

If youd like to join us in the conversation workshops, go to the Continuing Education Program! https://portuguesewitheli.com/plg And here is the monologue for your benefit Hoje eu vou contar para vocês a história do meu amigo, Otávio. Uns anos atrás ele passou por uma crise de identidade. Um colega chamou ele de FRANGO, e ele era meio FRANZINO mesmo. Ele nunca tinha se importado com sua aparência, mas depois do comentário MALDOSO do amigo, Otávio decidiu que ia VIRAR O JOGO. A primeira coisa que ele fez foi buscar no Google “como crescer músculos rápido?”. E a gente sabe que tem muita coisa boa na internet, mas… temos que usar O BOM SENSO né? Otávio estava meio com raiva, querendo mudar o corpo, ficar gigante, pra esfregar na cara do amigo que não era frango nada, que era BOMBADÃO. Ele comprou uns SUPLEMENTOS pra GANHAR MASSA MUSCULAR, outros pra RECONSTRUIR MÚSCULO, outros pra ter resistência, essas coisas… Gastou uma grana nisso, e ficou esperando o resultado sentado no sofá. Todo dia ele fazia A MAÇAROCA com os suplementos, e nada… Uns 3 meses nessa rotina, ele viu que estava era ficando BARRIGUDO, sem entender a razão (ah Otávio, sem queimar as calorias? Queria o quê?). Daí resolveu APELAR… Ele tinha ouvido falar sobre TOMAR BOMBA, com promessas de resultados praticamente imediatos. Começou a perguntar AQUI E ALI onde ele conseguia a injeção de não sei o que, já que não era vendido abertamente. Parece que existe uma espécie de MERCADO NEGRO para essas substâncias. Aí ele veio me perguntar se eu sabia de algum ESQUEMA. Eu, ESPERTO que sou, logo ABRI O OLHO dele. Tirei ele de cabeça de tomar essas coisas, por conta dos efeitos colaterais. Dizem por aí que até BROCHA o cara… E apresentei pra ele a minha NUTRI. Ela avaliou o Otávio, PRESCREVEU uma DIETA BALANCEADA, umas vitaminas, e até aproveitou alguns daqueles suplementos que ele já tinha, tipo Whey e creatina. E deu a dica de ouro pra ele: “Otávio, não adianta você ficar no sofá, você tem que MALHAR”. Ele meio DESCRENTE, meio resistente, aceitou os conselhos da nutricionista e se matriculou numa academia. Ia NA FORÇA DO ÓDIO umas 3 vezes na semana. Com o tempo ele pegou gosto pela coisa. Com constância e disciplina, ele começou a ver os músculos SE DEFINIREM. Ficou tão empolgado, que virou UM RATO DE ACADEMIA. E Otávio não liga mais quando alguém chama ele de frango. Ele aprendeu que não importa o que os outros dizem, mas sim como você se sente. Ele se olha no espelho (ainda miúdo), e diz para si mesmo: quem é o FORTÃO que vai levantar 100kg hoje? --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


Para conhecer o Clube de Conversação, clique no link: https://portuguesewitheli.com/cah E aqui está o monólogo para seu proveito! Nunca fui muito ABELHUDO. Se tem BOATO, prefiro FICAR DE FORA, porque as consequências sempre podem RESPINGAR em mim. Mas teve um dia no supermercado que não teve jeito. Não teve jeito porque eu estava na fila quando uma senhora tentou FURAR A FILA. O pessoal não ia deixá-la SE SAFAR assim. Começaram a reclamar e, depois de um ou dois gritos, conseguiram COLOCAR A SENHORA NO LUGAR DELA. Mas ela não foi sem protesto. O problema é que ela foi ficar logo atrás de mim. Já não gosto de gente assim, INDELICADA, porque ME INDISPONHO fácil e não sei lidar bem com minha raiva. Mas, por sorte, ela não tentou passar na minha frente. Ficou PROCURANDO ASSUNTO comigo, mas dei um CHEGA PARA LÁ suave. Não gosto de lidar com quem não tem UM PINGO DE CONSIDERAÇÃO pelos outros. “Ninguém mais respeita uma idosa,” ela disse. “Depois, quando estiverem com minha idade, vão ver só. BANDO DE INFELIZ.” “Para com esse NHENHENHÉM aí,” quis dizer, mas achei que ia ser FORA DE PROPÓSITO. Além do que, não era o momento mais PROPÍCIO para esse tipo de ROMPANTE. Dali a pouco o telefone tocou. Era o celular da senhora. Ela atendeu numa LIGEIREZA, parecia querer desabafar com alguém. , ela disse bem alto. E daí começou a falar com a pessoa do outro lado da linha. Quem quer que estivesse do outro lado da linha, ou era surdo ou era duro de ouvido. Nunca vi pessoa mais GRITALHONA do que aquela senhora falando ao telefone. Se fosse só isso já era problema suficiente, mas a senhora achou interessante ESMIUÇAR a VIDA ÍNTIMA de uma tal de Marluce ali mesmo. Ela falava para todo mundo ouvir. As pessoas começaram a olhar e apontar. Eu não precisava olhar, não seria INSENSATO a esse ponto. Mas aparentemente a tal da Marluce estava traindo o marido. A senhora ao telefone fazia o maior ESTARDALHAÇO. Todo mundo achava o comportamento TACANHO. Eu também. Mas não era isso que ia me impedir de desfrutar da história. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


Para ter aulas em grupo e discutir os assuntos do podcast, visite: https://portuguesewitheli.com/cah https://portuguesewitheli.com/cah E aqui está a transcrição para seu proveito! Quando adolescente, tive uma experiência que É VER PARA CRER. Sei que vai parecer que SOU PANCADA, mas aos dezessete anos fui ABDUZIDO. Não, não fui RAPTADO... pelo menos não por pessoas. Foi bem BIZARRO e até eu CUSTO A ACREDITAR, então entendo seu CETICISMO ao me ouvir. Mas vou te contar mesmo assim. Era madrugada. Eu estava dormindo. Do nada, acordei atordoado com UM ZUNIDO forte. De repente, senti UM FORMIGAMENTO na minha pele, vi um brilho muito forte e não consegui me mexer. Meus músculos estavam todos RETESADOS. Daí, meu corpo ficou levinho, levinho. Era como se eu pesasse TANTO QUANTO uma pena. Comecei a FLUTUAR. E logo em seguida senti que estava ESTIRADO numa mesa LISA – acho que como essas mesas de frigorífico, onde cortam a carne. Engraçado é que eu não tinha entrado em pânico... Ainda. Foi quando senti UM TOQUE VISCOSO no meu braço. Eram dedos finos e PEGAJOSOS, e ao toque pareciam LESMAS. Eu não conseguia DIVISAR ninguém com aquela luz toda. A mão me puxou, e me sentei. QUEM QUER QUE estivesse me segurando pelos braços, me ajudou a me levantar e depois me CONDUZIU para algum lugar. O chão era estranhamente duro e RUGOSO. CONTRASTAVA muito com o liso da mesa. Fui caminhando por um corredor escuro. Depois de um tempo, o chão debaixo dos meus pés foi ficando MACIO e agradável. Era como estar pisando em grama. Então meus ABDUTORES me levaram a uma mesa REPLETA DE coisas estranhas. Um deles apontou para uma coisa que parecia uma pedra. Eu ENCOSTEI na coisa. Meu dedo ROÇOU na casca. Tinha um toque áspero, como lixa d’água, mas não era dura. Eu pressionei um dedo contra ela e ela CEDEU. Então meu dedo perfurou a coisa e ela parecia ESPONJOSA por dentro, e um suco AGUADO JORROU de dentro. Tomei um susto. Mas por curiosidade, levei o dedo à boca e, minha nossa, que coisa gostosa! Tinha um sabor INDESCRITÍVEL. O ET fez um barulhinho como se estivesse satisfeito. Em seguida, me mostrou mais e fez um gesto. Então finalmente A FICHA CAIU. Queriam que eu comesse! Eram frutas do planeta deles! Comi uma planta ESCORREGADIA que caiu da minha mão três vezes. Tomei um copo de suco que era tão GORDUROSO que me dava a sensação de estar tomando uma garrafa de óleo. Ao invés de MATAR MINHA SEDE, me deixou ainda mais sedento, com a língua seca como papel. Ao cabo de algumas horas – pelo menos pareceram horas para mim –, meus captores me trouxeram de volta para minha casa. Antes de partirem, estenderam a mão para um aperto, mas eu só ACENEI. As frutas eram deliciosas e saí de barriga cheia, mas não gostava nada, nada daquele toque viscoso da mão deles. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


Eu te dou as boas-vindas a nossa nova série contínua de episódios chamada PORTUGUÊS CULTURAL. Em cada episódio nós discutimos aspectos culturais diferentes do Brasil e de outros países de fala portuguesa. Para saber mais sobre o nosso programa de educação continuada, clique no link a seguir: https://portuguesewitheli.com/plg https://portuguesewitheli.com/plg Com ele, você tem acesso às transcrições completas dos episódios de PORTUGUÊS CULTURAL e de outros episódios do nosso podcast. Hoje falamos sobre o dia dos namorados! E para saber mais: https://www.dosepublicitaria.com/2017/06/dia-dos-namorados-no-brasil-invencao-de.html --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


