

O resultado veio um dia após os dados do CAGED que mostraram uma geração líquida de 306.111 empregos formais em fevereiro. Transporte, armazenagem e correio foi o único setor que teve crescimento (5,1%) e houve reduções em agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e agricultura (-3,7%); e, administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-2,2%). Os oito demais grupamentos, que são estudados pelo IBGE, não tiveram variações significativas nessa comparação. Na comparação com o trimestre encerrado em janeiro desse ano, houve um aumento na taxa de desemprego de 0,2 p.p., indo de 7,6% para 7,8%. Esse dado veio um dia depois do Ministério do Trabalho divulgar os dados do CAGED, que medem o emprego formal na economia brasileira. O dado para o mês de fevereiro para o CAGED tinha apresentado um crescimento líquido de 306.111 empregos. A expectativa era de uma expansão de 245 mil vagas líquidas. Na análise do CAGED, todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram crescimento. Serviços com 193.127 postos líquidos liderou, seguido pela indústria, construção, comércio e agropecuária. Os dados do CAGED contradizem os dados que foram apresentados pelo IBGE com relação à taxa de desemprego. A taxa de desemprego é medida levando em consideração não só o emprego formal como também o emprego informal, apresentando uma outra realidade que mostra a economia como um todo, incluindo os setores que abrangem os autônomos, os entregadores, os motoristas de aplicativo e assim por diante.


O resultado veio um dia após os dados do CAGED que mostraram uma geração líquida de 306.111 empregos formais em fevereiro. Transporte, armazenagem e correio foi o único setor que teve crescimento (5,1%) e houve reduções em agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e agricultura (-3,7%); e, administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-2,2%). Os oito demais grupamentos, que são estudados pelo IBGE, não tiveram variações significativas nessa comparação. Na comparação com o trimestre encerrado em janeiro desse ano, houve um aumento na taxa de desemprego de 0,2 p.p., indo de 7,6% para 7,8%. Esse dado veio um dia depois do Ministério do Trabalho divulgar os dados do CAGED, que medem o emprego formal na economia brasileira. O dado para o mês de fevereiro para o CAGED tinha apresentado um crescimento líquido de 306.111 empregos. A expectativa era de uma expansão de 245 mil vagas líquidas. Na análise do CAGED, todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram crescimento. Serviços com 193.127 postos líquidos liderou, seguido pela indústria, construção, comércio e agropecuária. Os dados do CAGED contradizem os dados que foram apresentados pelo IBGE com relação à taxa de desemprego. A taxa de desemprego é medida levando em consideração não só o emprego formal como também o emprego informal, apresentando uma outra realidade que mostra a economia como um todo, incluindo os setores que abrangem os autônomos, os entregadores, os motoristas de aplicativo e assim por diante.


Os motivos estão dentro da nossa economia. As incertezas externas, claro, tem afetado o mercado acionário aqui dentro do país, mas, principalmente, as declarações do governo têm influenciado de forma relevante para ações de peso do Ibovespa, como Petrobras e Vale, caírem. O desempenho da bolsa brasileira tem ficado abaixo dos demais países emergentes num ambiente que é composto ainda por uma saída bastante relevante de capital estrangeiro. A pressão sobre Petrobras e Vale, que compõem boa parte do índice do Ibovespa, se soma a outros fatores numa tendência, desde o início do ano, de saída de recursos da bolsa brasileira. De acordo com os dados mais recentes da B3, os investidores estrangeiros registraram saques líquidos de R$ 22,19 bilhões nesse ano até o dia 22 de março. Esse foi o maior volume desde 2020, ano da pandemia. Os discursos de pessoas ligadas ao governo já traziam preocupações desde que o presidente Lula foi eleito. Mas, um primeiro ato concreto para acender esse sinal de alerta e causar perdas expressivas no mercado de ações, foi a falta de pagamento de dividendos extraordinários pela Petrobras. Essa medida trouxe uma surpresa grande e, no dia do anúncio, as ações da estatal recuaram 10%, fazendo com que a companhia perdesse R$ 56 bilhões em valor do mercado. Com isso, o papel que terminou 2023 em alta de 94%, agora vem recuando 4% no acumulado desse ano. Levantamento da JP Morgan mostra que o retorno do índice de empresas brasileiras em dólares tem sido o pior de 2024 entre os países emergentes, com perdas na casa dos 8%. Enquanto na China há um recuo de 1% e, nos mercados emergentes, avança cerca de 2%. O S&P 500, por sua vez, vem exibindo uma alta na casa dos 10%. Esse é um problema ampliado com declarações e movimentações do governo, com o intuito de exercer influência nessas empresas estatais. Nesse contexto, estrategistas do Goldman Sachs fizeram uma recomendação para que investidores apostem contra estatais brasileiras, ganhando bastante destaque no mercado. De acordo com eles, os múltiplos das estatais estão altos na comparação com empresas do setor privado e possíveis interferências políticas podem gerar cortes nos ratings dessas empresas. Então, é preciso ser bastante pensado, equacionado pelo governo, uma reversão desse posicionamento intervencionista para, consequentemente, recuperar a valorização e credibilidade dessas empresas, com menos ingerência do setor público. Dentre os perdedores com esse comportamento está o próprio governo, inclusive.


