tem a ver com o sentimento de não-pertencimento, baixa autoestima, tristeza, irritabilidade, desesperança, pessimismo e sentimento de inutilidade. O que fazer diante da solidão? Iaci recomenda que a pessoa comece estabelecendo pequenas metas com prazos e indicadores de sucesso. Por exemplo: definir que vai ligar para três pessoas num dia; marcar um café virtual no outro; planejar um passeio e assim por diante. "É importante criar mini-hábitos". Além disso, para um envelhecimento saudável, Iaci nos desafia a permitir novas experiências, como fazer um curso de línguas, escrever um diário ou conhecer pessoas diferentes. "E invista na sua autoestima", diz. Com este episódio, o 120o. da nossa história, encerramos a décima segunda temporada, que foi toda dedicada aos relacionamentos. Veja lista: Relacionamentos violentos https://spotifyanchor-web.app.link/e/z1q0zHs5Dzb Relacionamentos: comunicação no casamento https://spotifyanchor-web.app.link/e/gyS7zGs5Dzb Relacionamentos: o que os homens querem https://spotifyanchor-web.app.link/e/EuU7OEs5Dzb Relacionamentos tóxicos https://spotifyanchor-web.app.link/e/gSyoODs5Dzb Relacionamentos: ninho vazio https://spotifyanchor-web.app.link/e/G8MX3Bs5Dzb Relacionamentos: a importância do perdão https://spotifyanchor-web.app.link/e/9nFHWAs5Dzb Relacionamentos: conversas difíceis https://spotifyanchor-web.app.link/e/vmxC2ys5Dzb Fique bem.


Com certeza você já teve que ter uma conversa mais série, complexa, emocionalmente difícil. E não se trata apenas de relacionamentos amorosos; pode ser com filhos, amigos, colegas de trabalho e chefe. Mas como fazer isso sem destruir a relação? Levamos a questão para Carolina Losicer, 38 anos, especialista em comunicação não-violenta, professora, responsável por um curso on line sobre conversas difíceis na ESPM. "Você precisa focar na solução, não no ataque e nem na defesa. A comunicação não-violenta é baseada em fatos, sentimentos e necessidades”, diz Carol, que mora no Rio e desenvolveu a Plataforma Amanhã https://www.plataformaamanha.com.br/, um site para apoiar jovens nas escolhas de futuro. "Quando falo sobre mim, sobre as minhas emoções, não tem como estar errado". Prepare-se antes da conversa. Carol conta que ela tem mentores que a ajudam a se preparar para conversas difíceis e escreve e/ou grava o que vai dizer. Ela diz que é importante ter um pedido claro: o que você deseja que aconteça após essa conversa? Mas se a sua intenção de comunicação é mudar o outro, esquece. Não vai acontecer. Segundo ela, a comunicação é como andar de bicicleta. "Todas nós podemos aprender a construir pontes de palavras. Dá para aprender. É mito que nasce sabendo". Mas atenção ao alerta da Carol: comunicação é o que se entende e não o que se fala. Ou seja, se você falou, mas o outro não entendeu a sua mensagem, não houve comunicação. Você pode seguir a Carol no Instagram https://www.instagram.com/we.love.monday/, onde ela defende que podemos voltar a amar as segundas-feiras.


Todo relacionamento, cedo ou tarde, vai passar por uma necessidade de perdão. Pode ser um pequeno ou um grande perdão, ele faz parte da convivência. Mas por que é tão difícil perdoar? Quem não perdoa é uma pessoa ruim? O que o perdão tem a ver com religião? Levamos essas dúvidas para o psicólogo Wendell Coutinho, um mineiro que atualmente mora em Londrina, no Paraná. O primeiro esclarecimento que ele faz é que “perdão nada tem a ver com a demanda da outra pessoa”. Tem a ver com você abandonar “os pensamentos negativos sobre a outra pessoa”. Wendell explica que o perdão envolve um processo em quatro etapas: o primeiro é você reconhecer sofreu um dano; depois, deve expressar a emoção relacionada a esse dano; deve aceitar o que perdeu; e deve, por fim, tomar a decisão de perdoar. E a maior beneficiada nesse processo é pessoa que perdoa, porque vai substituir emoções ruins por sentimentos mais leves – e isso se reflete na saúde e no bem-estar. Mas atenção: perdoar não é esquecer e não é relevar o que aconteceu. “Você também não precisa aceitar a outra pessoa na sua vida”, diz Wendell. Ou seja, quem perdoa se sente melhor, independente de a outra pessoa aceitar ou não.