Para mais informações, visite meu site: https://portuguesewitheli.com https://portuguesewitheli.com/cah Aqui está o monólogo para seu proveito: Era um jantar de negócios. André, meu colega de trabalho, e eu chegamos no horário. O futuro parceiro comercial na nossa nova EMPREITADA, não. Cristiano CHEGOU COM QUASE VINTE MINUTOS DE ATRASO. André e eu NOS ENTREOLHAMOS, mas FICAMOS DE BICO FECHADO. Pensei: não é porque COMEÇAMOS COM O PÉ ESQUERDO que tenhamos de IR LADEIRA ABAIXO. Como nossa empresa havia FEITO A CORTESIA de convidar, a conta era nossa. Cristiano parece ter visto isso como UM SINAL VERDE para comer até ESTOURAR, porque ele foi logo pedindo UM PRATÃO de churrasco, um vinho da casa e um monte de PETISCOS, tudo ao mesmo tempo. André parecia horrorizado. Eu MANTIVE A COMPOSTURA. Podia estar com fome, mas não ia FAZER FEIO na frente de quem me garantiria um contrato milionário... e uma comissão gorda. Tinha de, literalmente, COMER PELAS BEIRADAS. Enquanto comíamos, apresentei com o auxílio de um tablet nossas necessidades de expansão e investimento. André apenas OLHAVA COM DESDÉM a falta de REQUINTE de nosso convidado. Cristiano ora olhava o celular, ora nos ouvia, e, entre uma garfada e outra, LAMBIA os dedos. — Cristiano, eu preciso que... — comecei a dizer, mas ele me interrompeu com UM ARROTO. André então não se aguentou. — Seu Cristiano, ISSO SÃO MODOS? O ROMPANTE de André pegou Cristiano de surpresa. — Desde que a gente chegou aqui, tudo o que o senhor faz é SE LAMBUZAR feito um porco e nos deixar de lado. Cristiano então se recuperou do susto e disse com ASPEREZA: — Não sou eu que preciso de vocês. Eita. Dei uma cotovelada em André e pedi ao Cristiano uma licencinha, porque tinha de conversar um bocadinho ali com o André. — VOCÊ PERDEU O JUÍZO? Quer IR PARA O OLHO DA RUA? — Antes o olho da rua que UM CHIQUEIRO com aquele imundo... André permaneceu irredutível. — Qual é, André? Isso aqui por um acaso é algum jantar de gala? Vambora, dá pelo menos uma chance. André ANUIU, RESIGNADO. — JÁ LAVARAM A ROUPA SUJA? — perguntou Cristiano quando voltamos. André ia preparando uma resposta, mas eu intervi. Eu também já não aguentava mais a cara daquele sujeito, mas não podia cometer nenhum DESLIZE. Na hora do brinde, o André se fingiu de ESTABANADO, derrubou a taça de vinho do Cristiano no chão na hora do brinde e ainda disse “não se preocupe, ainda dá para beber”. Naquela hora, não me aguentei e ri. Já estava tudo perdido mesmo, então que SE DANASSE a situação. Até aquele momento, tinha mantido um comportamento DISCRETO e SÓBRIO. Mas joguei tudo para o alto e decidi fazer o que bem entendesse. O resto do jantar TRANSCORREU normalmente, se é que se pode chamar aquela barbárie de normal. Fui para casa, frustradíssimo. No outro dia, recebi um e-mail do meu chefe dizendo que o novo sócio tinha ficado tão impressionado conosco que decidiu fechar o contrato ali mesmo. Fiquei EMBASBACADO. Se havia algo a aprender com aquela situação, PASSOU BATIDO POR mim. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


Find out your Portuguese level in 48 hours! Go to https://portuguesewitheli.com/assessment And here’s the monologue for your benefit! Quando eu era pequena, achava o máximo aqueles PROGRAMAS DE CALOUROS: Chacrinha, Sílvio Santos... Sonhava com OS JURADOS levantando as plaquinhas com um 10 e o apresentador ANUNCIANDO: “Marlene Silva!” Eu ia DAR UM SHOW... se tivesse chance de pelo menos participar. Mas meus pais não me deixavam... estávamos EM PLENA ditadura e tínhamos mais com o que nos preocupar. ARRANCAR aplausos de um público não era uma dessas preocupações. Mas minha sorte mudou quando minha filha nasceu. Fiquei tão orgulhosa quando, ao dar os primeiros passos, ela já começou FAZENDO BONITO: SAPATEAVA como ninguém. Comprei-lhe sapatos e disse: minha filha vai ser UMA ESTRELA. Sendo ainda tão fofa, ia CAIR NO GOSTO do público rapidinho. O treinamento foi ÁRDUO. Desde pequenininha, eu a levava para as aulas de dança e canto. Queríamos que ela ROUBASSE A CENA aonde quer que fosse. Aprendeu a cantar, dançar, FAZER MALABARISMO... Além disso, era UMA ANFITRIÃ nata: em casa, FAZIA SALA para as visitas; nos pequenos shows que dava, arrancava gargalhadas da plateia. Ela LEVAVA MUITO JEITO PARA A COISA. Mas uma boa recepção não era UNANIMIDADE. Uma vizinha minha, Aurineide, adorava me ESPEZINHAR, dizendo que eu não era mãe boa porque SUBMETIA minha filha àquele tipo de rotina. E onde é que estava o problema? Minha filha adorava O PALCO. Além do quê, sabia que a Aurineide era muito era DESPEITADA, isso sim. Ela sabia que a filha dela NÃO CHEGAVA NEM AOS PÉS da minha NO QUESITO talento. E QUAL NÃO FOI MINHA SURPRESA quando vi a Aurineide e a filha dela na banca de inscrição para o CONCURSO DE TALENTOS da cidade? Aí foi que minha filha e eu REDOBRAMOS OS ESFORÇOS. ENSAIAMOS dia e noite o número de minha filha. ORA eu fazia o papel de jurado COMOVIDO, ora de jurado indiferente, para ver como minha filha SE SAÍA. E ela TIRAVA DE LETRA todas as vezes. Até que chegou o grande dia. Minha filha foi IMPECÁVEL. A filha da Aurineide foi MEIO ASSIM, e quando terminou seu número, o público bateu palmas, mas foi meio MORNO. E aí foi que veio a surpresa. Os jurados disseram que houve empate entre minha filha e a filha da Aurineide. QUE DISPARATE! Minha filha demonstrou toda A MAESTRIA de uma verdadeira VEDETE e esses imbecis dizem que ela foi comparável com aquela SEM-GRAÇA da filha da Aurineide. Ah, mas a gente não vai deixar isso barato. Agora é VALE-TUDO. ELA VAI VER. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


Quer participar do Clube de Conversação? Visite https://portuguesewitheli.com/cah E aqui está o monólogo para seu proveito! Dizem que QUANDO UM NÃO QUER, DOIS NÃO BRIGAM. Acho que é verdade. Mas sabe, quando o negócio é gosto musical, o CALDO PODE ENTORNAR rapidinho. Tenho três amigos com quem sempre viajo. E gostamos de viajar de carro. Durante O TRAJETO, ouvimos músicas para passar o tempo, mas nunca fomos muito longe. Esse mês CALHOU de todos estarmos de férias, então FIZEMOS AS MALAS e colocamos o pé na estrada. Dos meus amigos, o único que é FÃ de bossa-nova sou eu. Júlio é AMARRADO em sertanejo. A Marina é a ROQUEIRA de plantão e o Pedro... ele adora funk. ECA, eu sei, música de má qualidade. Mas como se diz, GOSTO NÃO SE DISCUTE. Na nossa viagem, a escolha da trilha sonora foi uma discussão acalorada. Eu queria colocar os sucessos de Tom Jobim que EMBALARAM a minha juventude. A Marina disse logo que era música de velho. Ela preferia OS ACORDES da guitarra do Iron Maiden. “Que bossa-nova e rock que nada!” disse Júlio. “A gente vai ouvir é Marília Mendonça!” E o Pedro queria REQUEBRAR até o chão com funk, se desse, claro. Depois de muita FALAÇÃO, CHEGAMOS A UM MEIO-TERMO: a gente dividia a duração da viagem por quatro e o resultado seria o número de horas que cada um tocaria a música de que gosta. A primeira hora e meia foi uma tortura. Eu pensava que funk era ruim, mas sertanejo é bem pior. São uns homens com VOZ DE TAQUARA RACHADA, super DESAFINADOS, cantando músicas com letras estúpidas que EXALTAM a BEBEDEIRA e a traição. Não admirava que Júlio fosse solteiro e depressivo. Quando chegou a hora do rock da Marina, pelo menos deu para aguentar. O BATUQUE da bateria e a melodia das letras pelo menos têm mais variedade. E como cantavam em inglês, eu não fazia ideia do que diziam... e era melhor assim. E as músicas TINHAM UMA PEGADA mais dançante, que era agradável de acompanhar. Não era bom, mas APRAZÍVEL. Em seguida, foi o funk do Pedro. Gente, como é que alguém gosta daquilo? Não é querendo ESNOBAR não, mas que música de baixa qualidade! E ainda tinha uma parte que tentaram dar UM VERNIZ de sofisticação para o funk e fizeram um acústico que ficou PASSÁVEL, mas ainda assim eu não tenho saco para isso. Depois da hora e meia de tortura, finalmente tinha chegado a minha vez. Ia escutar os acordes do violão de João Gilberto e... quando começou a tocar Chega de Saudade, o Pedro bateu no meu ombro e disse: chegamos. Todos eles saíram do carro mais rápido do que um relâmpago. Eu ia sair também, mas sabe? Eu ia curtir a minha hora e meia de bossa-nova. E fiquei lá. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