O comunicado complementa que isso pode elevar, inclusive, os custos dessa sinalização. Com isso, as taxas de juros podem cair num ritmo mais lento, ou mesmo subir. O Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central decidiu que a sinalização de queda de taxa de juros se mantenha apenas para a próxima reunião, no mesmo patamar de 0,5 ponto percentual das reuniões anteriores. A redução levou a SELIC para 10,75%. Para as reuniões seguintes, o COPOM optou por deixar a decisão mais flexível em termos da política monetária. Ou seja, dependendo do cenário de inflação da economia e do ritmo da atividade econômica, o Banco Central poderá reduzir a taxa de juros no ritmo mais forte ou diminuir esse ritmo de redução. Tudo vai depender dos indicadores da inflação, principalmente de serviços, porque a inflação de produtos agrícolas e industrializados, segundo a Ata do Copom, está de certa forma mais controlada, enquanto a de serviços vem apresentando maior pressão. A Ata também revelou que a atividade econômica no Brasil está com certa resiliência, apesar de um cenário mais contracionista com juros mais elevados. Dados que foram apresentados no início desse ano ajudam a corroborar essa anotação. A análise feita pelo COPOM indica que alguns setores apresentaram um melhor desempenho, ajudando no crescimento da economia desse ano. A Ata menciona de maneira bastante forte como o poder de compra da população está sendo retomado com a inflação mais baixa. Também menciona que o crédito já está melhorando em termos de acesso para tanto as pessoas como as empresas, o que vai ajudar no crescimento econômico desse ano e pode ajudar também nos investimentos a serem feitos pelas empresas para atender o aumento da demanda.


Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.


O levantamento mostra que 15 das 20 mais bem avaliadas no acesso à água, coleta e tratamento de esgoto com padrões no novo marco legal do saneamento básico estão em São Paulo e Paraná. O ranking mostrou que Maringá, São José do Rio Preto e Campinas são as 3 cidades mais bem ranqueadas. A metodologia considera indicadores como acesso e eficiência do serviço, desperdício de água pelo sistema e investimentos também feitos no setor, usando como referência os dados para 2022. Os 20 melhores municípios têm, em média, 98,8% da população com acesso à água potável. A média de coleta de esgoto é de 96%, de tratamento de esgoto de 78%, segundo a pesquisa. Entre as mais bem avaliadas, Maringá saltou da 14ª posição para a liderança em relação à última edição da pesquisa, que foi divulgada em 2023. Nenhuma cidade das regiões Norte e Nordeste aparece no ranking das 20 melhores. Nas cidades com pior avaliação, dentre as 100, na média, 82% da população tem acesso à água tratada. Nesse grupo, o índice de coleta de esgoto, porém, é de 28% e de tratamento só de 20%. Cinco capitais da região Norte estão entre as 20 piores. Porto Velho ocupa a última colocação, seguida por Macapá. As outras três da lista são Rio Branco, Belém e Manaus. Então, dos 100 municípios, os três piores são Macapá, em primeiro lugar, depois Santarém e Rio Branco. No Nordeste, Juazeiro do Norte aparece na posição número 92, Ananindeua na posição número 91, lá no Pará, e Belém na posição número 94. Esse é um dado muito importante porque muito da produtividade da mão de obra brasileira é comprometida por conta das doenças que as famílias trabalhadoras adquirem. E muitos desses problemas vêm da falta de acesso à água e quase nenhum tratamento de esgoto. Saneamento é um investimento muito importante que afeta principalmente as camadas mais pobres da população e que as administrações públicas em geral não têm priorizado. O novo marco do saneamento básico permite uma maior flexibilidade para que o investimento privado possa atuar nesse mercado. Só que a adesão dos estados e municípios é muito baixa, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, o que dificulta ainda mais um avanço mais rápido nesse tipo de investimento que traz uma qualidade de vida importante para a população brasileira. A falta de acesso à água potável atinge 32 milhões de brasileiros e, pior, mais de 90 milhões não têm acesso à coleta de esgoto.


Com o corte anunciado pelo COPOM, a taxa caiu de 11,25% para 10,75% ao ano. Nos EUA a taxa foi mantida em 5,25% a 5,50%, mas com indicação de 3 quedas ainda esse ano. Nos EUA, o Fed manteve a projeção de 3 cortes até o final do ano, mas um ritmo de cortes menor em 2025, resultado da economia mais aquecida e inflação caindo de maneira mais lenta. A primeira queda dos juros deve acontecer em junho desse ano, com 70% de aposta do mercado. Os dados de inflação e crescimento da economia americana fizeram com que o FOMC revisasse a projeção de crescimento do PIB americano de 1,4% para 2,1% esse ano, mas ainda com inflação acima de 3%, com horizonte mais longo para atingir a meta de 2%. No Brasil, a queda veio dentro do esperado pelo mercado e o forward guidance mantido, indicando que novo corte de igual patamar se repetirá na próxima reunião do COPOM, com manutenção da projeção de encerramento de ano para a SELIC em 9%. A mudança mais importante dessa que foi a sexta redução seguida na taxa Selic, que agora está no menor patamar desde fevereiro de 2022, quando estava nos mesmos 10,75% ao ano, foi no comunicado que a redução será somente na próxima reunião, não nas próximas reuniões. Isso pode ser interpretado como uma flexibilização para que quedas mais fortes possam acontecer, nas reuniões seguintes, desde que o IPCA esteja dentro do esperado pelos membros do COPOM e que o processo de queda de juros nos EUA tenha início, dando margem para quedas maiores da SELIC.


Em dezembro de 2023, o resultado foi de alta de 0,82%. Em janeiro de 2023, havia crescido 0,83%. No acumulado em 12 meses, está em 2,47%. O IBC-Br, de frequência mensal, permite acompanhamento mais frequente da evolução da atividade econômica, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB), de frequência trimestral, descreve um quadro mais abrangente da economia, e deve ser divulgado em maio, pelo IBGE. No acumulado em 12 meses até o primeiro mês de 2024, a alta foi de 2,47%, uma melhora em relação ao acumulado de 12 meses terminando em dezembro, quando estava em 2,45%. Há um ano, o acumulado em 12 meses estava em 3,00% e depois acelerou, mostrando o bom desempenho do 1º semestre da economia. A desaceleração pôde ser vista na forte queda dos 3º e 4º trimestres, quando o acumulado em 12 meses atingiu sua mínima de 2023, com um crescimento de 2,26%. Logo após, novembro e dezembro ajudaram o IBC-Br a se recuperar, com a atividade econômica mais aquecida no final do ano. O início de 2024 tem trazido revisões da estimativa do PIB para cima, com crescimento de 1,80% segundo o Boletim Focus, mas os dados de janeiro têm mostrado sinais trocados, com crescimento das vagas formais acima do esperado, mas atividade econômica mais fraca.