Por volta dos 50 anos, acontece tudo junto na vida da mulher: menopausa, aposentadoria, provável perda dos pais e até uma eventual separação - e, para complicar, os filhos já têm idade para sair de casa. Para este último fenômeno, a ciência até já deu um nome: síndrome do ninho vazio. "Começa com dor de cabeça, mal-estar e mal humor", diz Gilwanya Ferreira Gonçalves /@gylpsico, 64 anos, psicogerontóloga em Pará de Minas, Minas Gerais. "Mas pode evoluir para UM estado depressivo agudo, de tristeza constante e isso é preocupante." Essa dor emocional pode se manifestar ainda com distúrbio do sono, melancolia, ansiedade, medo inexplicável de algo, distúrbios alimentares, distúrbios na libido e raiva do mundo por nada. Mãe de um casal e avó de quatro netos, Gilwanya conta que ela também chorou quando a filha saiu de casa, que isso é normal, mas é preciso observar os sintomas. Nessas situações, ela recomenda lembrar que a síndrome é temporal, vai passar; é preciso reorganizar a sua mente e a sua vida com outras coisas; e se orgulhar de ter criado os filhos. Nesta entrevista, ela também fala sobre o papel dos filhos para ajudar os pais nesse momento.


Quais os sinais de que você (ou alguém que você ama) está num relacionamento tóxico? "A toxidade acontece quando o outro tem o controle do que você faz, desde a roupa que usa até onde vão jantar e com quem", diz Katia Cristina Aguiar Borges, 55 anos, psicóloga clínica em São Paulo. Katia, que tem especialização em saúde mental, diz que esse controle pode ser sutil, com manipulação psicológica ("estou fazendo isso porque te amo" ou "você fica linda com aquele vestido"). Também pode evoluir para situações de controle extremo, retirando a autonomia da pessoa, que se sente presa sem saber como sair. E não se engane: os relacionamentos tóxicos podem acontecer entre casais, entre pais e filhos, entre chefes e subordinados e até mesmo entre amigos. Em geral, as pessoas tóxicas, segundo Katia, não sabem respeitar o limite do outro. O importante é se livrar do relacionamento tóxico antes que se torne violento e vá parar na delegacia (se não ouviu, ouça entrevista com a delegada Olivia Fonseca clicando aqui https://spotifyanchor-web.app.link/e/kERIoGEFkyb). Quer saber mais? Ouça a entrevista e compartilhe com quem você acha que precisa de ajuda.


Quer entender de onde vem o machismo? Por que tantos homens cometem violência contra as mulheres? Ouça a entrevista com psicanalista Helio Hintze, 52, de Piracicaba, no interior de São Paulo. Filósofo, educador e professor, Hélio é um dos pioneiros no estudo do machismo estrutural no Brasil. É autor do livro "Desnaturalização do Machismo Estrutural” https://heliohintze.com.br/detalhe-livro/desnaturalizando-o-machismo-estrutural-na-sociedade-brasileira-2020/47 e coordenador do Observatório do Machismo, uma iniciativa dele para discutir o machismo na sociedade brasileira. Segundo ele, o machismo é cultura, é a forma de hierarquização que coloca o homem superior e mulher inferior. Helio diz que a "masculinidade não tem nada de ruim se pensada de forma saudável" e cita Pepeu Gomes na música "Masculino e feminino": “Ser um homem feminino não fere o meu lado masculino”. Para o pesquisador, o que está acontecendo hoje é que as referências cristalizadas da cultura que diziam como o homem devia ser (provedor, macho etc) estão todas ruindo. E uma das consequências disso é que o índice de suicídio entre homens seria mais alto do que entre mulheres. Outras declarações do psicanalista que você vai ouvir na entrevista: __ __