For more information, please go to https://portuguesewitheli.com And here is the monologue for your benefit. Quando se é adolescente com um monte de escolhas a fazer, nunca é fácil selecionar a carreira que se vai seguir pela vida toda. Se por um lado o mundo nos oferece um mar de possibilidades, por outro nos JOGA NAS COSTAS tantas responsabilidades que, se DERMOS UM PASSO EM FALSO, podemos cair num buraco sem fundo. Uma das minhas fontes de inspiração foram meus colegas de escola. Um deles sabia desde sempre que queria ser médico. Além de ser um FÃ DE CARTEIRINHA de , ele pensava “fora da caixa” e tinha muita empatia pelas pessoas. Também tinha estômago para ver sangue. Eu não dava para isso. Se eu vejo uma gotinha de sangue QUE SEJA, DESMAIO logo. Outro sujeito VIA TUDO PRETO NO BRANCO. Para ele, PÃO ERA PÃO E QUEIJO ERA QUEIJO. Ele não lidava muito bem com ABSTRAÇÕES filosóficas, então foi estudar engenharia. Minha escolha ficou entre a razão e a emoção: eu não era muito ruim com números, mas TAMPOUCO era um MACHADO DE ASSIS. Se escolhesse algo de Humanas, sabia que tinha pela frente um verdadeiro CALVÁRIO financeiro. Se escolhesse algo de Exatas, QUEBRARIA MUITO A CABEÇA no começo, pois só de imaginar meu pensamento já ficava todo EMARANHADO. Mas a recompensa financeira poderia ser útil para me FIRMAR na vida no futuro. Escolhi Exatas. No primeiro semestre do curso foi UM DESENGANO. Meus colegas falavam de funções bijetoras e de cosseno e SEI LÁ MAIS O QUÊ e eu ficava MAIS PERDIDO QUE CACHORRO EM DIA DE MUDANÇA. Quando olhava para aquelas funções na LOUSA, minha vista ficava TURVA e eu começava a suar frio. Até entrei para um grupo de estudos, mas o pessoal ERA MUITO FERA em matemática e não tinham muita paciência com principiantes. Meu desespero chegou ao auge quando FUI DESIGNADO para apresentar um seminário sobre teoria dos Grafos e suas aplicações. Passei horas DEVORANDO LIVROS e mais livros, mas nada entrava na minha cabeça. No fim, fui apresentar com os PARCOS conhecimentos que tinha adquirido. Na hora da apresentação, não conseguia CONCATENAR minhas falas. ESTAVA ME BORRANDO todo de vergonha. Todo mundo me olhava cheio de esperança e eu ali, DEIXANDO TODOS NA EXPECTATIVA. No fim, respirei fundo e decidi: se já estava no inferno, que abraçasse o capeta. Comecei a enrolar e enrolar e no fim da apresentação um professor veio TROCAR UM LERO comigo. “Você já pensou em CURSAR filosofia? Você discute abstrações muito bem!” E foi assim que me vi matriculado em filosofia. Agora me sinto entre iguais. Porém, continuo a calcular... mas dessa vez, calculo as probabilidades de arranjar um emprego depois de me formar. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


For conversation classes with likeminded individuals who are learning Portuguese and chattinga lot, visit: https://portuguesewitheli.com/cah And here is the monologue for your benefit: Dizem que brasileiro nunca chega na hora... mas mais difícil que chegar na hora, para mim está sendo encontrar essa hora. Veja bem. Há alguns meses, percebi que precisava de TERAPIA. Sabe, a vida andava tão ESPINHOSA que precisava de alguém com quem DESABAFAR. Depois de muita PROCURA, encontrei uma PSICÓLOGA especialista em comportamento que poderia me ajudar. Tentei RESERVAR uma hora para A TRIAGEM com ela, mas a secretária pegou e me disse que a psicóloga estava com a AGENDA LOTADA até o mês seguinte. Será que eu teria disponibilidade para esperar? Teria, teria sim. Quando foi no dia ANTERIOR à consulta, a psicóloga EM PESSOA me telefonou e disse que infelizmente tinha UM COMPROMISSO INADIÁVEL no dia seguinte e que ia ter de REAGENDAR a consulta pela qual esperei um mês. BUFEI e bufei, mas, fazer o quê? Eu ESTAVA DE MÃOS ATADAS. Perguntei para quando ela TINHA VAGA e ela me pediu um minutinho, só para DAR UMA ESPIADA na agenda. Tinha como me ENCAIXAR na outra semana, será que eu estaria disposto? Estava, estava sim. Chegando o dia, foi a minha vez de ser FURÃO. Acabou que eu tinha me esquecido de que tinha UM ENCONTRO naquele dia e já fazia tanto tempo que eu estava ENCALHADO que era melhor DAR UM BOLO na doutora que na PRETENDENTE. Liguei para o consultório, inventei uma DESCULPINHA BOBA e perguntei se ainda havia a possibilidade de REMARCAR, ao que a secretária, AUDIVELMENTE CONTRARIADA, disse que “a doutora está com a agenda cheia, só se atende com MARCAÇÃO PRÉVIA” e tal e tal. Depois desse PEGA-PEGA telefônico, conseguimos enfim CONCILIAR nossos horários. No dia da consulta, cheguei PONTUALMENTE no HORÁRIO MARCADO. Na PAUTA do dia só havia reclamações. Chorei largado, falei de tudo o que me ANGUSTIAVA e a doutora me ouviu COMPENETRADA. FINDOS vinte minutos, ela me disse que já tinha do que precisava, trocamos um aperto de mãos e fui eu para o meu lado e ela para o dela, mas não sem antes que ela me dissesse: “agora o senhor pode agendar O RETORNO com a menina da recepção”. E já faz duas semanas que estou tentando marcar esse retorno. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


If youd like to join us in our weekly conversations, please visit https://portuguesewitheli.com/cah https://portuguesewitheli.com/cah. And here is the monologue for your benefit. Sei que vai ficar parecendo uma reunião do AA, mas, oi, bom dia, sou o Luís e estou há cinco meses sem usar o cartão de crédito. Minha história com o cartão começou ainda na universidade. Na época, eu estudava sociologia e não tinha nenhuma preocupação financeira. Na verdade, o único APERTO que passava era na hora de subir no ônibus. Então levava uma vidinha boa. Não comprava tudo o que queria, mas tinha tudo de que precisava. Mas como se sabe, o cão está sempre À ESPREITA, para DESVIRTUAR as ovelhas do Senhor. Um dia eu estava PASSEANDO no shopping quando uma dessas moças que vendem cartão de crédito me ABORDOU. “O senhor já tem cartão?” Respondi que não, que era apenas um universitário e não tinha renda. Ela sorriu e disse: “Mas o senhor tem CRÉDITO PRÉ-APROVADO conosco! Só precisa me informar uns dados e vai ter um cartão novinho sem ANUIDADE no primeiro ano.” Pensei: que mal tem? Não ia gastar em muita coisa. Só precisava para uns livros e um cineminha AQUI E ALI. Então acabei cedendo e fiz o cartão. O limite que me deram era de três vezes o salário-mínimo. Três vezes! Você sabe o que é isso na mão de um jovem INCONSEQUENTE de 19 anos? Era um convite para A RUÍNA! Jurei para mim mesmo que não o usaria, mas, sabe, quando saiu o novo modelo do iPhone no mercado, todos os meus amigos o tinham. Eu sabia que não precisava, mas podia PARCELAR em 24 suaves prestações... e CAÍ NA TENTAÇÃO de o fazer. Ai, SE ARREPENDIMENTO MATASSE... As três primeiras faturas, paguei antes do VENCIMENTO. O banco TOMOU ESSE ATO POR uma capacidade de pagamento maior e me deu mais LIMITE. Me segurei como pude, mas, sabe como é, né? Antes, com os cartões que tinham CHIP, ainda era necessário inserir o cartão na máquina, mas agora com esses de APROXIMAÇÃO... tudo ficou tão fácil. Se dava vontade de tomar sorvete, passava o cartão. Ih, uma visita INESPERADA? Passa o cartão. Está faltando roupa para a festa? Passa o cartão. E fui passando e passando até que bum! ESTOUREI O LIMITE pela primeira vez. O cartão foi bloqueado. Foi UMA MISÉRIA. Comecei a pagar só O MÍNIMO todo mês. Entrei no ROTATIVO. E todo mês era mais e mais que tinha de pagar. Virou UMA BOLA DE NEVE. No fim, tive de TRANCAR a faculdade, conseguir um emprego ÀS PRESSAS, fazer outras coisas POR FORA e quebrar meu cartão, para não FRAQUEJAR outra vez. Agora ESTOU EMPENHADO EM LIMPAR MEU NOME e nunca mais contar com esse “FIEL ESCUDEIRO”, o cartão de crédito. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


Do you want to join us in our weekly conversations? No long-term commitments, no contracts, just drop by and join us: https://portuguesewitheli.com/cah And here is the monologue for your benefit! Pelo que me contavam, minha avó era uma pessoa FRUGAL. E como dizem que “FILHO DE PEIXE, PEIXINHO É”, era de se esperar que A CRIA dela saísse TAL QUAL A FORMA. E em parte, saiu sim. Tem o caso da minha mãe e do meu tio. Minha mãe sempre foi GASTADEIRA, mas ela também tinha sorte porque ganhava dinheiro muito rápido. Ela se virava como podia e, graças a Deus, nunca faltou nada na nossa mesa. Já na mesa do meu tio... faltava, mas não era por CARÊNCIA não. Era por AVAREZA. Meu tio era tão econômico que, se você lhe desse um punhado de sabão em pó e pedisse que ele mergulhasse no mar, o sabão em pó saía seco. Na casa de meu tio, a televisão ainda é daquelas de tubo. Ele a comprou no final da década de 1990. TODA VIDA QUE a TV DAVA DEFEITO, ele ia lá e fazia algum conserto. Até que a TV virou um Frankenstein: era parte de um, pedaço de outro... mesmo quando TIRARAM O SINAL ANALÓGICO DE CIRCULAÇÃO, meu tio disse que não ia trocar de TV. Comprou um adaptador DE SEGUNDA MÃO. A recepção era horrível e o sinal só PEGAVA UMA VEZ PERDIDA. Mas quando pega, ele sorri triunfante e diz: “viu? Ela ainda tá NOVINHA EM FOLHA”. Quanto ao carro que ele dirige, é uma LATA VELHA da qual ele NÃO ABRE MÃO. É possível saber que meu tio vem chegando de carro a uns quinhentos metros, porque o motor daquela VELHARIA SOLTA cada PAPOCO que é de pensar que é um TIROTEIO. Um carro popular não é nem quinze mil reais, mas meu tio é tão APEGADO ao dinheiro dele que, se lhe oferecessem um veículo por um real, ele ainda pedia desconto. Além disso, meu tio tem outros hábitos deploráveis. Uma vez fui lavar as mãos no LAVABO da casa dele e percebi que o sabonete era todo coloridinho. Achei engraçado, mas quando fui examinar, vi que eram vários restos de sabonetes grudados uns nos outros. Senti REPULSA. Lavei minha mão só com água mesmo. Sabe lá onde aqueles sabonetes tinham andado? No banheiro dele tem um balde. Quando uma visita vai tomar banho, ele grita do lado de fora do banheiro: “tome banho em cima do balde e use a água para a descarga!” Diz ele que era por que a descarga estava DEFEITUOSA, mas a verdade era que ele era muito SOVINA e queria REAPROVEITAR a água. Mas o auge foi mesmo no Natal do ano passado. Ele convidou todo mundo para a ceia de Natal na casa dele. No convite, ele disse que cada convidado trouxesse um prato feito e talheres e um rolo de PAPEL HIGIÊNICO. Disse que era POR EDUCAÇÃO, porque com A FARTURA de comida que esperava ter, muito provavelmente o banheiro seria usado com frequência. E dado que os mercados perto de sua casa não tinham mais papel, era bom levar. Depois da festa, o filho da mãe ESTOCOU papel para durar um ano. É POR ESSAS E OUTRAS QUE não gosto do meu tio, mas tenho de admitir – a estratégia dele parece dar certo. Minha mãe só tem uma casa E OLHE LÁ. Meu tio? Quarenta casas, e ainda empresta dinheiro a juros. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