O abate de bovinos cresceu e o de suínos e frangos bateu recorde. A produção de ovos de galinha também bateu recorde, após ter sido recorde em 2022. A aquisição de leite voltou a crescer, após 2 anos de queda, segundo o IBGE. Em 2023, foram abatidos 34,06 milhões de cabeças de bovinos, com alta de 13,7% frente ao ano anterior, dando sequência à tendência de crescimento verificada em 2022. Em termos de cabeças abatidas, esse é o segundo maior resultado obtido no histórico da pesquisa, atrás apenas daquele registrado em 2013. Contudo, a produção de 8,95 milhões de carcaças foi recorde. Quanto ao abate de frangos, no acumulado de 2023, foram abatidas 6,28 bilhões de cabeças, um aumento de 2,8% em relação ao ano de 2022 e o melhor resultado da série histórica iniciada em 1997. Em 2023 foi registrado novo recorde de exportações da carne de frango in natura e na comparação mês a mês entre os anos 2023/2022. Em relação aos suínos, em 2023 foram abatidos 57,17 milhões de cabeças, novo recorde da pesquisa, com alta de 1,3% (+707,33 mil cabeças) em relação a 2022. No acumulado de 2023, as exportações de carne suína in natura alcançaram recordes na série histórica da Secex e na comparação mês a mês entre os anos 2023/2022. A aquisição de leite cru acumulada em 2023 foi de 24,52 bilhões de litros, um acréscimo de 2,5% frente a 2022, retomando o crescimento após dois anos de quedas consecutivas. Os preços competitivos de fornecedores externos, como Argentina e Uruguai, levaram ao aumento das importações para atender à demanda das indústrias. A produção de ovos de galinha em 2023 foi de 4,21 bilhões de dúzias, alcançando mais uma vez um recorde na série histórica, com alta de 2,7% frente 2022, quando a produção também foi recorde. Apesar da retração dos preços médios das carnes ao consumidor final, os ovos ainda constituem uma fonte bastante acessível em termos comparativos. O Brasil é o celeiro do mundo, pois possui uma grande área cultivável, grande população e uma relevante economia. Isso sugere que não apenas continuará liderando como fornecedor global de produtos agrícolas, mas também que é um dos poucos que possui o capital (humano e físico) para lidar com o contínuo crescimento populacional e a demanda por alimentos e outros produtos agrícolas.


O pico do IDH havia sido atingido em 2019, no primeiro ano do Governo Bolsonaro. Em 2022, depois de queda significativa com a pandemia e seus efeitos, voltou a subir para um patamar muito próximo do seu pico de 2019. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida simples que mostra a evolução do padrão de vida dos países, estados, municípios e até bairros. Ele é estimado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) da Organização das Nações Unidas (ONU). O IDH mede a qualidade de vida de um país, com base em fatores como expectativa de vida, anos de escolaridade e renda per capita. A escala vai de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo o índice estiver de 1, melhor é a qualidade de vida naquela nação. O Brasil conseguiu de 1990 até 2022 que o valor do IDH passasse de 0,620 para 0,760, uma variação de 22,6%. No mesmo período, a expectativa de vida ao nascer do Brasil cresceu em 7,4 anos, os anos de escolaridade esperados mudaram em 2,7 anos e os anos médios de escolaridade mudaram em 4,6 anos. A renda per capita do Brasil cresceu cerca de 44,3% entre 1990 e 2022. Em 2022, o IDH do Brasil alcançou 0,760, patamar superior a 2020 (0,758) e 2021 (0,754), mas ainda inferior ao nível em que estava em 2018 (0,764). O resultado do ano retrasado manteve o país entre aqueles que têm desenvolvimento humano considerado alto. Ao analisar a evolução entre 2019 e 2022, os componentes do IDH brasileiro tiveram crescimento em todas as esferas, com exceção da expectativa de vida ao nascer, prejudicada pela pandemia de 2020. A expectativa de vida ao nascer caiu de 75,3 para 73,4 anos. A recuperação do Brasil seguiu a tendência mundial, já que o IDH global subiu depois de dois anos de queda na média mundial. Entretanto, a posição do país dentro do ranking piorou, com o IDH brasileiro recuando da 87ª posição em 2021 para a 89ª em 2022.


O PIB cresceu menos da metade do PIB brasileiro no período (2,9%), mas apresentou crescimento nos 3º e 4º trimestres, inclusive mais fortes que nos 2 primeiros trimestres do ano, diferente do que aconteceu na economia brasileira. Ao analisar os dados do crescimento trimestre a trimestre, enquanto a economia nacional apresenta uma forte desaceleração entre o 1º e o 4º trimestres, indo de um crescimento de 1,3% no 1º trimestre para 0% no 4º trimestre, o PIB de Pernambuco apresentou seu melhor desempenho no 3º trimestre. O crescimento do 3º trimestre foi de 0,9%, seguido por novo crescimento de 0,3% no 4º trimestre. Os resultados indicam uma maior consistência no ritmo de crescimento pernambucano acumulado no ano, apesar de estar mais baixo, quando comparado ao nacional. O setor de serviços, que representa em torno de 75% do PIB de Pernambuco, puxou o crescimento da economia pernambucana em 2023, com crescimento de 1,4%. A agropecuária foi quem cresceu mais, com um avanço de 1,6%, mas só representa 5% do PIB de Pernambuco. A indústria teve um desempenho de 1,1% em crescimento e representa 20% do PIB. O bom desempenho do agronegócio observado no país parece não ter sido sentido em Pernambuco, que teve maior impacto do crescimento do setor de serviços e até mesmo da indústria, com Transporte, Armazenamento e Correios (5,2%); comércio (3,1%); e, Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,1%) como destaques. Os anúncios de investimentos para o estado podem mudar esse cenário de 2023, fazendo com que Pernambuco possivelmente cresça mais que o Brasil. outro fator importante para ajudar nessa mudança é o Bolsa Família e sua manutenção, com um poder de compra mais elevado das famílias.