O que mais causa o fim de casamentos no Brasil não é traição e nem falta de amor. São as dificuldades de comunicação. Para entender por que isso acontece, entrevistamos Fátima Lisboa Nascimento, 56 anos, professora, pesquisadora e facilitadora no workshop COMUNICAR, EXPRESSAR E AMAR, um evento para casais que buscam melhorar o seu relacionamento. Nesta conversa inspiradora, ela dá diversos conselhos para homens e mulheres melhorarem a comunicação. Entre eles estão: __ __ Fátima é expert numa metodologia conhecida como "Dinâmicas humanas", que organiza as diferentes personalidades em algumas cores, como amarelo (quente, comunicativo, falante), azul (fria, sistêmico, planejador), rosa (quente, paixão pelas ideias, adora conversar) e verde (o mais sistêmico de todos; calmo; ouve e ouve). "Se você souber como funciona e como o outro funciona vai parar de colocar o dedo no nariz do outro e colocar para si mesmo".


Esta 12a. temporada vai ser 100% dedicada aos relacionamentos. Se tem uma coisa que aprendemos com a pandemia, foi a consciência da necessidade do outro. Não vivemos sozinhas. Precisamos do outro. Mas nem sempre é fácil e nem sempre sabemos o que fazer. Especialmente em casos de violência doméstica, quando a mulher é agredida pela pessoa que deveria amá-la e protegê-la. Nesta entrevista , a jovem delegada Olivia dos Santos Fonseca, 38, adjunta na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Piracicaba, interior de São Paulo, põe luz sobre a violência doméstica: __ __ Para nós, mulheres com mais de 50, Olivia ressalta que ainda temos dificuldades de procurar ajuda e mesmo de denunciar. As mais jovens, que conhecem mais os seus direitos, são as que mais procuram a DDM.


Tudo o que você sempre quis saber sobre menopausa, mas não tinha a quem perguntar. Essa foi a nossa promessa quando iniciamos esta temporada, a décima primeira, com dez episódios. Pois bem: tratamos do básico, como sintomas, diagnóstico https://spotifyanchor-web.app.link/e/nWQgnIb0Ivb e tratamentos https://spotifyanchor-web.app.link/e/Rsu8AGb0Ivb, mas fomos além: descobrimos a importância do assoalho pélvico https://spotifyanchor-web.app.link/e/9wVgtFb0Ivb, da alimentação anti-inflamatória https://spotifyanchor-web.app.link/e/sn7vPAb0Ivb e dos exercícios físicos https://spotifyanchor-web.app.link/e/WEvmjyb0Ivb. Entrevistamos uma terapeuta sexual https://spotifyanchor-web.app.link/e/bf72tEb0Ivb sobre libido na menopausa, uma dermatologista sobre consequências para a pele https://spotifyanchor-web.app.link/e/05kMtDb0Ivb e um urologista, que explicou sobre a andropausa https://spotifyanchor-web.app.link/e/VjeQAzb0Ivb. E o que dizer sobre o nevoeiro mental? Se você ainda não sabe do que se trata, ouça a entrevista do episódio 6 https://spotifyanchor-web.app.link/e/PGK5oCb0Ivb. Para encerrar a temporada, convidamos a executiva Heloisa Ribeiro, 53 anos, que compartilhou sua experiência com a menopausa. De maneira sincera e transparente, ela conta como os primeiros sintomas a deixaram atordoada, a ponto de perder a confiança na própria capacidade profissional. Também tivemos como convidada a Manoela Neves, 19 anos, estudante de psicologia, que nos brindou com sua jovem perspectiva sobre o tema.