For lessons, please go to https://portuguesewitheli.com De vez em quando o pessoal aparece com UMAS MODAS que, vou te contar, viu? Recentemente me disseram que eu tinha ludomania. Ludomania? Aí me explicaram: é vício em JOGO. Viciado, eu? Toda sexta-feira, depois do expediente, a gente JUNTAVA a turma toda para TOMAR UMAS e jogar UMA PARTIDINHA de jogos de BARALHO. Tinha aposta, mas não era nada de FAZER CAIR O QUEIXO. No máximo, todo mundo contribuía com UNS TROCADOS para O BOLO, e ninguém era obrigado a apostar. Como era um pouquinho COMPETITIVO, sempre apostava. Quando ganhava, era uma alegria só. E eu ganhava muito porque sabia BLEFAR e FAZER CARA DE PAISAGEM. Com frequência, conseguia VIRAR O JOGO. Ganhei tanta confiança no meu jogo que podia CANTAR VITÓRIA antes do tempo e não me preocupar. Aí o pessoal foi saindo da nossa mesa, porque diziam: ah, o Arnaldo não sabe jogar. Quem não sabia jogar eram eles. Eles TEMIAM jogar comigo porque sabiam que eu era PROFISSA, TÁ LIGADO? Até que chegou uma nova funcionária na nossa mesa – a Carla. Carla tinha começado com AS CARTELAS de BINGO e JOGO DO BICHO. Mas virou mestra em PÔQUER. Fiquei ENCAFIFADO... como era possível uma mulher ser tão boa jogadora? Eu a DESAFIEI para uma partida de buraco e ela disse que não jogava jogo de criança. Que tal UM AMISTOSO de pôquer? Aceitei, mas perdi. Não entendia de pôquer e estava passando por uma MARÉ DE AZAR. Mas não ia DEIXAR BARATO. Comprei cursos, livros, tudo o que tinha a ver com JOGOS DE AZAR... até paguei um coach para me ajudar a APRIMORAR minha JOGATINA. Quando senti que tinha atingido o nível que ALMEJAVA, decidi desafiá-la para uma REVANCHE. COLOQUEI TODAS AS MINHAS FICHAS naquela partida: apostei o meu salário do mês. A Carla não TITUBEOU. Ela aceitou a proposta NO ATO. Todo mundo da empresa apareceu. Começamos a jogar. Até que no final, percebi que A VITÓRIA ESTAVA NO PAPO. Era impossível perder. Dava para ver nos olhos dela que ela estava desesperada. Eu estava preparado para BATER com o Straight Flush, mas no final, SOFRI UM REVÉS: ela apareceu com um Royal flush. Fui DERROTADO. Todo mundo na mesa VIBROU com a vitória da Carla. Eu FIQUEI COM A CARA NO CHÃO. Agora tinha perdido meu salário. Comecei a chorar. A sorte foi que a Carla LEVOU TUDO NA BOA. Ela disse que não precisava do meu salário. Só queria me mostrar que eu devia me controlar e não ser tão viciado. Disse que eu tinha ludomania. Eu, viciado em jogo? IMAGINA! Eu sempre soube a hora de parar. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


For the assessment, please follow this link: https://portuguesewitheli.com/assessment https://portuguesewitheli.com/assessment Tem gente que NUTRE UM SAUDOSISMO exagerado pelo passado... e eu sou uma dessas pessoas. Sabe, antigamente eu adorava fazer compras pelo telefone. Tinha um canal na televisão que passava TELEVENDAS de madrugada. E como eu passava noites e noites E SEM PREGAR O OLHO, acabava assistindo aquela maravilha. Via tantas BUGIGANGAS que PROMETIAM MUNDOS E FUNDOS e ficava encantado. Eu precisava daquilo tudo. Lembro que uma vez comprei um ESPREMEDOR de frutas elétrico. Chegou numa caixa enorme. Era UM TRAMBOLHO deste tamanho que prometia fazer um suco em menos de dez segundos. E, de fato, em menos de dez segundos tinha suco pela casa toda. Ele ESPIRRAVA suco para todo lado e fazia uma barulheira infernal. Tremia como se estivesse POSSESSO e, apesar de não parecer QUEBRADIÇO, SE DESFEZ todo na primeira vez que SE ESPATIFOU no chão. Depois foi a vez de UM ASPIRADOR DE PÓ. Quando desliguei o telefone, fiquei tão orgulhoso – era o primeiro vizinho que abandonava aquelas vassouras antiquadas por um aspirador. Na primeira vez que fui aspirar, não consegui controlar bem A MANGUEIRA e acabei batendo no vaso da sala. O vaso caiu no chão e SE ESTILHAÇOU todo. Eu fiquei desesperado – o vaso tinha sido da minha avó – e, NO EMBALO, acabei pisando num CACO, furando meu pé, caindo no chão e ME ESTROPIANDO todo. Depois do primeiro uso, porém, o aspirador funcionou QUE FOI UMA BELEZA e só QUEIMOU porque houve um curto-circuito. Mas ERA TOP DE LINHA. Pena que nunca encontrei outro no mercado... Hoje em dia, porém, não tem mais graça. Antigamente eu sentia a emoção de tirar o telefone do gancho, ouvir o sinal de chamada, discar o número, esperar o atendente do outro lado e ficar “oi, alô, tá me ouvindo? Pode repetir, POR GENTILEZA?” e, dias depois, às vezes semanas, receber o produto em casa. Tudo bem que eu acumulei muita TRALHA assim, tudo CAÍA AOS PEDAÇOS depois do primeiro mês de uso, mas era divertido. Podiam ser produtos VAGABUNDOS, mas tinham personalidade. Hoje, então? Liga-se o computador, INSERE-se os dados do cartão e clica-se em “confirmar”. Pronto. No outro dia, o produto chega na sua casa. Se ele tiver com algum DEFEITO, a empresa não demora nem um dia para RESSARCIR o dinheiro. A publicidade hoje não é mais enganosa como antigamente. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


To know what your level is, please go to https://portuguesewitheli.com/assessment Me mudei para essa cidade porque não gostava do CLIMA da minha TERRA NATAL. Era muito fria e DESOLADA e na época do inverno ficava FEIA DE DAR DÓ. Me diziam que eu é que era FRIORENTO, mas nunca concordei com essa AFIRMAÇÃO. Na cidade nova, ah, aqui ERA EXATAMENTE DO JEITO QUE PEDI A DEUS. Uma temperatura MODERADA, com sol o ano todo, o vento SOPRANDO para ABRANDAR o calor que PORVENTURA aumentasse... e o melhor é que, como não precisava de CALEFAÇÃO, ainda economizava UMA DINHEIRAMA. Joguei pulôveres, suéteres e casacos todos fora. E fiz bem, mas não esperava o que ia acontecer em apenas UMA DÉCADA. Primeiro foram os dias sem vento. O calor só era SUPORTÁVEL porque o vento AMENIZAVA O CALORÃO do dia a dia. Sem a ventania PERENE, o dia ficava UMA BRASA. Eu comecei a SUAR mais e, por consequência, usar menos roupa, até o ponto de não conseguir mais usar uma camisa dentro de casa. Depois as chuvas atípicas. Era só UM CHUVISCO que caía no meio da tarde. Depois o céu abria e pronto: O MORMAÇO subia e A QUENTURA ficava daquele jeito o dia todo. Era SUFOCANTE. Sair quando O SOL ESTAVA A PINO era UMA SENTENÇA DE MORTE. O sol esquentava OS MIOLOS e a pessoa tinha UMA INSOLAÇÃO se não saísse logo da rua e fosse para a sombra. E ainda assim era difícil! Agora, toda vantagem que ganhei vindo para cá SE FOI. Não sei se por conta do aquecimento global ou se CASTIGO divino, mas agora estou sempre cheio de BROTOEJAS, fico SUADO FEITO PORCO, comprei um ar-condicionado e não vivo sem meu LEQUE para me ABANAR por aí. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