O saldo é recorde para o mês desde o início da série histórica com dados detalhados, em 1997. A alta em relação ao mesmo período em 2023 é de 111,8%, quando o superavit foi de US$ 2,6 bilhões. As exportações foram US$ 23,5 bilhões em fevereiro de 2024, uma alta de 16,3% em relação a 2023 (US$ 20, 2 bilhões). As importações totalizaram US$ 18,1 bilhões, o que representa um crescimento de 2,4% em relação a 2023 (US$ 17,7 bilhões). O aumento veio do forte incremento no volume exportado, já que os preços internacionais caíram no período. As importações cresceram muito pouco em valor, também devido à queda dos preços internacionais, mas com aumento de volume. A indústria extrativa foi o principal responsável pelo aumento em fevereiro, com crescimento de 63,9% em valor. A agropecuária também teve importante contribuição, com crescimento de 11,5% no valor exportado. A indústria de transformação também apresentou crescimento de 5,0%. A exportação de óleos brutos de petróleo teve um crescimento de 119,7% em valor, sendo o terceiro item mais importante nas exportações, com 11,1%, atrás da soja, que detém 12,5% de participação e teve crescimento de 4,5%. O minério de ferro teve um crescimento de 41,4%, sendo o segundo item que mais cresceu em exportações e responde por 11,8% das exportações totais. A China aumentou sua participação de 24,8% para 29,8% das exportações totais brasileiras, com um aumento de 39,7%, indo de US$ 5,03 bilhões em 2023 para US$ 7,02 bilhões em 2024. EUA e União Europeia apresentaram aumentos de 9,3% e 5,9%, respectivamente. A Argentina apresentou queda de 30%. O resultado aponta para um forte crescimento do setor exportador de minérios e óleos combustíveis, com a China se firmando cada vez como nosso principal destino. O crescimento das importações da China mostra uma possível recuperação daquele país.


O saldo é recorde para o mês desde o início da série histórica com dados detalhados, em 1997. A alta em relação ao mesmo período em 2023 é de 111,8%, quando o superavit foi de US$ 2,6 bilhões. As exportações foram US$ 23,5 bilhões em fevereiro de 2024, uma alta de 16,3% em relação a 2023 (US$ 20, 2 bilhões). As importações totalizaram US$ 18,1 bilhões, o que representa um crescimento de 2,4% em relação a 2023 (US$ 17,7 bilhões). O aumento veio do forte incremento no volume exportado, já que os preços internacionais caíram no período. As importações cresceram muito pouco em valor, também devido à queda dos preços internacionais, mas com aumento de volume. A indústria extrativa foi o principal responsável pelo aumento em fevereiro, com crescimento de 63,9% em valor. A agropecuária também teve importante contribuição, com crescimento de 11,5% no valor exportado. A indústria de transformação também apresentou crescimento de 5,0%. A exportação de óleos brutos de petróleo teve um crescimento de 119,7% em valor, sendo o terceiro item mais importante nas exportações, com 11,1%, atrás da soja, que detém 12,5% de participação e teve crescimento de 4,5%. O minério de ferro teve um crescimento de 41,4%, sendo o segundo item que mais cresceu em exportações e responde por 11,8% das exportações totais. A China aumentou sua participação de 24,8% para 29,8% das exportações totais brasileiras, com um aumento de 39,7%, indo de US$ 5,03 bilhões em 2023 para US$ 7,02 bilhões em 2024. EUA e União Europeia apresentaram aumentos de 9,3% e 5,9%, respectivamente. A Argentina apresentou queda de 30%. O resultado aponta para um forte crescimento do setor exportador de minérios e óleos combustíveis, com a China se firmando cada vez como nosso principal destino. O crescimento das importações da China mostra uma possível recuperação daquele país.


As transações correntes do balanço pagamentos foram deficitárias em US$ 5,1 bilhões em janeiro de 2024, mas houve uma redução de US$ 3,9 bilhões em relação ao déficit de US$ 9 bilhões de janeiro de 2023. O saldo comercial aumentou US$ 3,5 bilhões, enquanto o déficit de serviços cresceu US$ 882 milhões e o déficit da renda primária diminuiu US$ 1,2 bilhão. A balança comercial de bens registrou um superávit de US$ 4,4 bilhões em janeiro de 2024, na comparação com o superávit de US$ 884 milhões em janeiro de 2023. As exportações de bens totalizaram US$ 27,3 bilhões e as importações US$ 23 bilhões, que representam incrementos de 18,7% e 3,7%, respectivamente, na comparação com janeiro 2023. Já a conta de serviços teve um déficit de US$ 3,3 bilhões em janeiro desse ano, um aumento de 36,8% em relação a janeiro de 2023. E o investimento estrangeiro direto, ou como o Banco Central chama investimento direto no país (IDP), teve um registro de ingresso líquido de US$ 8,7 bilhões em janeiro 2024, ante US$ 6,5 bilhões que ocorreram em janeiro de 2023. Os ingressos líquidos foram de US$ 6,7 bilhões em participação no capital de empresas e US$ 2,8 bilhões em operações intercompanhia. Isso é um dado positivo porque mostra que os investidores internacionais estão acreditando aqui no país, fazendo investimentos de longo prazo na economia brasileira. O saldo bastante positivo da balança comercial vem ajudando para que o país tenha um saldo negativo de transações correntes cada vez menor. As economias em desenvolvimento geralmente apresentam esse saldo bem negativo e o Brasil tem apresentado uma trajetória de diminuição desse saldo negativo, o que pode ajudar bastante se o país continuar tendo saldos muito positivos da balança comercial.