Se você tem acompanhado esta temporada dedicada à menopausa, já sabe que a deficiência de estrogênio, dentre tantas consequências, tem mais uma: este hormônio ajuda a manter os vasos sanguíneos relaxados e abertos. Com menos estrogênio, o colesterol pode se acumular nas paredes das artérias. Isso aumenta o risco de doença cardíaca ou acidente vascular cerebral. Além disso, o déficit de estrogênio leva a uma propensão maior a males como diabetes, osteoporose e doenças do coração. O que fazer? Os exercícios físicos não vão aumentar o seu nível de estrogênio - isso só com reposição - , mas trazem benefícios incríveis para ajudar você a atravessar essa fase. "O exercício ajuda a equilibrar outras alterações provocadas pela deficiência hormonal", diz a fisioterapeuta Rosana Soares Bittencourt, 40 anos, de Curitiba, que já esteve aqui no podcast para falar se podemos envelhecer sem dor https://anchor.fm/dashboard/episode/e170c36. Rosana cita alguns dos benefícios dos exercícios no controle dos sintomas da menopausa: libera endorfina (que ajuda no humor e a dormir melhor), a controlar o peso, a controlar o colesterol (prevenindo doença cardíaca) e a evitar acúmulo de gordura nas artérias (o que previne AVC). Quanto de exercício fazer? "Uma vez por semana é melhor que nada, duas vezes é melhor que uma e assim por diante", diz a especialista. "Qualquer que seja o exercício escolhido, para dar resultado, precisa ter intensidade que altere a frequência cardíaca." Atenção ao alerta da Rosana: "O que mais acontece são mulheres que se negligenciam". Não faça isso com você. Ouça, se cuide e compartilhe.


Você já deve ter ouvido falar em andropausa, tecnicamente conhecida como Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM). Mas você sabe como ela acontece e o que provoca no organismo masculino? Para entender tudo isso, entrevistamos o urologista Marcelo Vieira, 56 anos, membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e coordenador do PAIH - Programa de Apoio Integral ao Homem, uma clínica de saúde sexual e fertilidade masculina, em São Paulo. A principal diferença para a menopausa, ele diz, é que nas mulheres a menopausa é um fenômeno pontual, por um período determinado. "No homem, o processo leva décadas. A partir dos 40, os níveis de testosterona já começam a diminuir, mas os sintomas só acontecem a partir dos 60", ele diz. A deficiência deste hormônio masculino pode provocar queda na libido, irritabilidade, redução da memória e da concentração, além de causar tristeza e falta de ânimo. Mas só 20% dos homens têm sintomas, os demais passam ilesos pela andropausa. Outra diferença em relação às mulheres - que perdem a capacidade de ter filhos após a menopausa - é que a andropausa não está ligada à capacidade reprodutiva dos homens. O médico nos dá um conselho sobre a melhor forma de lidar com o assunto: "Fique atenta às mudanças de comportamento e converse com seu parceiro. Não transforme isso num problema, nem fique na defensiva", diz.


A alimentação antiinflamatória aliada à fitoterapia é uma arma poderosa para amenizar os sintomas da menopausa. "Tenho muitas pacientes que não fazem reposição hormonal e conseguem viver essa fase com excelente qualidade de vida", diz a nutricionista Claudia Gladis, 41 anos, de São Paulo, fundadora do programa Descomplicando a Menopausa. A alimentação antiinflamatória é aquela à base de comida de verdade, na qual abrimos menos embalagens e descascamos mais. Ou seja, é preciso incluir vegetais, frutas, cereais integrais, azeites, castanhas e peixe na dieta. Por outro, são inflamatórios o trigo branco, o açúcar, excesso de chocolate, excesso de álcool, além de todos os ultraprocessados. Ela dá um exemplo de mulheres chegam ao seu consultório reclamando de fadiga, mas, depois do exame de sangue, descobre-se que sofrem de deficiência de vitaminas, que pode ser solucionada com um ajuste no cardápio diário. Claudia diz que não precisamos esperar a chegada da menopausa para nos prepararmos: "Se a mulher entra na menopausa já com um estilo de vida mais saudável, vai ter sintomas mais amenos e prevenir as doenças como osteoporose e diabetes". Sobre os fitoterápicos, Claudia faz um alerta: a fitoterapia é baseada em remédios naturais, que devem ser tomados com prescrição e dosagem adequadas. E não serve para todo mundo: precisa ver histórico paciente. Uma dica: não perca a receita de shot que a Claudia indica para ser tomado em jejum para melhorar a imunidade.