If you’d like to join us in the conversation club, please visit: https://portuguesewitheli.com/cah for more information. And here is the monologue for your benefit. Ah, a poesia, o romance e o amor são coisas boas, não são? Para mim, sim, são, e mesmo com OS CONTRATEMPOS e OS PERCALÇOS de que vou falar, ainda sou um amante PERDIDAMENTE APAIXONADO e sempre vou ser. No mês passado, vi que contrataram uma nova menina para o departamento de vendas. Seu nome? Era um nome ANGELICAL: ela se chamava Muriel – adorava o efeito AVASSALADOR daquele nomezinho DIMINUTO na minha cabeça, o suave redondo dos lábios abrindo-se para dar vez a um toque nos dentes com a ponta da língua, indo FINDAR-SE num biquinho mais lindo com o “éu”. Mu-ri-el. Ai, ai, estou pronto para FAZER JURAS DE AMOR por aquela MUSA que me DEIXOU CAIDINHO por ela. Vê-la passar de manhã com seu rostinho INCHADO de sono para o departamento de vendas, APANHAR o telefone com um desgosto INCOMENSURÁVEL, falar com aquela voz ANASALADA que AMOLARIA mesmo a mais paciente das FONOAUDIÓLOGAS... tudo é tão bonitinho que meu CORAÇÃO MOLE não aguenta vê-la sofrer nesta empresa. Mas o que posso fazer? Já não é mais DE BOM TOM FAZER UMA SERENATA diante da janela, e ABRIR MEU CORAÇÃO para ela nesta empresa, neste ambiente? Não assim, NA CARA DURA. Iam dizer que eu ESTAVA BOTANDO AS GARRINHAS DE FORA, e a última coisa que quero agora é chamar atenção para mim – preciso desse emprego. Então, qual seria a solução? Ora, eu tenho alguns poemas inacabados que poderia aproveitar. E foi exatamente isso que fiz. Não eram poemas do tipo “batatinha quando nasce” nem “ó, meu amor”. Eram menos CHINFRINS que isso. OUSO dizer que eram até bons – não no nível de um Vinícius de Moraes, mas quase. Os meus não são tão AÇUCARADOS quanto os dele, apesar de serem MEIGOS... meigos como a Muriel. Bom, mesmo todo poeta que ANDA NAS NUVENS tem que COLOCAR OS PÉS NO CHÃO de vez em quando. Fiz isso. Como sabia que ela se chamava Muriel e era do departamento de vendas, sabia que ela tinha um e-mail. Fui caçar no diretório da empresa e NÃO DEU OUTRA: achei o que queria. Enviei um e-mail para ela com meu poema. Meu poema não dizia nesses termos IGNÓBEIS, mas caso ela estivesse disposta a TRAVAR UMA AMIZADE COLORIDA comigo, EU ESTARIA DENTRO. Prepararia nosso NINHO DE AMOR e a chamaria de “AMORECO” pelo resto da vida. Como era tímida, a minha querida Muriel! Ficou uma semana sem responder. E pensei: nossa, que tímida. Acho que é hora de uma abordagem mais direta. E quando cheguei nela e lhe perguntei do e-mail que lhe tinha enviado, ela me olhou confusa: que e-mail? E eu DESEMBUCHEI tudo. Ela começou a rir e gritou: “ô, Muriel, aqui está o seu admirador.” Um rapaz se levantou e disse: “Oi, tudo bem? Eu sou o Muriel do FATURAMENTO. Seus poemas até são bonitinhos, mas já sou comprometido. Fica para uma outra, tá?” Desde então, continuo um verdadeiro apaixonado, mas FICO SEMPRE NA MINHA. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


If you’d like to join us in the conversation club, please visit: https://portuguesewitheli.com/cah https://portuguesewitheli.com/cah for more information. And here is the monologue for your benefit. Dizem que PEIXE MORRE PELA BOCA e eu acho que é verdade, sabe? Quando era criança, minha mãe me ensinou da pior maneira que a gente PAGA PELA LÍNGUA. Se a gente comete um errinho bobo de chamar alguém de algum NOME FEIO, ora, ora, a punição vem NA HORA. E sofri muito porque infelizmente sou muito DESBOCADO. Não adianta eu querer me segurar – quando VOU DAR FÉ, já disse besteira. Por isso, aprendi que, quando FAÇO ALGUMA CAGADA, tenho que ASSUMIR A CULPA e PEDIR DESCULPAS. A pior parte é que sempre ARCO COM AS CONSEQUÊNCIAS, e nem sempre elas são as melhores. Uma vez eu estava no BARZINHO com os meus amigos. Na hora de ir embora, o garçom trouxe a conta. A gente tinha combinado de RACHAR a conta, mas, mesmo dividindo por igual, estava dando um valor EXORBITANTE para cada um. Meus amigos ficaram MEIO SEM JEITO, e sem querer ESCAPULIU da minha boca: “Eita, por esse preço, eu queria pelo menos um B****TE.” SE ARREPENDIMENTO MATASSE... o garçom ficou todo errado e eu ME DESMANCHEI EM DESCULPAS. Claro, tinha sido só uma brincadeira, mas por causa do meu PALAVREADO CHULO, todo mundo ficou constrangido. “FOI MAL AÍ, PATRÃO. É que eu estou um pouquinho EMBRIAGADO, mas juro que de novo não acontece.” Na outra, num jantar de família, entre vinhos e carnes, minha tia perguntou se eu não ia me casar um dia. Com a idade que eu estava, logo ninguém ia mais me querer. Que velha ABUSADA! Não disse para ela que eu tinha uma namorada. Podia ter dito? Podia. Mas não disse. Na verdade, devolvi NA MESMA MOEDA. “E com que idade é que a senhora vai TOMAR VERGONHA NA CARA? Se continuar morando na casa dos meus avós, vão pensar que a senhora é uma vagabunda.” Foi UM ALARIDO grande. Minha mãe deu um grito comigo, meus avós deram uma gargalhada, o cachorro latiu, o gato correu e eu pensei: “só falei verdades”, mas uma parte de mim sabia que tinha sido errado. Por isso, eu disse: “Tá, tá, tudo bem, RETIRO O QUE EU DISSE. Desculpe, tia. Foi idiota e IMPENSADO da minha parte.” Ainda bem que minha tia DEIXOU PARA LÁ. Se ela tivesse feito briga, a gente tinha perdido aquele excelente churrasco. Depois dessas MANCADAS, resolvi procurar um psicólogo. Nunca tinha pensado por esse lado, mas talvez eu tivesse algum TRANSTORNO e não conseguisse me controlar... --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


If you’d like to join us in the conversation club, please visit: https://portuguesewitheli.com/cah for more information. And here is the monologue for your benefit. Minha esposa sempre adorou UMAS DRS, mas eu fugia disso COMO O DIABO FOGE DA CRUZ. Sei que a gente tem que discutir a relação de vez em quando para COLOCAR OS PINGOS NOS “I”S e PASSAR TUDO A LIMPO, mas eu nunca fui muito de FILOSOFAR. Prefiro VIVENCIAR: depois, se eu tiver algo a dizer, digo. Mas minha esposa, não. Com ela, tudo tem que ser MINUCIOSAMENTE analisado. E agora que a gente está DOBRANDO A ESQUINA dos sete anos, ela deu para ficar muito mais RESSABIADA. Acontece uma coisinha de nada e ela já quer se sentar à mesa, COLOCAR NOSSAS QUESTÕES EM PRATOS LIMPOS e, se eu DOU UM PASSO EM FALSO, ela vai logo ameaçando TERMINAR o relacionamento. Bom, nunca fui o cara mais romântico, mas tentei dar um jeito nisso. Comecei a mandar flores para minha esposa. Comprei o chocolate predileto dela. Até fui deixar o café na BANDEJA para ela na cama. Ela FICOU LOGO DE ORELHA EM PÉ. “Tá tendo caso?” foi a pergunta dela. “Porque homem para agir assim só quando tem outra.” Eu fiquei pensando: nossa, ela achava que eu podia ser INFIEL, mas ela era quem tinha fama de NAMORADEIRA. Além do mais, sempre fui da opinião de que se for para ter ADULTÉRIO num casamento, melhor é se SEPARAR logo. Não vale a pena O DESGASTE. Depois daquele BALDE DE ÁGUA FRIA, pensei que podia fazer algo para REACENDER a paixão de nossa relação. Quando conheci minha esposa, ela era FOGOSA e EU NÃO FICAVA ATRÁS. E uma coisa que a gente tinha era a ESPONTANEIDADE. Daí, resolvi ser espontâneo e dei um presente para ela em junho, para comemorar o Dia dos Namorados. Sabe o que ela me disse? “Está vendo? Você nunca ligou mesmo para nossa VIDA CONJUGAL. Nosso aniversário de casamento é só mês que vem!” Não adiantou eu tentar explicar que era presente de Dia dos Namorados. Ela me deixou FALANDO COM AS PAREDES. Viu só? Eu tentando aqui FAZER MÉDIA com A PATROA e a desgraçada ainda vem com desconfiança para cima de mim. Quer saber de uma coisa? Acho que essa tal crise dos sete anos é verdade mesmo. Antes a gente não estava em crise, mas agora a gente está. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


Para participar do Clube de Conversação, visite https://portuguesewitheli.com/cah https://portuguesewitheli.com/cah And here is the monologue for your benefit: Não sou muito de FAZER POUCO das CRENÇAS dos outros. Com essa vida difícil que a gente leva, tem mais é que FAZER O QUE DÁ NA TELHA. Daqui a pouco a gente JÁ ERA e o que é que sobrou? Ninguém leva nada para O CAIXÃO, não é verdade? Não sou de FAZER POUCO CASO do que os outros acreditam, mas... tem coisa que passa dos limites. A FAXINEIRA que trabalha na minha casa, a Elisângela, sempre foi muito TRABALHADEIRA e INCANSÁVEL, mas, de uns tempos para cá, anda se metendo com uns negócios ENIGMÁTICOS... Feng Shui do Chapéu Preto ou coisa assim. Ela me falou que agora DARIA UMA REPAGINADA na configuração da minha casa. Segundo seus novos estudos, o fluxo de energia estava totalmente EM DESACORDO. Por isso que na minha vida tudo IA DE MAL A PIOR (olha A INSOLÊNCIA! Só não falo nada porque considero ela PACAS). Ela resolveu começar pelo meu quarto. Queria REVITALIZAR a ordem diante do caos que REINAVA ali — não era um caos, era uma bagunça calculada, porque eu sabia onde estava tudo. Ela disse que a cama estava TAMPANDO o fluxo de energia e colocou ela na frente do guarda-roupa, formando UMA BARRICADA, SUPOSTAMENTE liberando o fluxo. Agora, para pegar minhas coisas na parte de cima do guarda-roupa, precisava TREPAR na janela se não quisesse subir na cama. Depois, quem entrou na dança foi a sala de estar. Ela teve a ideia de redecorar o ambiente e moveu o RACK da TV para trás do sofá, e o sofá ficou ENCARANDO a parede. A MESINHA DE CENTRO, OUTRORA o charme da sala, foi para o canto, e O APARADOR que ABRIGAVA as bebidas foi parar na cozinha. A MESA LATERAL, onde ficava O ABAJUR, foi retirada – ela “chamava coisa ruim” – e no lugar ela colocou UMA BANQUETA que dizia ser UM AMULETO. O abajur foi para o corredor, e ela mandou eu comprar UNS PUFES para “equilibrar” o da sala. A poltrona também VAZOU – não sei o que ela fez com esse móvel, mas no lugar onde a poltrona ficava, ela pôs uma cadeira CAPENGA que precisa de UM CALÇO para não ficar BAMBA. E sabe o que ela ainda me fez? POSICIONOU A ESPREGUIÇADEIRA da varanda na cozinha, perto da geladeira, porque ia ser melhor para mim. A cozinha nem era tão ESPAÇOSA e ainda era abafada. Eu perguntei: “Elisângela, e eu vou ficar olhando para a geladeira quando quiser descansar? Que ideia mais DESCABIDA!” Ao que ela me retorquiu: “Se eu tivesse uma geladeira em casa, ia querer ficar olhando pra ela o dia todo.” E foi nesse momento que entendi aquele FUZUÊ todo e decidi DAR UM AUMENTO para a Elisângela. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