A proposta estabelece um valor mínimo de R$ 32,09 por hora trabalhada e participação sindical para negociações. A regulação pode elevar custos e até aumentar o desemprego. O texto enviado com urgência constitucional, exigirá que Câmara e Senado tenham 45 dias, cada, para análise. A proposta é dividida em 4 eixos: remuneração, previdência, segurança e saúde e transparência. As regras aumentam os custos e beneficiam a previdência pública, aumentando a arrecadação. O tema foi uma promessa de campanha de Lula nas eleições de 2022. O governo também discutiu com empresas, como iFood e Rappi, e entregadores uma proposta semelhante, mas não houve consenso. Uma vez essa proposta avançando, algo semelhante deverá ser usado para os aplicativos de entregas. A taxa de desemprego no Brasil tem se mantido muito baixa nos últimos anos porque o número de autônomos que atuam nesse tipo de atividade cresceu significativamente. Por definição, a taxa de desemprego é estimada a partir daqueles que estão procurando por vagas e o emprego informal é contabilizado pelo IBGE. A regulação, conforme detalhada na proposta, vai trazer aumento de custos para os motoristas e empresas, sendo, em última instância, repassados aos clientes, os passageiros. O aumento pode, inclusive, inviabilizar a permanência de empresas no país. A consequência pode ser o aumento do desemprego via diminuição de demanda.


No acumulado do ano, houve um crescimento de 15,1% da agropecuária. A indústria cresceu 1,6% e o setor de serviços teve um crescimento de 2,4%. O Consumo das famílias avançou 3,1% e o Investimento caiu 3,0%. Importante entender que desses três setores produtivos, o setor de serviços representa mais de 70% da economia brasileira e um bom desempenho dele puxa o PIB para cima. A indústria representa em torno de 25% da economia brasileira e apesar de ter andado de lado nesses últimos anos apresentou crescimento de 1,6%. A agropecuária foi o grande destaque, com crescimento de 15,1%. Para um setor que representa pouco mais de 5% a 6% do PIB brasileiro, o crescimento foi forte, mas como pesa pouco no PIB, não foi decisivo. Importante olhar a taxa de investimentos de 2023, de 16,5% do PIB, enquanto em 2022 foi de 17,8%. Isso preocupa porque um menor investimento na economia pode significar um crescimento mais baixo nos próximos anos já que a produção tende a ser menor porque estão investindo menos no setor produtivo. Na comparação do quarto para o terceiro trimestre, o PIB teve um crescimento de 0%. Anteriormente, o IBGE tinha informado um crescimento de 0,1% para o terceiro trimestre e agora ajustou para 0%. No quarto trimestre em relação ao terceiro, a indústria avançou 1,3%. Os serviços, que tiveram um bom desempenho ao longo de 2023, apresentaram uma variação positiva de 0,3%, mostrando uma desaceleração e a agropecuária caiu 5,3%. Ao comparar o PIB desse quarto trimestre com o quarto trimestre de 2022, o crescimento foi de 2,1%, o que também mostra uma desaceleração da economia. O grande desafio fica para 2024. As preocupações vêm dos investimentos em queda e, principalmente, da agropecuária, que deve ter um crescimento mais baixo. A indústria pode se recuperar com taxas de juros mais baixas, já que a SELIC vem caindo. E o setor de serviços depende muito hoje da forte economia informal existente no país. A depender do desempenho desse setor, pode ter um desempenho bom para o PIB em 2024. A economia em 2024 será mais puxada pelo lado da demanda através do consumo das famílias. Em 2023, o consumo das famílias avançou 3,1% em relação ao ano anterior. E foi muito ajudada pela massa salarial real, que teve um crescimento com o arrefecimento da inflação e pelo Bolsa Família. O consumo do governo também teve um crescimento de 1,7%, sendo os principais destaques pelo lado da demanda. O investimento teve uma queda de 3%, com destaque muito negativo do setor de máquinas e equipamentos (-9,4%). Então, com a queda de juros ao longo desse ano e uma inflação mais controlada, é possível que esse avanço da massa salarial real continue contribuindo através do consumo das famílias. Vale lembrar que o consumo das famílias, pelo lado da demanda, representa mais de 60% do PIB. Os gastos governamentais também podem contribuir, mas com um custo muito caro para o endividamento público do país.


Parte relevante desse aumento é inflação, mas outra parte também importante é aumento real. Os estados melhor posicionados estão no Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Os piores no Nordeste e Norte. O aumento real decorreu tanto do crescimento do PIB, ao redor de 2,2% no ano passado, quanto da queda na taxa de desemprego, que fechou 2023 em 7,8%. O dado mais importante, porém, deve ser estimado a partir do aumento de poder de compra da população que ajuda na renda real, descontada a inflação. A queda da inflação foi importante para possibilitar reajustes e recuperações reais de renda. O Distrito Federal continua no topo da renda per capita domiciliar brasileira, em R$ 3.357,00, enquanto o Maranhão possui a menor, com R$ 945,00 mensais. Segundo o IBGE, 3 Estados figuravam com menos de R$ 1.000,00 per capita em 2022 (Amazonas, Alagoas e Maranhão). Agora, somente o último (Maranhão). Distrito Federal (R$ 3.357,00), São Paulo (R$ 2.492,00) e Rio de Janeiro (R$ 2.367,00) são os líderes no ranking de rendimento per capita. Os 3 últimos colocados foram Maranhão (R$ 945,00), Acre (R$ 1.095,00) e Alagoas (R$ 1.110,00). Alagoas teve crescimento acima da média brasileira, com 18,7%, deixando a penúltima para a antepenúltima colocação. Pernambuco saiu do 3º pior lugar para o 4º pior, embora tenha tido um crescimento de apenas 10,2%.