Muitas mulheres sofrem sem saber, se sentindo malucas. Em outras, a perda de memória e a desorientação são tão graves que elas - e até médicos- confundem os sintomas mentais provocados pela menopausa com a doença de Alzheimer. O fato é que, claro, pode haver realmente um diagnóstico de Alzheimer, mas o declínio cognitivo pode ser consequência da redução drástica nos níveis de estrogênio, o hormônio cuja queda na produção está diretamente relacionada à menopausa. A esse estado mental deu-se o nome de "o nevoeiro mental ou cerebral". O médico Eliezer Berenstein, 70 anos, autor do livro "Inteligência hormonal da mulher" faz um outro alerta: muitas mulheres passam a tomar antidepressivos quando deveriam fazer reposição do estrogênio. "O antidepressivo para 'brain fog' (termo em inglês para o nevoeiro mental) só piora, pode levar a um efeito sedativo. O que a mulher precisa é reagir, se conscientizar e procurar ajuda". Berenstein diz que há muitos tratamentos para o nevoeiro mental, incluindo substâncias que ajudam com a memória. "A névoa é transitória, vai passar". Dono da Clínica de Atendimento à Mulher, bairro Vila Nova Conceição, em São Paulo, Berenstein diz que, atualmente, se considera um “feminólogo”, um especialista nos estudos da feminilidade saudável. Ouça a entrevista e compartilhe com suas amigas. Elas vão agradecer.


Muitas pessoas não sabem, mas a menopausa causa estragos também para a pele de todo o corpo. A queda na produção de estrogênio e da progesterona leva à diminuição da produção de fibras de elastina e colágeno, causando aumento da flacidez, perda de elasticidade e tônus. A pele fica mais fina, frágil e ressecada. Especificamente em relação ao rosto, acontecem manchas, rugas, a pele fica oleosa e sujeita à acne. Conversamos sobre isso com a dermatologista carioca ANDREA SAMPAIO, 43 anos, que é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Ela recomenda o uso permanente - sim, para sempre - de cremes hidratantes, mesmo os baratos de farmácia. Ela fala sobre a importância da vitamina C, dos estimuladores de colágeno, dos tratamentos estéticos e muito mais. E também sobre outra indesejada consequência da menopausa: aqueles pelos grossos que aparecem no queixo. "Pode tirar com pinça, não use cera para não machucar a pele", diz. Aliás, para Andrea, nunca, jamais use cera no rosto. Ouça, aprenda e compartilhe.


A menopausa pode causar um estrago na vida sexual das mulheres. Seja pela redução do estrogênio, que é o hormônio responsável pelo desejo, seja pelas mudanças de humor, dificuldades de dormir e falta de motivação para a vida. Mas não precisa ser assim, garante a psicóloga ANA CANOSA, 52 ANOS, terapeuta sexual e educadora em sexualidade, com consultório em São Paulo. Segundo ela, a primeira coisa que precisamos é falar sobre o assunto, procurar ajuda, ter paciência. "A menopausa faz parte da vida", diz Ana, que tem vários livros publicados e comanda o podcast "Sexotepia", no UOL. Sua principal recomendação nesta entrevista exclusiva que nos deu é: desenvolva a sua menta libidinosa, pense em sexo. "O desejo não ocorre só espontaneamente; existe também o desejo que responde a estímulos e este pode estar presente na vida toda." E como desenvolve a mente libidinosa para a vida toda? "Precisa se livrar da culpa, se permitir desenvolver o desejo."


JÁ OUVIU FALAR DA fisioterapia uroginecológica? Se ainda não e está na (ou já passou da) menopausa, muita atenção à entrevista da fisioterapeuta CLEIMA COLTRI BITTELBRUNN, 57 ANOS, DA Clínica Cofib - Centro de Ortopedia e Fisioterapia Batel, em Curitiba. "Não é normal perder xixi na tosse e no espirro ou no riso", diz ela, sobre um dos sintomas comuns às mulheres na menopausa. "Se não é bexiga cheia, é uma patologia, precisa tratar." A incontinência urinária - provocada pelo enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico -é mais uma consequência da queda na produção de estrogênio, o hormônio feminino que deixa de ser produzido quando entramos na menopausa. O que acontece quando esses músculos enfraquecem? Incontinência urinária, fecal e de gases. A fisioterapia uroginecológica ajuda a prevenir e a tratar transtornos relacionados ao assoalho pélvico. Sabe o que é melhor? O tratamento ajuda a melhorar também a sexualidade: "Melhora até lubrificação e a parte vascular", diz Cleima. Ouça a entrevista e descubra qual é o exercício que vc pode fazer sozinha, em casa ou no trânsito, para melhorar seu assoalho pélvico.