Para participar do Clube de Conversação, visite https://portuguesewitheli.com/cah https://portuguesewitheli.com/cah And here is the monologue for your benefit: O Pablo sempre morou com a mãe e ela IDOLATRAVA aquele cara. Fazia tudo para ele: levava a comidinha onde ele estivesse, entrava no quarto dele para procurar roupa ENCARDIDA e MANCHADA para lavar, passava a roupa e ainda fazia a manutenção do FERRO DE PASSAR... aquela mulher era UMA SANTA. Imagina que até mesmo as cuecas FREADAS que o DESGRAÇADO ATIRAVA no chão depois de voltar do futebol ela lavava. Nem para colocar as roupas no cesto... Até que um dia a mãe do Pablo DEU A VOLTA POR CIMA. Ela se casou de novo, dessa vez com um viúvo TARIMBADO que sentiu o cheiro de VAGABUNDAGEM de longe. Pablo ficou ATORMENTADO. Arranjou TRETA com o padrasto e, COAGIDA a escolher, a mãe resolveu EXPULSAR o filho: afinal, ele tinha trinta anos, ela setenta: ela estava mais perto de BATER AS BOTAS do que ele e tinha que aproveitar o tempo que lhe restava. Pablo teve de SE VIRAR sozinho. E não deu muito certo. Veja só. Todo mundo sabe que, para a roupa ficar CHEIROSA e MACIA, tem que usar AMACIANTE. Antes de colocar a roupa na máquina de lavar, tem que separar a roupa colorida da branca. E para tirar mancha pesada de roupa branca, O ALVEJANTE é o melhor ALIADO... Tem gente que usa água sanitária no lugar – o que, NA MINHA CONCEPÇÃO, é arriscado, porque se uma gotinha disso cair numa roupa colorida, ela DESBOTA e você perde a peça. Na primeira lavagem, o que é que o Pablo faz? DESPEJA meio litro de “Qboa” numa TROUXA de roupa e ainda mete SABÃO EM PÓ. Resultado: ficou parecendo roupa de circo; camisa branca ficou rosa, camisa rosa ficou branca e foi uma CALAMIDADE. Também tem roupa que tem que lavar à mão, e roupa que não pode secar ao sol. Uma vez entrei na ÁREA DE SERVIÇO da casa do Pablo e não vi SECADORA, então ia ter que usar O VARAL mesmo. No dia que estive lá, as roupas estavam no varal, mas nenhuma tinha PRENDEDOR. Resultado: bateu um vento, DERRUBOU tudo no chão de terra e precisou lavar de novo. Por fim, Pablo resolveu comprar uma secadora para não ter esse problema. Como queria usar as roupas logo (tinha uma festa), aumentou a temperatura o quanto pôde e PIMBA! As camisetas encolheram e viraram BABY-LOOK! Agora que a tragédia estava feita, Pablo resolveu ENTREGAR OS PONTOS: procurou uma lavadeira na vizinhança e lhe pagou UMA NOTA PRETA. Se não podia ter uma mãe de graça, pagaria pelo privilégio. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


We're back to our regular weekly schedule! --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


Eu te dou as boas-vindas a nossa nova série contínua de episódios chamada PORTUGUÊS CULTURAL. Em cada episódio nós discutimos aspectos culturais diferentes do Brasil e de outros países de fala portuguesa. Para saber mais sobre o nosso programa de educação continuada, clique no link a seguir: https://portuguesewitheli.com/plg Com ele, você tem acesso às transcrições completas dos episódios de PORTUGUÊS CULTURAL e de outros episódios do nosso podcast. No nosso episódio de hoje, falamos sobre o São João. Essa festa típica do Brasil, especialmente do nordeste brasileiro, está para acontecer já no mês de junho. Se prepare! As citações mencionadas no texto são de Sola no Mundo: https://solanomundo.com.br/a-fogueira-em-yaathe/ “A fogueira são os homens, as mulheres, as crianças e os anciões. Somos toda a base de um só elemento que transmite uma força para toda a aldeia. Os índios mais velhos têm mais conhecimento, mas precisam dos índios mais novos, para realizar as coisas. Somos todos, a nosso modo, uma força só.” “A madeira são os homens, que dão estrutura à aldeia. As mulheres são o fogo, que se unem a eles. Já as cinzas, são anciões, que não precisam fazer nada, mas tem a função vital de manter a chama acesa. Ah, e essa fumaça, que incomoda seus olhos…é ela que leva todos os pensamentos dos que fazem parte dessa roda para o grande espírito.” As músicas das vinhetas foram retiradas do YouTube e são tradicionais no Brasil. Se for o detentor dos direitos autorais, por favor, entre em contato caso queira que eu as retire. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


To join the conversation club, please go to https://portuguesewitheli.com/cah https://portuguesewitheli.com/cah Talvez eu não seja o melhor dos maridos, mas TAMPOUCO sou um dos piores. NÃO QUE EU SEJA essas mil maravilhas – sei dos meus DEFEITOS e tento SANÁ-los, mas tem vez que é difícil ARRANCAR O MAL PELA RAIZ. Veja só a minha relação com minha esposa. Ela acredita numa coisa chamada “TERAPIA DE VAREJO”. Confesso para você que para mim esse termo é INÉDITO; é que eu sou DAS ANTIGAS e essas coisas modernas de gente jovem sempre me ESCAPAM. Mas, voltando ao assunto, essa “terapia de varejo” nada mais é que aquela EXTRAVAGÂNCIA de ir a uma BUTIQUE, encher O SACOLÃO de roupas sem nem ir ao PROVADOR e depois PASSAR TUDO NO CARTÃO. Eu bem que aceitaria ESSE DESBARATO – com essa VIDA DE CÃO que a gente leva, A GENTE TEM QUE FAZER COMO DISSE A MARTA SUPLICY –, mas é que a gente já está numa situação RUÇA. Mais um pouquinho e a gente FICA NO FUNDO DO POÇO. Minha esposa reclama, diz que eu estou “CERCEANDO” a liberdade dela usar o dinheiro da casa. Concordo, mas O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER. Bom, depois da última, porém, vi que ela ficou COMBALIDA e resolvi VER A QUESTÃO PELO LADO DELA. Talvez houvesse alguma coisa que eu não entendesse muito bem. Quem sabe eu até VISSE ALGUMA GRAÇA na CAÇA AO TESOURO nas VITRINES das lojas do shopping? Fui lá, com um daqueles sacolões que minha esposa leva para as compras e, em vez de me deixar ser acossado por um vendedor, fui lá e ACOSSEI o primeiro que vi, em busca de dicas para escolher uma roupa que ME CAÍSSE BEM. O vendedor parecia APREENSIVO – não é todo dia que aparecia um homem de MEIA-IDADE, CARECA E BIGODUDO tão ávido por fazer compras –, mas mesmo assim me ajudou a escolher as roupas dos CABIDES e a experimentá-las. No final de um dia longo de compras, me dei conta da EUFORIA que era comprar VESTUÁRIO. E desde então, minha esposa é quem tem que me segurar, SENÃO vou à loja e compro tudo. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


If youd like to know more about the Conversation Club After Hours, please follow this link: https://portuguesewitheli.com/cah And here is the monologue for your benefit: Está rolando UM BURBURINHO de que vão DEFLAGRAR GREVE na semana que vem aqui na empresa. Olha, trabalho aqui faz dez anos e acho que é a primeira vez que vejo tanto EMPREGADO DESCONTENTE. AS QUEIXAS são diversas, mas a maioria é sobre a CAPATAZIA – OS CAPATAZES aqui TÊM PARTE COM O COISA RUIM, porque eles NÃO ESTÃO PARA BRINCADEIRA. Se eles forçam mais um pouquinho, o negócio vira tortura. O grupo ligado AO SINDICATO fez REIVINDICAÇÕES de salários e melhores condições de trabalho, MAS A CHEFIA FEZ VISTA GROSSA e os donos ESTÃO PAGANDO PARA VER. Bom, eu não sei se vou ADERIR ao movimento. Sei que seria muito bom CRUZAR OS BRAÇOS e fingir que ia para A ASSEMBLEIA para decidir OS RUMOS da PARALISAÇÃO, mas, sinceramente, acho que vou permanecer no CONTINGENTE que fica obrigado a continuar trabalhando. Os meus chefes não iam ser loucos de me CONSTRANGER, não com o sindicato FUNGANDO NO CANGOTE deles, mas mesmo assim não me sinto bem nessa de prESSIONAR OS PATRÕES. Bom, eles não merecem minha compaixão, mas acho que a maneira como os grevistas querem protestar... Agora estão chamando o movimento de “greve criativa”: vão fazer dança na rua, performances teatrais, SARAUS literários E O ESCAMBAU. Ainda NESSE EMBALO, pretendem até fazer DANÇAS COREOGRAFADAS... VÊ SE PODE! Eu não vou ME APORRINHAR com uma greve assim... na minha época, OS PIQUETES vinham armados e mandavam tudo parar. Hoje vão fazer festinha e DANÇAR CIRANDA. Ah, ME POUPE, viu? --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