O IPCA-15 avançou 0,78% em fevereiro ante previsão de crescimento de 0,83%. Com isso, no acumulado de 12 meses, o índice foi para 4,49%, mantendo-se abaixo do teto da meta do Banco Central. O índice do mês foi pressionado principalmente pelos gastos com educação, como ocorre tradicionalmente nos meses de fevereiro, que marca o início do ano letivo. Os preços do grupo subiram 5,07% e responderam por 0,30 ponto percentual do IPCA-15 de 0,78%. O Índice de Difusão, que mede a proporção de bens e serviços que tiveram aumento de preços no período, caiu para 60,5%, vindo de 67,0% na prévia de janeiro, considerando todos os itens da cesta. Sem alimentos, o indicador mostrou maior abrangência das altas de preços, de 62,9% para 64,4%, maior percentual desde abril de 2023 (66,8%). Os dados refletem a desaceleração de preços de commodities, mesmo com efeitos inflacionários do El Niño, mas com desaceleração da China, que tem impacto na queda dos preços. O setor de serviços é que se mantém como uma preocupação, com pressão ainda significativa. O resultado dentro da meta ajuda o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central a reduzir os juros com maior intensidade nas próximas reuniões. Esse resultado ajudou o mercado financeiro, com aumento do Ibovespa para um patamar acima dos 130.000 pontos.


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O estoque da dívida foi de R$ 6,52 trilhões em dezembro de 2023 para R$ 6,45 trilhões em janeiro de 2024, mas era R$ 5,77 trilhões em janeiro de 2023. A dívida pública é emitida pelo governo federal para financiar o déficit orçamentário, ou seja, para cobrir as despesas que superam a arrecadação com impostos, contribuições e outras receitas. O seu valor em relação ao PIB é analisado pelas agências de classificação de risco e influencia os juros praticados pelo país. A queda de R$ 70,45 bilhões ocorreu por conta dos juros maiores que o governo recebeu em relação ao que pagou aos seus devedores no mercado de títulos doméstico. Em contrapartida, o Brasil aumentou seu endividamento externo para US$ 55,28 bilhões (R$ 273,83 bilhões) com emissões externas. A dívida pública percentual em relação ao PIB encerrou 2023 em 74,34%, segundo o Banco Central. Novos dados sobre a DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) para o mês de janeiro, como é conhecido o indicador, serão divulgados pel0 BC em 7 de março de 2024. O custo médio do estoque da Dívida Pública Federal (DPF) acumulado em 12 meses teve aumento de 10,51% a.a. em dezembro para 10,65% a.a. em janeiro, mesmo com reduções seguidas da SELIC. Espera-se que esse custo venha a cair com a redução da SELIC ao longo de 2024. A manutenção da relação dívida/PIB em patamares aceitáveis é condição importante para que os juros possam cair mais no Brasil e o rating do país na direção da retomada do grau de investimento aconteça. Para isso, é imprescindível a retomada dos superávits primários.


Esse foi o melhor resultado já registrado para todos os meses da série histórica da Receita Federal iniciada em 1995. Isso aconteceu por conta de três fatores não recorrentes que incrementaram a arrecadação no mês de janeiro. Os recolhimentos do imposto de renda de pessoa jurídica, IRPJ, e a contribuição social sobre o lucro líquido, CSLL; a tributação de fundos exclusivos; e, a reoneração dos combustíveis. Esses dados mostram que, no caso da tributação de fundos exclusivos, que são chamados fundos dos super-ricos, teve um incremento de R$ 4,1 bilhões no mês de janeiro. Já os recolhimentos atípicos de IRPJ e CSLL somaram mais R$ 4 bilhões, pois as empresas que recolhem tributos pelo lucro real têm os primeiros três meses do ano para fazer ajustes do exercício anterior. Os combustíveis também contribuíram porque tiveram um processo de reoneração de PIS e COFINS concluído em janeiro, só que os efeitos da retomada da tributação serão sentidos com mais intensidade agora em fevereiro. O desempenho da atividade econômica do mês também ajudou na arrecadação, com destaque para o aumento da massa salarial de dezembro, época mais aquecida do ano com as contratações para as vendas e festas da época, que impactou no mês de janeiro. Então essa é uma preocupação que está sempre presente porque a meta do governo é atingir o déficit zero esse ano. No ano passado, houve um déficit recorde de R$ 230,5 bilhões, maior saldo negativo tirando o ano da pandemia. Esse déficit pode se repetir em 2024. Se a política de gastos excessivos for mantida, apesar desses aumentos da arrecadação, é bem provável, que não consiga obter o déficit zero esse ano. O Ministério da Fazenda vem usando diversas medidas que aumentam a arrecadação, mas não se vê, por parte do governo, medidas mais concretas para a redução dos gastos, o que dificulta bastante para que o déficit zero seja atingido.