Até 2030, 1 bilhão de mulheres vão atravessar a menopausa de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda assim, o tema é cercado por desinformação e tabus que deixam grande parte das mulheres relutantes em procurar ajuda. Entender os sintomas e buscar soluções para suavizá-los, contudo, é importante tanto para a saúde física quanto para a emocional. Neste segundo episódio da temporada 11, toda dedicada ao tema, falamos sobre os tratamentos disponíveis para nos ajudar nessa fase. A entrevistada é a ginecologista Dulcimary Dias Bittencourt, 54 anos, professora assistente da UFPR, em Curitiba. Ela fala sobre a terapia de reposição hormonal em suas várias formas (gel, adesivo e comprimido) e sobre tratamentos mais específicos, como o comprimido para pacientes que têm apenas ressecamento vaginal. "Não sofra com os sintomas; há tratamento para eles", diz a médica, que é membro da Sogipa- Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Paraná.


Com este episódio, estamos dando início a uma temporada inteira dedicada à menopausa. Vamos começar explicando o que é este evento fisiológico normal na vida da mulher e o que provoca em nós. Para isso, recrutamos a endocrinologista Karen Seidel, 44 anos, diretora do Departamento de Endocrinologia Feminina, Andrologia e Transgeneridade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Toda mulher entre os 40 e os 55 anos vai parar de menstruar - isso se deve à queda na produção do estrogênio, um hormônio crucial para o ciclo reprodutivo. Os sintomas variam de mulher para mulher. Algumas podem ter ressecamento de pele, oscilações de humor, melancolia, ressecamento vaginal e os temidos calorões. Outras nem percebem os sintomas. "Todas vamos passar pela menopausa e por isso é importante se preparar antes dos 40", diz a dra. Seidel. Ela recomenda mudanças no hábito de vida, como parar de fumar, reduzir o consumo de álcool, adotar uma alimentação saudável e fazer exercícios. "Não deixe de viver, não se entregue; você vai descobrir outros prazeres da vida e o sexo pode até ser mais prazeroso", diz a médica carioca. No próximo episódio, vamos falar dos tratamentos, com especial destaque para a terapia de reposição hormonal.


O número de brasileiros que deixam o país para morar fora cresce ano a ano. Mudar de país é morar em outra casa, viver outro clima, aprender outro idioma, conhecer outros amigos, ir para outra escola... Mas como é criar um lar numa terra distante? Para encerrar esta décima temporada do podcast, em que estamos falando sobre "Casa e bem-estar", entrevistamos o engenheiro mecânico Cleomar Aliane, 53 anos, que em 2018 se mudou com a mulher, Andreza, e as duas filhas pequenas para Portugal. Profissional de marketing com mais de 25 anos de experiência em multinacionais, Cleomar conta como foi fechar a casa em São Paulo - que ele considera um momento "cruel, tenso" -, sobre a decisão de contratar um container para enviar a mudança - "para levar o máximo da nossa história" - e quanto tempo demorou para se sentir em casa em Cascais, cidade perto de Lisboa. Atualmente, totalmente adaptadas, as meninas frequentam uma escola particular em tempo integral e, muitas vezes, voltam sozinhas a pé para casa. Que conselho ele dá para quem deseja fazer o mesmo? "Venha de peito aberto, entendendo que vai ser diferente, é preciso se adaptar", diz. Ah! Quer experimentar Portugal antes de decidir se muda para lá ou não? Fale com o Cleomar e alugue o Motorhome Experience https://www.instagram.com/motorhome_experience_portugal/, o veículo com o qual ele e a família têm viajado pela Europa, um dos prazeres de morar em Portugal.