To know more about the Conversation Club, visit https://portuguesewitheli.com/cah https://portuguesewitheli.com/cah And here is the monologue for your benefit: Minha filha é muito TALENTOSA. Claro que ELA NÃO CHEGA NEM AOS MEUS PÉS quando eu tinha a idade dela, mas o INSTINTO musical que ela tem vai transformá-la numa CRAQUE no futuro. E sabe... na escolinha dela agora eles vão ter UM SHOW DE CALOUROS. É a situação perfeita para mostrar ao mundo que minha Marinazinha tem O DOM do canto, que SE DIFERENCIA e muito daquele monte de FEDELHO MEDÍOCRE que não LEVA JEITO para nada. E minha filha é HABILIDOSA também com os pés: SAPATEIA com tanta APTIDÃO que até impressiona. Claro, NÃO ESTÁ NEM À ALTURA DO QUE EU podia fazer quando não tinha ARTRITE, mas ainda SOU MUITO VIVA. Pensei que ninguém naquela escola DESSE NEM PARA COMEÇO DE CONVERSA – o que não é nenhum DEMÉRITO, já que minha filha TEM TRAQUEJO com várias coisas. Mas disseram que a filha da Doralice, uma tal de Luísa, sabe dançar... e ainda conhece OS JURADOS todos. Aí agora minha filha não quer competir. Ela diz que PERDEU A GRAÇA, porque a Luísa vai GANHAR DE LAVADA e ainda vai dar um show daqueles. Imagina só, minha filha, aquela menina BISONHA ganhar de você. Ela podia ter os jurados todos do lado dela, porque a plateia vai estar sempre com você. Mas, já que PINTOU A DÚVIDA, vamos fazer umas aulinhas, só para VOCÊ SE CAPACITAR e TIRAR ESSA DE LETRA. E aproveitando eu vou falar com minha prima que sabe FAZER MANDINGA e mandar ela JOGAR UMA URUCUBACA nessa tal de Luísa. Só para garantir. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


If youd like to know more about the Conversation Club After Hours, please follow this link: https://portuguesewitheli.com/cah https://portuguesewitheli.com/cah And here is the monologue for your benefit: Nunca aprendi a dirigir... e legalmente sou impedido de dirigir porque sou daltônico. Por isso, acabo tendo de me confiar nos dois motoristas da minha casa quando tenho que TRATAR DE algo urgente, que requer mais cuidado. E hoje tenho algo que precisa de minha atenção. O primeiro dos meus CHOFERES é meu pai. Ele é ADEPTO da DIREÇÃO DEFENSIVA, mas acho que ele SOBRESTIMA esse aspecto: meu pai dirige com uma VAGAREZA que, mais de uma vez, já teve de ouvir uns IMPROPÉRIOS na rodovia, porque ESTAVA INDO A PASSO DE TARTARUGA. E ai de quem reclamasse: escutava logo um “DEVAGAR SE VAI AO LONGE” e depois UM GRUNHIDO de raiva. A segunda chofer é minha mãe. Mamãe nunca FOI DE IR COM CALMA: com ela, o ritmo é ALUCINANTE. Ela tem um PÉ DE CHUMBO e ainda é SUPERAGRESSIVA no trânsito. Se um carro está indo devagar demais mais adiante, ela BUZINA FEITO DOIDA e FORÇA A ULTRAPASSAGEM. Na hora de FAZER UM RETORNO, ela PISA FUNDO e FAZ O PNEU CANTAR. Se ela sabe que existe uma rota alternativa para chegar a qualquer lugar, minha mãe não se importa de FAZER BARBEIRAGEM – mesmo que ARREGACE O CARRO todinho, ela DÁ UM CAVALO DE PAU e CORTA CAMINHO. Quando alguém reclama, dizendo que mamãe é muito IMPRUDENTE, ela só diz: “é hora de APERTAR OS CINTOS, seu MOLENGA!” E DÁ UMA DE AYRTON SENNA. Ah, e se eu disser que estou APAVORADO e quero descer, ela FREIA BRUSCAMENTE e me expulsa do carro: se eu quiser, que eu vá de ônibus. Bom, dado que o compromisso de hoje é urgente... mas que VOU SAIR GANHANDO se eu chegar vivo... acho que vou com meu pai mesmo. Afinal, DE GRÃO EM GRÃO, A GALINHA ENCHE O PAPO. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


Join us for our next conversation! Check details at https://portuguesewitheli.com/cah. And here is the monologue for your benefit (important terms are between asterisks, as Spotify changed the way it "reads" HTML: O amor pode não mover montanhas de fato, mas ele faz a gente se meter em cada uma... Veja só. Hoje tenho quarenta e cinco anos. Nunca tive muita *destreza* nem *graça* nos meus movimentos. Até tentei *enveredar* pelo futebol quando criança, mas meus coleguinhas logo perceberam que eu era *perna de pau* e me *enxotaram* do time. Sabiam que meu talento mesmo era para os livros e para a leitura e eu virei *rato* de biblioteca por vocação e falta de opção. *Como era de se esperar*, fui crescendo e ficando *troncho* e *estabanado*. Nunca segurei bebê por medo de derrubar a criança no chão. A única *cadeira* que já mexi na vida foi a cadeira do meu escritório, porque meus quadris são inflexíveis *que é uma beleza*. E se eu *requebrar* “até o chão”, fico *acamado* por uma semana. Mas outro dia, no caminho do trabalho, vi uma mulher dançando na rua. Era um desses showzinhos que o pessoal organiza nas praças, coisa informal mesmo, só para ganhar uns *trocados* e fazer os *transeuntes* baterem palmas ao ritmo da dança. Ela era uma verdadeira *pé de valsa*. *Rodopiava* e *dava piruetas*, pulando para o lado e para o outro, como se a praça fosse *uma pista de dança*. As pessoas a acompanhavam, *sacudindo o esqueleto*, filmando tudo com celulares e *ovacionando* a dançarina ao fim da dança. Quando ela terminou, veio andando com aquele *gingado* para cima de mim e me tirou para dançar. Meu Deus, fui ao céu e voltei, mas foi por dois motivos: primeiro, tive *uma tontura* por causa de tanta emoção. Meu coração batia *descompassado* de tanta alegria. Mas, por outro lado, como eu era *travado*, magro que parecia *um varapau*, não conseguia balançar muito. Ela disse: “*se solta*, meu querido!” e eu, todo *destreinado*, me soltei o quanto pude... fiquei parecendo *uma marionete*, mas consegui seguir a dança até o final. As pessoas ao redor foram simpáticas e bateram palmas para a gente. Eu não bateria... Depois da dança, ela me passou o número do telefone dela e me convidou para voltar ali e dançar. E agora estou eu aqui, na sala de espera de uma escola de dança, para me matricular. Eu, que nunca dancei na vida! Se amor não move montanhas, ele faz ao menos um rato de biblioteca como eu começar a se mexer. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


If you'd like to grab one free learning guide, please go to https://portuguesewitheli.com/school-invitation And here is the monologue for your benefit. Minha namorada e eu queríamos apimentar a relação. Afinal, a gente caiu um pouco na mesmice depois de namorar quase dez anos. Por isso, concordamos que tentaríamos surpreender um ao outro. Semana passada ela chegou em casa toda serelepe e me mandou vendar os olhos, porque ia me levar para um lugar especial. Entrei no embalo e lá fomos nós. Saímos de carro. Hum, será que ela ia me levar a um motel do bom? Já fiquei logo empolgado. Estava preparado para uma surpresa daquelas, menos a que vi quando tirei a venda dos olhos: Estávamos no calçadão da praia, na frente de um monte de retrato feito à mão. Um senhor baixinho estava de lápis e papel na mão. — Vamos fazer nosso retrato! — ela disse com a maior empolgação enquanto eu sorria amarelo. O moço pediu que a gente sentasse ali enquanto ele desenhava. A Clara ia na frente; eu ficava esperando. Quis ficar olhando o homem desenhar, mas ele disse que não podia. Tudo bem. O desenho não ia ser difícil. A Clara tinha um rosto bonito, mas simples. O rosto dela era ovalado, um pouco pontudo no queixo, mas proporcional. Os olhos eram um pouquinho apertados e separados também. Engraçado, eu nunca tinha reparado em como os olhos dela eram castanhos! O nariz arrebitado e o maxilar levemente pronunciado combinavam com as bochechas rosadas que ela tinha. Tinha também lábios carnudos e dentes alinhados. Eu realmente tinha sorte. Quando chegou a minha vez, fiquei pensando: como eu ia ficar no retrato? Sei que tenho um nariz adunco e minhas narinas são um pouco grandes demais... também tenho umas entradas aqui – sinal de calvície incipiente – e meu queixo é pontudo. Mas não sou horrendo feio assim, né? Meus olhos puxados dão um charme enigmático e minhas sobrancelhas finas não ressaem no rosto... meu cabelo, o pouco que tenho, emoldura meu rosto direitinho. Só tenho algumas espinhas e, por conta desses anos dentro de casa, acabei ficando cheinho e ganhando papada, mas nada que assuste ninguém. E finalmente o retratista acabou o meu retrato. — Eu quero ver o meu! O retratista fez que não com a cabeça — tinha que pagar primeiro. É como dizem: dinheiro na mão, calcinha no chão. Justo. Não é como se ele quisesse nos depenar: o trabalho já estava feito. Pagamos e, na hora de ver, meu Deus... Minha namorada ficou uma aberração. Além de ser tudo o contrário do que era, ela ainda ficou com sobrancelhas grossas e peludas, com uma espinha protuberante que a gente nem tinha notado. O rosto dela ficou quadrado. No meu caso, fora a barba rala que eu tinha no dia, fiquei parecendo uma obra de arte abstrata. Queríamos brigar com o retratista, mas eu ri tanto que acabei ficando com os retratos. Bom, a surpresa não foi exatamente o que ela queria, mas ficou do jeito que eu gostava. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