Levantamento aponta que, com os embarques terrestres, o México se tornou o maior fornecedor de mercadorias em 2023 para os EUA, substituindo a China, mas há algo importante por trás disso. Entenda melhor. o México ultrapassou a China em 2023 como maior exportador de mercadorias aos EUA, graças ao crescimento das remessas por caminhão pela fronteira. A política dos EUA de adotar o friendly e near shoring, junto com acordo de livre comércio com o México explicam, em parte, essa mudança. Ao mesmo tempo, os dados mais recentes da Container Trades Statistics, mostram que o número de contêineres de 20 pés enviados da China ao México somou 881 mil nos três primeiros trimestres de 2023, acima dos 689 mil do mesmo período de 2022. Esses números mostram a dificuldade do governo Biden em reduzir a dependência dos EUA em relação a cadeias de abastecimento internacionais dominadas por seu rival geopolítico, a China, cuja capacidade industrial lhe deu grande papel no fornecimento de quase tudo, desde bens da linha branca até veículos elétricos. O problema é que os EUA são os maiores consumidores mundiais de tudo e a China é o maior produtor mundial de tudo e mais um pouco. De um jeito ou de outro, as duas maiores economias do mundo, e suas forças, vão se encontrar, pelo menos no curto prazo. As medidas dos EUA para reorientar as cadeias de abastecimento e afastá-las da China começaram em 2018, com Donald Trump impondo pesadas tarifas ao comércio exterior com a China. Biden as manteve em vigor, diante da contínua competição comercial e geopolítica entre as duas potências. Como resultado das tarifas, as remessas diretas da China agora representam menos de 15% das importações americanas. Em 2017, eram mais de 20%. Mas o desvio de comércio vem acontecendo não somente com o México, mas também com Vietnã, Cingapura e Filipinas que apresentam superávits cada vez maiores com os EUA e importações maiores da China. E o Brasil pode se beneficiar dessa situação? Até o momento isso não tem acontecido pois o Brasil tem muitas barreiras às importações de produtos industrializados, como o mais influenciado no comércio exterior registrado por esses países, o de autopeças e não tem acordos de livre comércio com os EUA.


A crise diplomática tem trazido consequências para as relações políticas entre os dois países e pode resultar em algum impacto no comércio exterior, mas talvez não de imediato. Dados da plataforma governamental ComexStat mostram que o Brasil exportou US$ 662 milhões em produtos para Israel em 2023. Os cinco itens principais são óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos (US$ 139 milhões) carne bovina (US$ 127 milhões), soja (US$ 121 milhões), farelo de soja (US$ 63 milhões) e milho (US$ 38 milhões). Em termos de volume, é pouco, mas qualquer mal-entendido que afete a área comercial traz preocupação, pois pode ter efeito multiplicador para outros países que não concordem com o posicionamento político brasileiro, como já declarado pelos EUA, inclusive. O Brasil importou US$ 1,35 bilhão em produtos israelenses, sendo os dois principais itens insumos para o agronegócio: fertilizantes (US$ 608 milhões) e defensivos agrícolas (US$ 144 milhões). A maior parte das importações são da indústria de transformação, incluindo insumos industriais. Por conta de Israel ser um país muito inovador em diversas áreas, o Brasil pode sofrer dificuldades em importar tecnologia de lá, em setores prioritários, como medicina, segurança e proteção de inteligência. Um possível rompimento levaria o Brasil a ter que procurar novos fornecedores, provavelmente com custos mais elevados. O impacto nas relações comerciais bilaterais deve ser baixo no curto prazo, pois muitas negociações já estão em curso. O maior impacto pode vir a médio e longo prazo, quando licenças e certificados emitidos por Israel para produtos brasileiros podem não ser renovados. Um alento é o acordo do Mercosul, que garante acesso aos produtos dos membros de forma igualitária ao mercado israelense.


O Banco Central divulgou os dados para o seu indicador de atividade econômica, que serve como uma prévia mensal do PIB, apontando que dezembro apresentou recuperação. Desde maio de 2023 que o IBC-Br vinha apresentando dados alternados entre quedas relevantes, como nos meses de maio e agosto (-1,85% e -0,57%, respectivamente) ou de pequeno crescimento ou quase nulo, como observado nos últimos meses de setembro a novembro. Os resultados contrastam com um primeiro trimestre que puxou a expectativa de crescimento da economia brasileira em 2023 para um patamar próximo de 3%. Somente no mês de fevereiro, o IBC-Br cresceu 3,07%, após um crescimento de 0,64% em fevereiro. Isso fez com que o crescimento acumulado em 12 meses chegasse ao patamar de 3,38% em abril, valor mais alto no acumulado de 12 meses observado em 2023. De lá para cá, o fraco desempenho mensal fez com que o resultado acumulado entrasse em trajetória de queda. Essa trajetória somente mudou em novembro e foi reforçada agora em dezembro. Mesmo assim, o acumulado de 12 meses fechou o ano em 2,45%, patamar mais baixo que o esperado ao longo do ano, mas acima das previsões iniciais do mercado em janeiro de 2023. O IBC-Br funciona como uma prévia do PIB que será divulgado somente em março, mas pelos resultados apontados pelos indicadores mensais de atividades setoriais (indústria, serviços, comércio e outros), o PIB brasileiro deverá perder tração também no 4º trimestre, encerrando o ano próximo dos 2,50%. A preocupação vem com 2024. Ao observar o acumulado em 12 meses do IBC-Br e os dados do PIB dos 3 primeiros trimestres divulgados pelo IBGE, há um claro movimento de desaceleração da economia brasileira. A previsão do Boletim Focus é que a economia cresça 1,60% em 2024, mas talvez seja revisada para baixo ao longo do ano.