A ciência já provou e comprovou: a companhia de um animal de estimação traz diversos benefícios aos humanos. Entre eles estão a redução do estresse. Isso ocorre porque a presença do bicho estimula a produção de um hormônio que proporciona bem-estar. Para quem está envelhecendo, então, existem vantagens adicionais, como a prevenção de doenças, a redução do sedentarismo e o exercício da memória. Nesta entrevista com o veterinário Rodrigo Ferraz Aliane, 50 anos, de UBÁ, Minas Gerais, um amante incondicional dos animais, vamos aprender os cuidados que devemos ter com os bichanos em casa. Rodrigo lembra as regras fundamentais: manter a vacinação em dia e dar banhos regulares. "Cachorro adora lamber, mas pode ter contaminações", diz o veterinário. Outra coisa que ele recomenda é evitar deixar o animal dormir na sua cama. Em vez disso, para preservar a sua própria cama, ele recomenda montar uma caminha no chão. Está em dúvida entre gato e cachorro? Rodrigo explica a diferença entre eles e recomenda que você entenda o seu perfil antes de optar por um e outro. E se estiver pensando em adotar um pet, ouça o que diz Rodrigo: "Não basta amar para adotar; precisa ter compromisso nos bons e maus momentos."


O que significa ser mulher de 50 nos dias atuais? Com esta pergunta, nós quatro lançamos em 11 de março de 2020, mesmo dia em que foi decretada a pandemia global causada pelo coronavírus, o PODCAST “MULHERES DE 50”, uma produção da Jabuticaba Conteúdo agência de comunicação de São Paulo (SP). A ideia original era compartilhar experiências sobre saúde, família, lazer, trabalho e também informações e notícias úteis para essa geração de mulheres que, como nós dissemos naquele primeiro episódio, se recusam a aceitar a velhice esperada pela sociedade. Para elas, a idade não define como essa mulher contemporânea pensa, age e faz escolhas. Este centésimo episódio traz duas novidades na produção. Foi o primeiro em que nos reunimos presencialmente para a gravação, num estúdio em Toledo, no Paraná - os 99 episódios anteriores foram gravados remotamente, já que moramos em cidades diferentes. A segunda novidade é a gravação no formato videocast, que reúne áudio e vídeo. “Como somos irmãs, conversamos com uma intimidade muito grande”, diz Tereza. “Nós nos conhecemos, sabemos os pontos fracos de cada uma, conseguimos brincar com isso”, afirma Sandra. “A conversa é informal, como se a gente estivesse na sala de casa”, diz Lúcia. “Completamos mais de 100 horas de conteúdo, aprendemos muito com cada especialista que entrevistamos”, afirma , que destaca a entrevista com Rosaly Lopes, astrônoma, geóloga planetária e vulcanóloga da Nasa, convidada da quinta temporada. “Ela mostrou que, com determinação, as mulheres podem chegar em qualquer lugar.” Entre outras entrevistadas pelo “MULHERES DE 50” estão a atriz Virginia Novick, a ex-jogadora de basquete Paula, a estilista Helena Schargel, a dermatologista Katia Volpi e a especialista em etiqueta Célia Leão. O podcast também entrevista homens, como o cirurgião plástico Aristóteles Bersou, o psiquiatra Lucas Farnese e o especialista em carreira Esteban Ferrari.


O que é uma casa sem planta? Para Cinthya Rodrigues Gomes, 52 anos, dona da Papoula Interiores e Paisagismo, de São Paulo, sem plantas, ela será apenas uma casa. "A planta aconchega, dá vida e personalidade ao espaço", diz ela nesta entrevista exclusiva para o podcast Mulheres de 50. Formada em design de interiores pela Escola Panamericana de Artes e com vários cursos de jardinagem (incluindo o disputado Curso de Jardinagem e Recurso Paisagístico do Viveiro Manequinho Lopes, ligado ao Parque Ibirapuera, em São Paulo), Cinthya é regularmente chamada para realizar projetos paisagísticos. Em todos eles, diz que antes de qualquer coisa é preciso entender a dinâmica da casa, se tem animais, se tem crianças e se as pessoas têm tempo para cuidar das plantas. "Não se trata de usar a planta da moda e pronto", diz ela. Ouça a entrevista e descubra quais são os melhores meses para poda e o tipo de fertilizante que vai bem em todas as plantas.