Howdy! If you'd like to have a guide for yourself, consider joining us by going to HTTPS://PORTUGUESEWITHELI.COM/SCHOOL-INVITATION https://portuguesewitheli.com/school-invitation And here is the monologue for your benefit: Existe UM BOATO de que o amor surge quando menos se espera, mas, no meu caso, ele só vem quando eu menos preciso. Já encontrei toda ESPÉCIE de gente que você possa imaginar e NADA DE ENCONTRAR minha OUTRA METADE DA LARANJA. Por isso, resolvi APELAR para tudo que era coisa: MANDINGA, SIMPATIA e, mais recentemente, tecnologia. Logo no começo, fiquei empolgado com a quantidade de opções disponíveis. Mas era como ENCONTRAR UMA AGULHA NO PALHEIRO. Tinha cada perfil... teve uma que dizia vir de outro planeta, outra que fazia RETRATOS DE MOSCAS, e ainda mais uma que colecionava UNHAS. E, mesmo FAZENDO UMA TRIAGEM cuidadosa, ainda DESCASCAVA CADA ABACAXI... no aplicativo, era possível dizer os CRITÉRIOS que o PAR ideal devia PREENCHER. Era possível AFUNILAR as escolhas e ESTREITAR as opções, para separar aquelas que prometiam das que eram PRESCINDÍVEIS. Era SEPARAR O JOIO DO TRIGO, por assim dizer. Levou tempo e QUEIMEI MUITA PESTANA na frente do celular lendo as mensagens da minha CAIXA DE ENTRADA, até que... Até que conheci ela – a Juliana. Era uma moça bonita e, em todos os sentidos, normal. Ela realmente mexeu com meu coração. Tinha um sorriso bonito e um jeito AFETUOSO – ME AFEIÇOEI a ela assim que trocamos a primeira mensagem. Por isso, quando marcamos o encontro, eu ESTAVA COM O CORAÇÃO NA MÃo, na esperança de que ela fosse a pessoa que sempre procurei. Combinamos de nos encontrar em um restaurante, um lugar neutro. Na hora da conversa percebi que tinha sido amor à primeira vista, mas não queria IR COM MUITA SEDE AO pote – já tinha passado por cada uma e ESTAVA VACINADO. Então fomos conversar. Apesar de ser mais velha que eu, ela gostava das mesmas séries que eu gostava. Apreciávamos os mesmos cantores... a gente até tinha preferência pela mesma pasta de dentes! Finalmente, encontrei a minha alma gêmea... Mas aí aconteceu um negócio que me deixou CABREIRO. Primeiro, ela era ADOTADA – tinha sido deixada numa igreja numa cidadezinha. E minha avó tinha dado uma filha para adoção. E de onde ela era? Era CONTERRÂNEA de minha avó, lá de Quixeramobim. Não, era coincidência demais para PASSAR ASSIM BATIDO. Então, para TIRAR A TEIMA, a gente decidiu fazer um exame de DNA, tipo do programa do RATINHO. Mas não ia ter nenhum FUZUÊ daquele tipo. Se ela fosse minha tia, cada qual ia seguir o seu caminho. Se ela não fosse minha tia, a gente ia deixar a coisa SE DESENROLAR. Entre a data do exame e o resultado, porém, Juliana acabou conhecendo outro cara no mesmo aplicativo que a gente estava usando. Fiquei ARRASADO – não imaginei que ela fosse tão LEVIANA... mas também PUDERA: conheci ela num aplicativo e fiquei pensando que ela ia esperar sentada até o resultado sair. O bom é que, pelo menos, ela não era minha tia. Nunca que eu ia querer ter aquela traíra na minha família. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message


To learn more about the Continuing Education Program for the Guides, follow this link: https://portuguesewitheli.com/school And here is the monologue for your benefit. Dizem que eu VIVIA NAS NUVENS, mas discordo: sempre TIVE TINO PARA NEGÓCIO e soube que era um empreendedor NATO. Quando criança, vendia minha MERENDApara comprar brinquedo, e revendia o brinquedo para comprar mais comida, mas sempre acabava ficando sem brinquedo e sem comida. Na minha adolescência, ENCABECEIum negócio de cuidados com cavalos. Sempre ouvi dizer que quem tinha cavalo era rico, então, com clientes ricos, eu ia ARREBENTAR A BOCA DO BALÃO. Meu FARO sempre foi muito AGUÇADO. O problema com esse plano foi que ninguém tinha cavalo no meu bairro. Operei NO VERMELHOpor um bom tempo e, sem clientes, o negócio DEGRINGOLOU. Então fui me metendo em – abri uma loja de guarda-chuvas em Cabaceiras, minha cidade natal... era a cidade onde menos chovia no Brasil. Pensava: ninguém vai TENTAR A SORTE e vender guarda-chuva aqui, então só vão poder comprar na minha mão. Vou vender pelo preço que quiser. Mas tinha uma falha no meu PLANO DE NEGÓCIOS. Não levava em consideração que os clientes já podiam ter um guarda-chuva em casa. Meu estoque ficou todo ENCALHADO e tive que vender tudo A PREÇO DE BANANA. É DE AMARGAR, viu? Depois abri UMA LOCADORAde PATINETE elétrico... em Salvador. Eu não contava que aqui tivesse tanta LADEIRA, então um cliente alugava um patinete hoje, SE ARREBENTAVA ali na frente e depois vinha CHIARno meu ouvido, dizendo que os patinetes eram ruins. Então, saindo desse ramo de mercadorias, DELIBEREI sobre que caminho tomar, porque queria algo mais certo, para PLANTAR E COLHER. Resolvi INGRESSARno mundo da educação. O PÚBLICO-ALVO? Empreendedores DE PRIMEIRA VIAGEM. Como eu já tinha FEITO MINHA LIÇÃO DE CASA– FALI vários negócios – sabia exatamente o que fazer para ter sucesso. Ou seja, era como se eu tivesse UMA BOLA DE CRISTAL. Com certeza, eu ia QUEBRAR A BANCA. Só precisava de um investidor para ABRAÇARessa ideia. Coloquei um anúncio na internet. Primeiro não apareceu ninguém. E os meus investimentos em publicidade só me AMEALHAVAMdívidas e mais dívidas, e você sabe como é que é com cartão: é UMA BOLA DE NEVE, basta você ERRAR A MÃO uma vezinha só e lá se foi todo seu dinheiro. Mas não ia desistir. Não tinha fracassado tanto na vida para NADAR E MORRER NA PRAIA. Quando eu estava quase desistindo, um cara me mandou um email. Tinha se interessado pela ideia. A gente se reuniu e ele me deu as ideias: ele tinha um MODELO DE NEGÓCIOS diferente. Ele trabalhava numa empresa especializada em FALÊNCIAS e queria abrir uma consultoria. E se tem alguém que entende de falências, esse alguém sou eu. Finalmente vou VIRAR O JOGO! --- Send in a voice message: https://anchor.fm/portuguesewitheli/message


The gesture I talked about is even part of our vocabulary in Brazilian Sign Language! See it here: https://www.youtube.com/watch?v=2MGv7XNheJc And here is the monologue for your benefit: Sou novato na empresa e não me meto em negócio de ninguém. Como dizemos lá de onde eu venho, “GENTE DE FORA NÃO RONCA.” Mas parece que aqui ninguém sabe o que é respeitar a privacidade dos outros e RETRIBUIR o respeito – VASCULHARAM minhas gavetas e descobriram minha coleção de GIBIS que trago para o trabalho. Primeiro, o Almir, meu chefe, me questionou se eu estava lendo as revistas NA SURDINA e DESCUIDANDOdo trabalho. Eu REFUTEI, claro. Não ia COMETER UM DESATINO desses, ainda mais sendo novato. Ele acreditou – afinal, ele não ia ficar PROCURANDO CHIFRE EM CABEÇA DE CAVALO. E meu trabalho seguia NO MESMO PASSO de antes... E eu não lia mesmo na hora do trabalho. Lia no intervalo. Mas, é... lia escondido, sim. VEJA SÓ O MEU LADO. Gosto de ler revistinhas em quadrinhos. Todas essas populares e outras menos conhecidas. As pessoas pensam que adulto que lê revistinha é tudo XUCRO, que não tem alcance mental para coisas mais sofisticadas, e que a qualidade dessas revistas é SOFRÍVEL. Na verdade, são OBRAS DE ARTE, mas nem todo mundo consegue ATINARque histórias em quadrinhos podem ser tão complexas como aqueles TIJOLOSempoeirados de biblioteca cheios de frases POMPOSAS. O ENREDO é INTRINCADOe nem sempre é possível ELUCIDAR A TRAMA antes da última página. É um desafio mental. Porém, nada disso servia de nada, porque, quando meus colegas descobriram, começaram a FAZER TROÇA DE MIM. Ficavam dizendo que era livrinho de “quiança” e depois ficavam fazendo “gugu-dadá”. O primeiro ÍMPETO foi de DIZER COBRAS E LAGARTOSpara eles, mas DEIXA ESTAR. O QUE É DELES ESTÁ GUARDADO. Posso ter pouco tempo aqui, mas já sei OS PODRES de cada um. O José vive se queixando de PRISÃO DE VENTRE, mas não sai do banheiro. Aliás, dava até para pensar que ele trabalhasse no toalete. A Carla finge que trabalha, mas outro dia PEGUEI ELA NO PULO – estava jogando na outra ABA e não conseguiu DISFARÇARquando passei perto do computador dela. E o Nelson – aquele MÃO-LEVE vai montar uma loja de materiais escritório com o tanto de papel e caneta que ele FURTAdaqui. Mas não vou GASTAR SALIVA À TOA. Já dei o recado de que eu sei da MAMATA que está rolando e que, se o chefe me perguntar, EU NÃO VOU ME FAZER DE ROGADO. Se achavam que eu ia ESMORECERsó porque eles têm essas ideias PRECONCEBIDAS sobre minhas revistas, ELES COMETERAM UM ENGANO FEDERAL. Vou sempre MANTER ACESO o gosto pelos quadrinhos. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/portuguesewitheli/message