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Fora a China, em 7º lugar, Brasil não aparece entre os maiores vendedores dos outros 9 maiores importadores globais. Nas demais economias, o Brasil aparece em 14º ou pior. Em 2023, o Brasil só subiu no ranking dos maiores exportadores em três dos dez maiores importadores globais: China, Japão e Reino Unido. Na China, subiu do 9º para o 7º lugar. Em 4 dos 10 destinos - EUA, o maior importador do mundo, Coreia do Sul, Índia e Itália - os produtos brasileiros perderam posição. A China é o segundo maior importador do mundo. Há dez anos a fatia brasileira nos desembarques chineses era de 2,8%. Em 2023, subiu para 4,8%. As importações chinesas tiveram queda de 5,9% em 2023, mas as exportações brasileiras para lá aumentaram 11,8% em relação a 2022. Na venda aos americanos, o Brasil perdeu uma posição e caiu para o 18º na lista de maiores fornecedores. A fatia de participação dos produtos brasileiros na importação dos EUA ficou estável, em 1,2%. A China concentra 30,7% das exportações brasileiras e os EUA, 10,9%. Ou seja, 41,6% das exportações brasileiras vão para somente 2 países, deixando os demais 8 maiores importadores mundiais com 13,4% de participação nas exportações brasileiras. Outro grande importador brasileiro é a Argentina, com pouco mais de 10% das exportações brasileiras, outro fator de risco. O comércio com os chineses rendeu em 2023 superávit de US$ 51,2 bilhões, o que ajudou bastante para o superávit recorde de US$ 98,9 bilhões, também impulsionado pela forte queda nas importações brasileiras. Com os EUA, o Brasil teve déficit de US$ 1 bilhão. No ano passado, a China deixou de ser o primeiro fornecedor mundial aos EUA, sendo substituído pelo México, num processo claro de nearshoring. O espaço será cada vez mais preenchido pelo México e Canadá, países com quem os EUA têm acordos de livre comércio, diferente do Brasil, que não deverá ter grandes benefícios. E o saldo bastante positivo com a China vem da forte concentração em commodities. Os chineses compraram 73% de toda soja que o Brasil exportou em 2023, além de 64% do minério de ferro e de 47% do petróleo bruto. Os três itens somam 75% do valor que o Brasil vende ao país asiático e representam 37,2% do que o Brasil exportou em 2023, demonstrando a forte concentração e o alto risco.


O IPCA subiu 0,42% em janeiro, ficando abaixo do 0,56% de dezembro. No acumulado dos últimos 12 meses, ficou em 4,51%, um pouco abaixo do teto da meta. Em janeiro, o grupo alimentação e bebidas, que tem maior peso na cesta de consumo das famílias (21,12%), subiu 1,38%. Isso significa um peso de 0,29 p.p. no IPCA do mês. É a maior alta de alimentação e bebidas para o mês desde 2016, quando o grupo alcançou elevação de 2,28%. Por outro lado, o grupo de transportes, o segundo de maior peso no IPCA (20,93%), registrou deflação de 0,65%. Passagens aéreas caíram 15,22% em janeiro. Também houve queda nos preços dos combustíveis (-0,39%), com os recuos do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%). A preocupação do Banco Central com a inflação vem do núcleo, principalmente dos serviços. Esse segmento ainda continua pressionado e tem levado o Banco Central a ser mais cauteloso na redução da Selic. O mesmo problema tem sido visto na economia americana. Os alimentos sofreram efeitos do El Niño e fortes chuvas em determinadas regiões do país, impactando o IPCA. A previsão de safra para esse ano é menor que em 2023 por conta desses fatores. Por outro lado, a China tem desacelerado sua economia, refletindo em preços internacionais de alimentos mais em conta. O desafio da meta de inflação desse ano é mais ousado, já que o Conselho Monetário Nacional decidiu por reduzir a meta para 3,0% com intervalo superior de 4,5%. A consequência direta é que o afrouxamento monetário será mais lento ao longo desse ano.


O resultado representa uma alta de 185,6% em relação a janeiro de 2023, quando registrou saldo positivo de US$ 2,3 bilhões e foi o valor mais alto desde 1997, início da série histórica. As exportações somaram US$ 27 bilhões em janeiro, uma alta de 18,5% em relação a 2023, quando atingiu US$ 22,8 bilhões. As importações se mantiveram praticamente inalteradas, com queda de apenas 0,1%. A corrente de comércio, por sua vez, teve elevação de 9,7%. Todos os setores de atividades econômicas apresentaram crescimento. A agropecuária cresceu 21,0%, a indústria extrativa, 53,3% e a indústria de transformação, 4,6%. Os resultados mais expressivos vieram da soja, com aumento de 191,1%, seguido de Açúcares e melaço (88,5%) e minério de ferro (56,9%). China, Hong Kong e Macau tiveram um crescimento impressionante de 53,1%, seguido pelos EUA, com elevação de 26,8%, os principais importadores de produtos brasileiros. União Europeia e Argentina apresentaram quedas de 17,7% e 25,4%, respectivamente. O resultado contraria as expectativas de pior desempenho das exportações do agronegócio para o ano de 2024, influenciadas pelas condições climáticas adversas deste ano, e também pelo excelente resultado que o agronegócio já tinha obtido em 2023.


O valor, em termos nominais, só ficou abaixo do déficit de 2020, ano da pandemia, quando foi de R$ 703,0 bilhões (9,24% do PIB). Governo Central e Estatais foram os responsáveis, ambos voltando a ter resultados negativos. O principal responsável foi o Governo Central, que teve um déficit de R$ 264,5 bilhões contra um superávit de R$ 54,9 bilhões em 2022, uma diferença de R$ 319,5 bilhões no período. Os Governos Regionais continuaram com superávit, mas com queda de R$ 27,3 bilhões no resultado. As Estatais voltaram a ter prejuízo, passando de um superávit de R$ 6,1 bilhões para um déficit de R$ 2,3 bilhões. O déficit das contas do setor público representou 2,29% do PIB, segundo maior desde 2016, quando foi de 2,48%, excluindo o ano da pandemia, quando atingiu 9,24%. O resultado negativo ocorreu após 2 anos seguidos de superávit primário, sendo 0,72% do PIB em 2021 e 1,25% em 2022. O resultado representa uma inversão de um superávit de R$ 126 bilhões em 2022 para um déficit de R$ 249,1 bilhões em 2023. A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) – que compreende governo federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 74,3% do PIB (R$ 8,1 trilhões) em 2023. No ano, a relação DBGG/PIB elevou-se 2,7 p.p. Em 2022, havia encerrado em 71,7% do PIB e vem crescendo nos últimos 6 meses. Por fim, houve uma nítida piora na trajetória de pagamento dos juros da dívida, com 2023 representando o recorde da série histórica, iniciada em 2002, com pagamento de R$ 718,3 bilhões, o que corresponde a 6,61% do PIB. Esse valor é 22,5% superior ao registrado no ano anterior.