Quer fazer um cursinho rápido de organização da casa? Ouça a entrevista com nossa convidada deste episódio, a personal organizar Ciça Torriani Lotti, 40 anos, dona da Organiza na Gaveta https://www.organizanagaveta.com.br/. Sua empresa nasceu como hobby - ela é formada em fonoaudiologia - e virou profissão. "Desde pequena, tenho mania de organização", diz ela. Ciça ensina os 5 passos para o processo de organização: o primeiro (e mais difícil, pois exige desapego) é a triagem; depois, vêm a categorização, a setorização, a organização em si e, por fim, a identificação. Depois que organizou, como manter tudo no lugar? Ciça diz que precisamos entender a diferença entre arrumar (esconder a bagunça) e organizar (seguindo os passos acima). No primeiro caso, a bagunça vai voltar. "A manutenção é a segunda parte mais difícil, depois da triagem: é um desafio e exige a colaboração das outras pessoas da casa", diz. Quanto ao desapego, Ciça diz que não significa necessariamente jogar fora as coisas que você não usa mais. "Você pode criar uma caixa de recordações para elas. Na sua frente, tem que ficar o que usa no dia a dia". Ah! Quer saber como manter a geladeira organizada? Ouça a entrevista até o fim.


Quais os maiores erros que cometemos ao reformar? É possível manter a obra dentro do prazo e do orçamento? Por onde começar? Levamos as nossas dúvidas sobre reforma para a arquiteta SANDRA PIRES DE CAMPOS, 60 anos, dona da empresa Traço Livre, que atua em projetos de residências fora de São Paulo, com apelo rústico, aconchegante e sustentável. Sandra, formada em 1985 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, avisa logo: programas televisivos de reforma não ajudam, especialmente porque a realidade dos países é diferente, seja no clima seja nos tipos de materiais disponíveis. Ela dá uma dica valiosa para evitar atrasos: fazer um cronograma semana a semana, cujas entregas estejam atreladas ao pagamento. Isso vai evitar que a equipe pegue duas obras ao mesmo tempo.


Você sabe o que é o feng shui e para que serve? Pois nós também não sabíamos, por isso entrevistamos a arquiteta Julia Dayara Dantas, 30 anos, da Daraya Arquitetura, que usa esta arte milenar nos projetos que faz em São Paulo. "O feng shui analisa as energias nos espaços", diz Julia. "Arrumar um armário já é um feng shui porque vai fazer a energia circular." Na entrevista, ela dá dicas sobre a posição da cama e o que colocar para neutralizar a energia negativa na entrada da casa; fala sobre incenso, plantas e espelhos. "Numa casa harmonizada, o negativo que entra será logo harmonizado", diz. Ouça e entenda a teoria da janela quebrada e os riscos de não consertar os vazamentos.


Jamais vamos esquecer aquele 29 de junho de 1982. Foi o dia em que nossa casa, construída em madeira na cidade de Eldorado (MS), queimou. Com o fogo foram embora todos os nossos pertences, das roupas às fotos infantis, dos móveis aos livros escolares. Nós quatro tínhamos entre 10 e 17 anos, sofremos pouco aquela perda em comparação ao sofrimento dos nossos pais, que ficaram com seis filhos sem teto em questão de minutos. Quarenta anos depois, pela primeira vez, nos reunimos para falar sobre o assunto, com a ajuda da psicóloga Lucia Roberto, 62 anos, sendo 25 anos na prática psicoterápica em consultório particular, presencial e on line. Nesta entrevista, que nos concedeu diretamente de Garopaba (SC), para onde se mudou recentemente, ela fala sobre os traumas provocados pela perda do lar, não só os nossos, mas de pessoas que perdem as casas por causa de desastres naturais e guerras, como a da Ucrânia. O lado bom do nosso caso foi ver a generosidade dos amigos e conhecidos que, imediatamente, doaram tudo o que precisávamos - incluindo a casa que nos foi cedida por seis meses sem aluguel.